Primeiro dia de "namoro"

Passei a noite virando de um lado para outro na cama, não consegui dormir bem.

A ansiedade está me consumindo, odeio me sentir assim, gosto de ter controle sobre tudo, até sobre meus sentimentos.

Mas há duas coisas me deixando assim, tanto o fato de que irei passar o final de semana junto com a loirinha e também o fato de que irei ter que encontrar Bárbara e de quebra o otário do Maurício.

O relógio marca 6:30 quando levanto, preparo um café, apesar de ter quem faça tudo por mim eu sei me virar bem, os tempos morando fora serviram para isso, aprendi até a cozinhar.

Bebo o café e olho para a vista da minha janela, e penso que deveria desistir de ir a esse casamento, sei que Bia é minha irmã e a amo muito, mas ela convidar esses dois é absurdo.

Por outro lado, já combinei com a loirinha e não vou voltar atrás, talvez seja bom, até porque passar um final de semana com uma mulher daquela não tem como ser ruim.

Raquel me intriga e me confunde, ao mesmo tempo que penso em f*dê-la, penso que isso é a pior merda que eu poderei fazer na vida.

Após me indagar sobre tudo e de muito brigar comigo mesmo vou tomar um banho. A água morna escorre pelo meu corpo e isso me provoca uma sensação boa, me sinto revigorado, apesar de ter dormido pouco.

Termino meu banho, me seco e vou até ao closet, pego uma camiseta de mangas médias preta e um jeans branco e calço um tênis também preto e pego um óculos escuro.

Pego minha mala, a carteira, chave do carro e vou para a sala, onde já encontro Cristina, essa mulher não dorme.

— Vai querer tomar café da manhã senhor Caio?

— Não Cristina, eu já bebi um pouco de café, chegando lá eu como alguma coisa.

— Perfeitamente senhor, faça uma boa viagem.

— Obrigado. —digo saindo.

Por falar em comer, sei exatamente o que quero comer, mas isso vai depender da Loirinha.

Camisinhas! Preciso de camisinhas, não estava lembrando desse detalhe.

Volto ao meu quatro e pego algumas e também um lubrificante, nunca se sabe, coloco tudo dentro da mala e finalmente vou buscar a loirinha.

Chego a casa dela e ela já vem saindo, ao menos hoje foi pontual, gosto de pontualidade, ela chega atrasada muitas vezes no trabalho, mas também ela vai andando, bem que eu poderia gentilmente lhe oferecer uma carona todos os dias.

— Bom dia. —digo.

— Bom dia senhor. —pego sua mala e coloco no carro.

— Melhor parar de me chamar de senhor, já que será minha namorada por esse final de semana.

— Sim senhor... Quer dizer, Caio. —ela diz meio sem jeito.

Adoro meu nome saindo da boca dela, já me imagino f*dendo ela, enquanto ela grita meu nome.

— Acho melhor definirmos um apelido carinhoso? Os namorados têm isso não é?

— Sim, o que o senhor acha melhor? VOCÊ! O que você acha melhor.

— Amor? Muito brega?

— Pode ser. —ela diz e fica pensativa.

Abro a porta do carro para ela e entro logo em seguida, temos mais ou menos uma hora de viagem pela frente.

Ligo o som do carro e Losing My Religion de REM começa a tocar, gosto muito das músicas dos anos 80, não são da minha época, mas meus pais sempre escutaram muito e tanto eu, quanto meus irmãos aprendemos a gostar, já que ouvimos desde criança.

Ela encosta a cabeça no banco, fecha os olhos e começa a cantar a música, sorrio de lado, ela tem a voz doce e melodiosa, e o inglês é impecável.

É inevitável não olhar para ela, não consigo desviar o olhar, ainda mais ela assim, com essa roupa tão diferente de quando vai trabalhar.

A p*rra do short que ela está usando é minúsculo e deixa suas pernas toda à mostra, dou uma leve olhada para o meio das pernas dela e salivo só de imaginar minha boca ali.

Ela abre os olhos e fica sem graça por percaber que eu a estava observando.

— O senhor deveria se concentrar na estrada. —ela diz meio tímida e eu seguro a vontade de sorrir.

— Sei dirigir muito bem, não se precisa se preocupar, sua vida não corre perigo. —digo olhando para ela.

Não posso dizer o mesmo da sua b*ceta, essa sim, corre perigo.

Outra música começa a tocar, Every Breath You Take de The Police começa a tocar.

— Pode cantar, não tem problema. —digo ao vê-la mexendo as mãos no ritmo da música.

— Ok.

— Meus pais vão estar lá, mas suponho que você já saiba, até porque é o casamento da minha irmã e óbvio que eles estariam presentes.

— O que seus pais vão achar quando te verem chegando com sua assistente?

— Meus pais não são esse tipo de pessoa que está pensando, eles tratam a todos igualmente, até porque eles nem sempre tiveram dinheiro, meu pai batalhou muito para ter o que tem hoje, pode ficar tranquila que eles vão te tratar muito bem.

— Ok.

— Relaxa, tem que parecer muito natural, ou todos vão perceber.

— Pode deixar, ninguém vai perceber nada.

— Ótimo.

Passamos o restante da viagem em silêncio, eu a observei sempre que pude, senti muita vontade de tocar em sua pele, parece ser tão macia.

Paro o carro em frente da mansão da minha família e desço para abrir a porta para ela.

— Hora do show. —digo e seguro em sua mão.

A mão dela está fria e bem suada, a loirinha está nervosa, sorrio de lado.

Entrego a chave para Pedro, ele ajuda a cuidar aqui da mansão junto com Cintia e José.

Toco a campainha e Cintia logo abre a porta para nós.

— Bom dia menino, a quanto tempo. —ela diz e me abraça.

— Bom dia Cíntia, como você está?

— Estou bem menino, melhor agora que estou lhe vendo. —Cintia trabalha aqui desde que meu pai comprou essa casa.

— Obrigado, e como está sua família?

— José está por aí cuidando de alguma coisa e os meninos estão bem, todos na faculdade.

Eu mesmo pago a faculdade dos filhos dela, Teresa estuda medicina veterinária e Marcos estuda medicina.

— Muito bom, essa é Raquel, minha namorada.

— Que bonita, finalmente você encontrou alguém! Muito prazer querida, qualquer coisa que precisar pode falar comigo. —ela diz abraçando a Raquel.

— Obrigada, prazer em conhecê-la.

— O seu quarto já está arrumado, daqui a pouco alguém leva as malas, o café da manhã já está pronto, querem tomar agora ou vão esperar os outros chegarem? Vocês são os primeiros.

— Vamos esperar os outros, obrigado. —digo e subo as escadas de mãos dadas com Raquel.

Entramos no quarto ainda de mãos dadas, ela se dar conta e solta minha mão de uma vez, a cena é engraçada, seguro o riso.

— Você está muito tensa, tenta relaxar, pense nisso como um trabalho.

— Sim senhor.

Senhor loirinha? Poderia me chamar de senhor em outros momentos.

— E pare de me chamar de senhor!

— Força do hábito.

— Não me chame mais de senhor, isso é uma ordem!

— Ok, meu amor. —ela diz irônica.

— Menos irônica.

— Tudo bem meu amor. —ela diz e sorrir.

— Assim está melhor.

Batem na porta, deve ser o Pedro trazendo nossas malas.

— Obrigado. —ele assente e eu fecho a porta deixando as malas em um canto do quarto. — Quer tomar um banho e trocar de roupa para o café?

Sugiro o banho, apesar de não precisar, mas ela está muito tensa, talvez o banho a deixe mais relaxada.

— Sim.

— Pode ir primeiro, tem toalhas limpas no armário do banheiro, loção de banho também, fique a vontade.

— Obrigada.

Raquel pega uma roupa na mala, mas eu só consigo observar a calcinha minúscula que ela pega, ela fica vermelha e eu sorrio. Raquel entra no banheiro praticamente correndo.

Está sendo muito divertido passar esse tempo com Raquel, estou adorando observar suas expressões, ela fica tímida com muita dificuldade.

Tiro o tênis e a camisa, deito na cama encostando as costas na cabeceira para esperar Raquel sair do banheiro.

Bem que eu gostaria de entrar nesse banheiro e f*dê-la até cansar.

Alguns minutos depois ela sai do banheiro usando um vestido leve de cor branca, ela ficou linda usando ele.

— Minha vez. —digo e entro no banheiro.

Tomo um banho rápido e quase saio do banheiro sem roupa, esqueci que a loirinha está no quarto, fui no automático. Pego uma toalha enrolo na minha cintura e saio do banheiro.

A loirinha tenta não olhar para mim, isso é impagável.

— Esqueci de levar a roupa, não costumo ter companhia e quando tenho... Bom, deixa pra lá. —ela revira os olhos e eu sorrio de lado.

Eu tiro a toalha e ela vira de costas, sorrio disso, não é possível que essa mulher nunca tenha visto um homem nú.

Será que é virgem?

Visto uma boxer branca e uma bermuda se tecido fino também branca e vou abrir a porta, pois tem alguém batendo.

É minha irmã, ela me olha e sorrir e esse sorriso me faz esquecer qualquer mágoa que eu tenha dela, eu amo essa pirralha e faria qualquer coisa por ela.

— Aí meu Deus! Que homem maravilhoso. —ela sorrir e me abraça. — Pensei que você não vinha, já que não gosta de pessoas.

Não gosto é dos seus convidados! Seguro a vontade de falar isso, não quero discutir com minha irmã na frente da loirinha.

— Não perderia isso por nada, ver o pobre coitado do Michel ir pra forca.

— Muito engraçado, aquele homem me ama. –ela sorri. — E essa mulher maravilhosa onde achou? Nem acreditei quando a mamãe disse que você vinha com alguém.

— Essa é Raquel, trabalha comigo, e nas horas vagas é minha namorada.

— Só podia ser alguém do trabalho, você só vive metido naquele escritório. Olá, sou Beatriz, irmã dele. –ela puxa a loirinha para um abraço.

— Ela já sabe disso, Beatriz. —digo.

— Deixa de ser chato garoto, não sei como você aguenta ele. –a loirinha sorrir.

— Muito prazer. –Raquel diz.

— Vou deixar vocês, não se demorem muito para descer, o café já está servido. –ela diz e pisca para Raquel.

Bem que eu queria passar o dia trancado nesse quarto com ela.

— Minha irmã é um pouco intensa. –digo quando Bea sai.

— Percebi.

— Acho que todos esperam que demoremos um pouco, você sabe...

Para pensarem que estamos f*dendo, bem que eu queria que fosse verdade.

— Sim, sei, mas fomos os primeiros, estamos nesse quarto faz tempo, então ninguém vai duvidar de nada.

— Tudo bem, vamos descer então. –visto uma camisa branca e calço um chinelo de dedo preto.

Descemos as escadas de mãos dadas e todos já estão lá, meus irmãos, minhas cunhadas, meus pais.

— Essa é Raquel, minha namorada. –digo e todos a cumprimentam.

Todos olham para ela, que fica bem envergonhada, em um canto vejo a linda ruiva encarando a loirinha. Essa bandida que fez com que eu arrastasse a casa no chão.

Bárbara me olha de cima à baixo me cobiçando, olha mesmo ruiva, olha o que você perdeu.

Me aproximo da loirinha e a abraço, ela meio que se assusta mais retribui o abraço, o abraço dela é quente e macio, dá vontade de não soltá-la, ela tem um cheiro tão bom, um cheiro doce, de flores da primavera.

Beijo seu pescoço e ela se arrepia, não é tão imune a mim, controlo a vontade de sorrir, aperto mais a cintura dela a puxando para mim, beijo seu pescoço outra vez e ela fica ofegante.

Você não me escapa loirinha.

— Relaxa. —sussurro em seu ouvido. — Aquela ruiva atrás de você é minha ex, não olhe agora, ela está olhando para nós, posso te beijar? Para convencer a todos e a ela também. —ela sorrir.

— Isso não fazia parte do contrato. —ela sussurra e coloca as mãos em meu cabelo.

— Te pago a mais por isso. —digo.

— Não estou a venda. –ela diz sorrindo.

— Eu sei, mas somos namorados, temos que nos beijar, para não levantar suspeitas.

— Ok. —ela diz e eu dou um selinho nela.

— Viu, não arranquei nenhum pedaço seu, você será bem recompensada. –ela sorrir.

— Pode me emprestar ela um pouco? –Beatriz diz pegando na mão da loirinha, ela olha para mim pedindo socorro e eu dou de ombros.

As duas se afastam e eu fico parado onde estou, Bárbara me olha descaradamente, Maurício está distraído e ela me olhando. Não vou negar que isso é bom para o meu ego e também não vou negar que ainda sinto algo por essa safada.

Maurício olha para mim e eu saio, essa situação é muito incômoda para mim, não sei como Beatriz me faz ter que passar por isso.

Eu não sei como ela ainda convive com esses dois, mas minha irmã fica cega quando se trata da Bárbara, Beatriz acredita mesmo no arrependimento dela.

Beatriz volta junto com a loirinha e nós vamos nos sentar à mesa, que está farta, as mesas na casa dos meus pais sempre são cheias.

— Café meu bem? —pergunto.

— Sim, por favor amor. —sirvo uma xícara de café para ela e beijo seu rosto.

Beatriz nos olha e sorri, já Bárbara se pudesse já teria pulado no pescoço da Raquel.

Para provocar Raquel limpa da boca uma migalha de pão, eu aproveito a deixa e pego a mão dela e beijo, todos nos observam surpresos.

Acredito que estamos fazendo todos acreditarem que realmente somos um casal.

— Quando vocês começaram a namorar? —minha mãe pergunta.

— Faz um tempinho já, mas ainda não havia tido a oportunidade de apresentá-la oficialmente. —digo.

— Cuide bem dela filho, ela é uma moça muito bonita e parece gostar de você de verdade. —minha mãe diz e olha para Bárbara.

— Pode deixar mãe. –digo acariciando seu rosto, e ela sorrir para mim.

Terminamos o café e vamos para o quarto, assim como todos os outros, vamos vestir roupas de banho e aproveitar o sol na piscina.

Ela entra no banheiro para vestir o biquíni enquanto eu a espero.

Sobrevivemos às primeiras impressões, espero que as coisas dêem certo e que ninguém nos descubra.

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Comments

Leila Dias

Leila Dias

somos 2, gostando deste tipo de músicas 😁🙈 mesmo não pertencendo a esta época

2024-05-05

3

zeni

zeni

verdade

2024-04-09

3

Sonia Souza

Sonia Souza

Ele é muito safadooo

2024-04-08

1

Ver todos

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