Não Posso Sentir Outra Vez

Acordo, o sol já está muito forte, não faço ideia de que horas são, me mexo na cama e minha cabeça dói por causa da ressaca.

Nunca mais vou beber na minha vida.

— Raquel? — chamo e não obtenho resposta, ela deve está tomando café da manhã.

Algum tempo depois ela entra no quarto e deixa uma bandeja em cima da mesa se cabeceira, não consigo olhar para ela por muito tempo e fecho meus olhos por causa da claridade.

— Minha cabeça, parece que vai explodir. — digo.

— Você bebeu demais.

Não digo nada, apenas me viro na cama.

— Como cheguei aqui? E quem tirou minha roupa?

— Eu fiz as duas coisas, te trouxe e tirei sua roupa.

— Você abusou de mim? — pergunto sorrindo.

— Claro que não.

— Que pena, bem que você poderia ter se aproveitado um pouco de mim.

— Não sou esse tipo de pessoa. — sorrio de sua resposta.

— Todos já tomaram café?

— Já, e já foram embora.

— Que horas são?

— 11:30.

— Você quer voltar hoje ainda? Minha cabeça está doendo muito, vai ser ruim passar uma hora dirigindo.

— Você falou ontem que ia me deixar dirigir.

— Foi o álcool, não vou te deixar dirigir meu carro, tenho amor a ele e a minha vida.

— Eu sei dirigir, e muito bem por sinal.

— Eu dirijo, me dê só mais algumas horas pra essa dor passar.

— Você falou que tinha palavra, como vou acreditar em você agora?

— Eu estava bêbado.

— Ok.

Ela se irrita muito fácil, amo deixar essa loirinha brava.

Ele vai onde está sua até sua bolsa e mexe nela e logo trás um remédio para mim.

— Tome, vai melhorar sua dor.

— Obrigado. — ela me entrega um copo de suco e eu engulo o comprimido junto com o suco.

Ela coloca a bandeja em cima da cama, e nós começamos a comer.

Sento de frente para ela e ela não evita de me olhar, estou usando apenas uma boxer branca.

— Vai ficar só olhando? Ou vai querer outra coisa?

— Olhar não faz mal. — ela diz.

— Não, mas isso me dá o direito de olhar para você também, mas você está vestida demais.

— E vou permanecer assim.

— Poderia ser mais leve e aproveitar que estamos sozinhos, temos a casa toda só para nós.

— Nem pensar, você me confessou ontem que é apaixonado por Bárbara e eu não vou ficar sendo usada por você, se quiser matar seu tesão procure outra.

— Esse é o problema, não quero com outra, quero com você.

Isso de fato é verdade, eu realmente quero essa mulher, desde o primeiro dia botei meus olhos em cima dela.

— Isso é o que você diz, mas eu não acredito.

— Tudo bem Raquel, não vou mais insistir. Vou tomar banho e nós vamos embora.

— Ótimo.

Entro no banheiro e tomo um banho gelado para afastar a ressaca e o sono.

Após terminar meu banho, pego uma toalha e enrolo em minha cintura e saio do banheiro.

Já no quarto tiro a toalha normalmente e seco meu corpo, visto uma cueca boxer preta e um conjunto de moletom também preto e calço um tênis branco.

— Vamos?

— Sim. — ela responde.

Pego nossas malas e nós descemos as escadas, nos despedimos de Cíntia e vamos para o carro.

Estamos nós dois em silêncio, não coloquei nem música, pois estou com dor de cabeça.

O trânsito está tranquilo e conseguimos fazer nosso percurso bem rápido, logo paro em frente ao apartamento dela.

Desço do carro, abro a porta para ela, tiro sua mala do porta malas e olho para ela profundamente.

Queria poder me apaixonar por essa linda mulher, mas infelizmente não posso.

— Quer ajuda com a mala? — pergunto.

— Não, obrigada, eu dou conta.

— Amanhã falaremos da dívida da sua mãe, e você assina seu novo contrato de trabalho.

— Sim senhor, obrigada.

— Obrigado você, por tudo, te vejo amanhã.

— Sim, até amanhã.

Não me movo, continuo parado olhando para ela, nossos olhos se encontram e ficamos nos encarando por um breve momento.

A loirinha tem olhos lindos, foi justamente esses olhos que chamaram minha atenção naquela noite há um ano atrás, naquela boate.

Ela vira de costas e entra em casa, continuo parado a observando, ela tem um corpo muito bonito, a b*nada é perfeita.

 Ela olha para trás e eu passo mais uns segundos a observando e só então entro no carro e vou para casa.

Moro em um condomínio que fica bem próximo de onde ela mora.

Entro no meu apartamento, está meio solitário aqui, passei um final de semana agradável, cercado de pessoas, dormindo com uma mulher muito bonita.

Voltar para a realidade é meio triste, mas é o que temos.

— O senhor vai querer almoçar? — Cristina pergunta.

— Depois Cristina.

— Quer que esquente?

Mônica tem folga aos finais de semana, quando chega na sexta-feira, ela prepara e congela alguns pratos para deixar para eu comer.

Cristina tira folga uma vez na semana que fica a critério dela, ela só me avisa quando deseja tirar seu dia de folga.

— Pode tirar o resto do dia de folga Cristina, não vou precisar de nada, quando estiver com fome eu mesmo esquento a comida.

— Obrigada, senhor.

— Por nada.

Ela se retira e eu vou para o quarto, deixo a mala no closet.

Tiro a blusa de moletom e o tênis e me jogo na cama, essa ressaca está me matando, definitivamente não nasci para beber.

Dou uma olhada na rede social da loirinha e ela não postou nada.

Essa loira confunde minha cabeça, me nego a sentir algo por alguém de novo.

O amor nos deixa fracos, capazes de fazer besteiras e nos anular, fiz de tudo pela Bárbara, ela me tinha na palma de sua mão e fazia o que queria de mim. Nunca mais irei deixar isso acontecer de novo, nem ela e nem ninguém vai fazer isso comigo.

Depois que terminei com Bárbara fiquei com muitas mulheres, mas foram só casos de uma noite só. Nunca me encontrei com a mesma mulher duas vezes seguidas, nunca tive vontade, mas a loirinha me faz querer tê-la outra vez em meus braços.

Eu não posso me permitir sentir outra vez!

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***