Dose de Anti amor

Alguns minutos depois paro o carro em frente a minha casa. Resolvi vir para a casa, apesar de eu morar no apartamento, ambos ficam muito próximos um do outro. Venho para cá quando quero ficar em paz, já que aqui tem um jardim muito bonito, amo sentar e observar o céu.

Desço do carro e abro a porta para ela, se tem uma coisa que meus pais meus ensinaram foi ser cavalheiro.

Coloco a mão em suas costas para guiá-la até a porta, meu toque a faz se arrepiar e eu sorrio de lado com isso. Eu a afeto como ela me afeta.

Abro a porta e me afasto para dar passagem para ela, mas não deixo de dar uma conferida no corpo dela, ela é linda, mas com esse vestido... Ficou divina.

Vou até o bar e sirvo um uísque para mim e um vinho branco para ela.

— Você toca? — ela pergunta olhando para o piano.

— Sim. — digo e entrego o vinho pra ela.

Toco piano desde que eu tinha oito anos, meus pais sempre nos incentivaram a tocar instrumentos, fazer aulas de canto e teatro.

Ela anda pela sala e observa minhas obras de arte, a maioria delas foram Beatriz que pintou.

— Pode sentar, volto em um minuto. — digo e subo as escadas.

Entro em meu quarto, me livro do terno e visto um conjunto de moletom cinza e um tênis branco.

— Eu não gosto de ternos. — digo quando volto para a sala.

— Pena que você tem que usar muito. — ela diz.

— Verdade.

— E o contrato?

— Calma, você acabou de chegar.

— Eu vim aqui para isso.

— Ok. — me levanto e vou até meu escritório e imprimo o contrato . — Aqui, leia e assine. — digo entregando para ela.

Espero que ela leia e lhe entrego uma caneta e a loirinha assina o novo contrato, que não tem nada de legal, não é autenticado e nem reconhecido, eu mesmo redigi o contrato, é só um joguinho para ele não falar o que não deve.

— Você sabe que meus pais moram fora do país não é? — eles moram em Nova York, desde que meu pai se aposentou.

— Sei.

— Teremos que ir de avião, vamos no meu jato.

— Ok. Bom, era só isso. Agora pode me levar pra casa?

— Espera, ainda está cedo.

— Tenho que trabalhar amanhã, e meu chefe chega um pouco cedo.

— Acho que ele perdoa um pequeno atraso. — digo e sorrio para ela.

— Se você continuar bebendo não vai conseguir me levar.

— Vou beber só esse copo.

— Mas eu não tenho mais nada pra fazer aqui.

— Por que não quer ficar perto de mim?

— Porque sei exatamente onde tudo isso vai dar, e eu não quero.

— O quê?

— Você só quer me levar pra cama e eu não quero.

— Bom, isso é verdade, eu sempre quero te levar pra cama, desde a primeira vez que te vi.

Naquele bar, acompanhada daquele otário, que deveria ser o namorado na época, mas você não precisa saber que foi nesse dia que eu te quis.

— Mas não vai. — ela diz e levanta-se do sofá.

Eu fico de pé também, fico atrás dela, já que ela deu às costas para sair. Eu a abraço por trás somente com um braço, desço minha mão até sua barriga, e vou beijando seu pescoço, vou passando minha língua lentamente em sua pele clara e isso lhe causa arrepios.

— Caio...

— Shhh, só sinta, não se preocupe tanto.

— Caio, eu...

— Diga sim, me deixe te fazer minha outra vez...

— Caio, eu não...

Subo minhas mãos até seus seios, pego um em cada mão e aperto os mamilos, eles estão rígidos por causa do meu toque.

— Sim? — sussurro em seu ouvido.

— Caio... Eu não posso.

— Por que não?

— Isso está ficando perigoso.

— Perigoso porquê?

— Pro meu coração. — a viro de frente e desço minhas mãos para a sua cintura, subo e desço minhas mãos por suas costas nuas, já que o modelo do vestido a deixa assim, e devo confessar que estou adorando.

— O que tem seu coração?

— Se continuarmos com isso eu posso acabar me apaixonando por você. — ela diz sem fazer contato visual comigo e eu travo na mesma hora.

Ela não pode ter sentimentos por mim! E nem eu por ela, nosso caso tem que ser apenas sexual, não posso oferecer nada para ela além disso, sexo!

Eu a solto no mesmo instante e me afasto.

Ela levanta a cabeça e olha para mim, em meus olhos e eu posso ver que realmente seus olhos são sinceros, isso me deixa muito confuso, pois em minha mente eu não sou capaz de amar ninguém, senão aquela ruiva do mal.

— Vou te levar pra casa. — digo.

— Não precisa, é muito perto, posso ir andando.

Não digo nada, ela sai porta a fora e vai direto para o portão, mas está fechado, eu a sigo.

— Eu vou te levar, entra no carro.

— Não.

— Você pode entrar no carro ou eu posso te colocar lá dentro, você decide.

Ela fica parada olhando para mim sem se mover. Eu a pego de uma vez e jogo em cima do ombro e ela grita com o susto.

Loirinha teimosa!

A coloco no carro e entro em seguida, cerca de cinco minutos depois paro em frente ao seu apartamento.

Ela não espera que eu abra a porta do carro e sai sem olhar para trás.

Fico um tempo parado em frente ao seu apartamento e logo vou para o meu. Não vou ficar na minha casa, prefiro o apartamento mesmo.

Desde que comecei a me envolver com a loirinha que eu não soube o que é sair de casa, nunca mais fui a nenhuma balada, barzinho, nada!

Meus pensamentos tem girando sempre em torno dela, mas eu não posso deixar isso acontecer! Não posso me entregar outra vez a sentimentos que só irão me levar para o fundo do poço.

Dessa vez não!

Não vou permitir que meu coração bata outra vez por alguém, quero que ele seja vazio de tudo que lembre a palavra amor.

Preciso tomar uma dose de anti amor!

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Comments

Pretinha

Pretinha

aff...idiota/Proud/

2024-05-03

6

Neide Lima

Neide Lima

dor de Corno foi🤭

2024-04-16

5

Neuza Lucia

Neuza Lucia

ele esta sendo im babaca

2024-03-30

1

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