Núbia foi rápida, subiu ao palco e tentou puxar o vestido de Marluce, para deixá-la despida no palco e gritava como uma louca:
— Sua vadia, bruxa dos infernos, você roubou o meu homem!
No que ela estendeu a mão para puxar o vestido pelo decote, Ronald puxou Marluce pela cintura para que ela ficasse ao seu lado e saísse da frente de Núbia, que no impulso, caiu estatelada de cara no chão. Os seguranças chegaram rapidamente e retiraram ela dali.
As luzes do palco se apagaram, enquanto tudo era organizado para o evento continuar. Quando tudo voltou ao normal e o jantar pode ser servido, as luzes retornaram e o mestre de cerimônias subiu ao palco. Iniciou então os agradecimentos aos funcionários mais antigos e as homenagens ao melhores do último ano.
Bárbara não se conformou com o que houve e questionou o filho:
— Como você pode deixar sua prima passar por aquela vergonha?
Ronald olhou para sua mãe, sem nenhuma complacência, Afinal, Núbia cavou a própria cova.
— Ela passou aquilo porque quis, Foi ela quem roubou o projeto de Marluce e o pior, invadindo o meu computador, dentro do meu escritório. Não posso fazer nada se ela cometeu um crime.
— Sua tia Mariza saiu daqui totalmente humilhada, como você pode fazer algo assim? Eu não te criei para ser mal educado com a nossa família.
— Só você acha que eles são a nossa família. Será que não percebeu que eles são um bando de sanguessugas, tudo que eles querem é o nosso dinheiro, pois não se preocupe, vou deixar a empresa todinha para eles, quer dizer, metade dela, se a herdeira ganhar.
— Como você pode dizer uma coisa dessas? Você é um filho desnaturado.
— Tudo bem, mamãe, faça o que quiser,mas não conte comigo para ser complacente com Núbia, pra mim, chega.
Ele se afastou um pouco da mãe e voltou para Marluce. O jantar tinha sido servido e ela estava comendo com prazer pois a comida era de um chefe cinco estrelas Michelin.
— Está bom?
— Muito, experimente — ela pegou um bocado com seu próprio garfo e levou a sua boca.
Ronald sorriu e abocanhou a comida que ela estava lhe oferecendo, totalmente alheio aos olhares em volta, recriminando a postura de Marluce que não condizia com a etiqueta exigida no lugar.
— Desculpe, mas não consigo aceitar essas convenções malucas, que proíbem tudo.
Ronald lembrou-se de alguém que dizia a mesma coisa e vivia fazendo arte: Elizane. Amou muito aquela menina sapeca, que se tornou uma adolescente arteira e que quebrava todas as convenções. Sorriu com a lembrança, mas agora, amava a mulher a sua frente e nada mudaria isso.
Ou, pelo menos, era o que ele pensava.
O jantar terminou ao mesmo tempo que as homenagens e brincadeiras. Foi tudo muito bem organizado, para não deixar espaços vazios. Todos foram se retirando aos poucos, enquanto uma música de fundo tocava e os casais mais românticos, aproveitaram para dançar.
— Quer dançar? — convidou Ronald, percebendo a tranquilidade de Marluce, que parecia não ter pressa para ir embora.
— Sim, estou tão feliz, que não quero sair daqui.
Os dois se uniram e dançaram agarradinhos, deixando os outros contemplarem sua união, inclusive Bárbara, que não aguentou e foi embora. Marluce não foi e nem fez questão de ser apresentada à mãe dele.
O casal foi quase o último a sair e foi intensamente fotografado e interrogado pelos repórteres, mas os seguranças abriram caminho para eles, que entraram na limousine reservada para eles e foram embora.
Ele a puxou para si e iniciou intensas carícias e beijos pelo seu corpo. A divisória estava levantada e o motorista, assim como o segurança no banco da frente, não podiam vê-los. Mesmo assim, Marluce estava envergonhada.
— Ei, que fogo é esse, Ronald?
— Eu te quero tanto, meu amor, está difícil me segurar.
— Eu também te quero, mas não assim, dentro de um carro.
— Não podemos ir para minha casa, minha mãe está lá.
Ela se afastou ao ouvir a menção da mãe dele, nem foram apresentadas e ele já colocou um paredão entre elas. Isso era sinal de que a mãe dele não a aceitava de forma alguma.
— Quem disse que eu quero ir para sua casa? Você sequer perguntou se eu aceito dormir com você, já pensou que eu posso querer casar primeiro?
Ele se espantou com as palavras dela, achou que seria natural fazerem amor, já que estavam namorando firme a algum tempo.
— Você acha que só se deve fazer sexo depois do casamento?
— Para mim, sexo é algo muito sério, pois não tive experiências boas e não quero errar de novo.
— Mas como vamos saber se combinamos, se não fizermos?
Ela jamais esperou que fosse ouvir algo assim vindo dele. Estavam namorando e se amavam, era natural que compartilhassem a união de seus corpos, mas não era só sexo, era amor.
Ela se afastou dele e foi para outra ponta do banco, a limousine era bem grande e ele entendeu perfeitamente a atitude dela.
— É sério isso, você está pondo uma distância entre nós, só porquê eu disse que te desejo?
— Você não disse que me deseja, disse que quer experimentar se combinamos. Ou seja, se você não gostar, vai me largar?
Só então ele percebeu o verdadeiro conteúdo do que falou e lembrou-se do tempo que ele andava como ovelha desgarrada, em meio as modelos lindas e sem conteúdo. Ela estava certa, não podia desfazer do profundo amor que sentem um pelo outro, apenas por causa do sexo.
— Desculpe, eu te amo e o amor, com certeza, fará tudo dar certo entre nós. Fui um idiota, me perdoe.
Ela olhou para ele e resolveu desculpar sua atitude machista, pois esse pensamento sobre experimentar o sexo antes do casamento, foi criado por homens manipuladores, para desvirginar suas namoradinhas ingenuas e depois as abandonar.
— Sei que você não é assim, Ronald e te desculpo. Só peço que tenha paciência, quero que seja especial entre nós.
— É claro, meu amor. Agora venha para cá, não me deixe sozinho.
Ela voltou para os seus braços e deixou-se abraçar e beijar, retribuindo com paixão e quando a limusine parou em frente ao seu apartamento, ela mostrava todos os sinais das carícias de seu amado.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Leydiane Cristina Aprinio Gonçaves
eu só acho que esse relacionamento vai dar uma estremecida por causa da mentira pois a Marluce sabe da verdade que ela é a herdeira encontrada infelizmente o Ronald não sabe mas quando ele descobrir vai se sentir traído e enganado pela mulher que ele ama e esse relacionamento irá ter um fim infelizmente pois a confiança em um relacionamento precisa ser mútua coisa que não aconteceu aqui entre o Ronald e a marluce pois ele confiou nela mas ela não confiou nele para dizer a verdade a ele seria mais digno da parte dela se ela contasse a verdade a ele antes de eles irem para o tribunal discutir os termos da herança
2025-02-18
3
Elenir Coutinho
A união desses dois vai ser ❤️🔥🔥❤️🔥🔥 em que é lugar, as história promete.
2024-08-17
3
Ameles
inicialmente vai dar ruim
2024-07-25
1