O olhar raivoso de Ronald, unido com a dor do aperto da mão do CEO em seu pulso, fez o jovem se encolher e suplicar:
— Me solte, Ronald, está me machucando.
— Não era isso que você pretendia fazer com uma funcionária? Você é tão covarde, que pretendia bater em uma mulher?
— Ela estava me desrespeitando.
— Por acaso, você merece respeito? Saia agora e não volte mais, Carlos.
Ronald acenou para dois seguranças, que chegaram rapidamente e se colocaram ao lado de Carlos e só assim, ele o soltou.
— Eu sou um acionista, você não pode me tratar assim e muito menos me expulsar da empresa!
— Disse o bem, você é só um acionista e de 2% só, não trabalha aqui e com a agressão comprovada pelas câmeras, tenho todo direito de expulsar você e não permitir mais a sua entrada.
Ronald acenou e mandou que os seguranças levassem Carlos para fora. O homem gritava e xingava, tentando se libertar dos seguranças, mas não conseguiu e foi jogado na calçada.
— Você está bem? — perguntou Ronald, se aproximando de Marluce.
— Sim, estou bem, você não precisava se incomodar, eu daria conta dele facilmente.
— Sei disso, mas já que eu estava aqui, não me custava nada. Vamos descer.
Entraram no elevador e desceram até a garagem. Neste meio tempo, ele aproveitou para abraçá-la pela cintura e beijá-la apaixonadamente. Quando ele se afastou um pouco, ela olhou para ele zangada e lembrou:
— Você se esqueceu das câmeras?
— Ai, esqueci.
Ele pegou o celular e enviou uma mensagem para o chefe de segurança, pedindo que apagasse a cena do elevador. Na sala do chefe, ele fez o que o patrão pediu, depois de ver a cena e sorriu prazerosamente.
— Já não era sem hora, o CEO precisava de uma mulher forte ao lado dele. Ele realmente a ama.
Já no estacionamento, Ronald ajudou-a a entrar no carro e depois que sentou-se no lugar do motorista, olhou para ela e perguntou:
— Você tem vergonha de mim?
Ela sorriu, mas não aguentou prender a risada e sua gargalhada foi sonoramente agradável aos ouvidos dele. Esperou ela se acalmar e responder.
— Desculpe, mas é que, normalmente, são as mulheres que perguntam isso.
— Bem, você disse que depois que entregar-se o projeto do concurso, poderíamos abrir para todos, o nosso relacionamento e com o escândalo de hoje, acho que está na hora.
— Não distorça minhas palavras, eu falei quando terminasse, quando fosse eleito o melhor projeto. Toda essa confusão pode influenciar o resultado e estou esperando essa promoção para confirmar o meu futuro.
— Já te disse que não vai acontecer nada de ruim, eu não tenho envolvimento algum com os juízes que premiarão o melhor projeto.
— Isso é o que você diz…
Ele se inclinou, segurou a nuca dela e puxou para mais um beijo. Ela o empurrou e viu a expressão espantada dele. Então, ela segurou o rosto dele com as duas mãos e o beijou suavemente, mostrando a ele que não precisava ser invasivo com ela.
Ele aceitou o beijo suave, aproveitando a suavidade dos lábios macios, a língua saborosa e a correspondência de seu amor. Ao se afastarem, ele sorriu e agradeceu:
— Sou muito grato a você por me fazer tão feliz, eu te amo, minha Luce.
Ela sorriu ao ouvir o apelido.
— Eu também estou muito envolvida por esse sentimento, Ronald.
Ele queria ouvir que ela também o amava, mas por enquanto estava bom. Ligou o carro e saiu da garagem, seguindo para um lugar muito especial.
— Onde vamos?
— Desestressar.
Ela estranhou a resposta, mas confiou nele. Algo dentro dela, a empurrava para ele cada vez mais. Não disse que o ama, por medo de ser cedo demais e não se conhecerem bem. Fora o fato de estar mentindo para ele.
Quando dormiu e sonhou no carro dele, não falou nada, mas lembrou-se do acidente que a deixou desmemoriada. Viu ele, ainda jovem, caindo no rio enlameado e pulou para o salvar. Agora tinha a memória de todas aquelas emoções conflitantes: medo, amor, preocupação…
Forçou muito a mente, tentando lembrar de tudo, mas não conseguiu. Uma coisa, porém, lhe chamou a atenção: a expressão de susto em seu rosto e seus braços abertos, como se tivesse sido empurrado.
Deixou esses pensamentos no canto da mente, para prestar atenção onde estavam chegando.
— Um parque de diversões?
— Não o parque, só um dos brinquedos.
— Você é louco?
— Por você, meu amor, só por você.
Eles desceram do carro e entraram no parque, de mãos dadas. Seguiram até o caixa que vendia os bilhetes e ele comprou vários para os mesmos brinquedos.
— Vamos! — disse ele sorrindo e arrastando ela para a montanha russa.
— O quê? Montanha russa? Você parece uma criança.
— É o melhor brinquedo para desestressar. Está ouvindo os gritos?
— Entendo o que quer dizer…
Como era dia de semana, não tinha uma grande fila para enfrentar, só precisavam esperar terminar a viagem e logo estavam em seus lugares e o carrinho saiu para a viagem.
Marluce sorria na expectativa e conforme o carrinho seguia a primeira ladeira, ela se encostou mais nele e ele a observava com carinho. Quando chegaram ao topo e o carrinho iniciou a descida íngreme, os dois se viram erguendo os braços e gritando.
O grito foi fácil e tudo que os perturbou durante o dia, foi expulso de sua alma e seus nervos aliviaram. Quando chegaram à plataforma, não desceram, Ronald deu mais dois ingressos para o porteiro e voltaram a seguir viagem.
Depois da quarta viagem, desceram, exaustos, com a garganta seca e as pernas bambas. O porteiro ria dos dois e ajudou-os a sentar em um dos bancos. Depois de ajudar os próximos passageiros, correu e trouxe água para eles. Ronald agradeceu, deu uma gorjeta generosa para o rapaz e abriu a garrafa para Marluce.
— Obrigada, minha garganta está muito necessitada.
— A minha também.
Beberam a água e quando se recuperaram, saíram.
— Confesso que foi uma excelente ideia, estou me sentindo bem leve. Mas meu coração ainda está acelerado.
— Sei como é, sinto o mesmo. — os dois sorriam como bobos e ele a abraçou pela cintura, sendo correspondido por ela e como trôpegos, chegaram ao carro.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Maria Helena Macedo e Silva
mistério que ela irá desvendar assim que a memória for restabelecida e enquanto não sabem que a Marluce é a herdeira ela descobrirá , os podres dos parentes da mãe dela, quem atentou contra o Ronald e ela.
2024-09-20
3
Ameles
alguém tentou matar ele
2024-07-25
3
Maria Ines Santos Ferreira
ela já levou os documentos que comprova,que é a herdeira,mas cara do RH,debochou,e não falou pro chefe
2024-06-08
2