Capítulo 16

No dia seguinte, novamente Maria e os coordenadores do acampamento, trataram de deixar Léo e Luísa separados em todas as atividades. Luísa, como esperado por Maria, começava a agir melhor longe da influência negativa de Léo. Já o garoto, havia tentado burlar a atenção de João Pedro, para ficar no grupo que Luísa estava.

Não deu certo, com atenção redobrada em Léo, João Pedro não permitiu que o garoto mudasse de grupo, o que o irritou.

💭Léo - Você não perde por esperar, piãozinho!

Já a noite, enquanto o sol se punha no horizonte, criando uma paleta de cores no céu, Luísa sentia uma sombra crescente sobre a serenidade do acampamento. Os primeiros dias foram preenchidos com risos, aventuras e cumplicidade entre ela e Léo, que aprontaram brincadeiras terríveis com os campistas e até com os funcionários do lugar. Ela havia de divertido muito. Mas algo estava mudando. Uma nuvem de desconforto começava a se formar no coração de Luísa.

Léo, inicialmente encantador e divertido, revelava um lado possessivo que a incomodava. Seus olhares intensos e a insistência em estar sempre ao lado dela começavam a sufocá-la. Luísa, uma jovem que queria ser independente, começava a ansiar por explorar o acampamento sem sentir a sombra de Léo sobre seus passos.

Durante aqueles dois dias, onde ela havia feito atividades em grupo, ela estava começando a se abrir para a experiência daquele lugar, é mesmo sem querer demonstrar, ela começara a gostar de fazer aquilo, com seu grupo.

O momento de reflexão chegou durante uma caminhada à beira do lago, naquele final de tarde, após as atividades do dia. Léo, mais uma vez, insistiu em acompanhá-la, e sua presença constante começava a se tornar opressiva. Ele passou o braço pelo ombro dela, a forçando a caminha ao lado dele. E insistia em forçar os beijos entre os dois.Luísa, com um suspiro contido, decidiu confrontar a situação.

Luísa - Léo, precisamos conversar.

Ela começou, desviando o olhar para as águas calmas do lago.

Luísa - Eu gosto muito de ficar com você. Nós nos divertimos muito desde que nos conhecemos, e tem sido muito bom. Mas sinto que estou perdendo minha liberdade aqui. Preciso de espaço para respirar, para ser eu mesma, conhecer as pessoas, entende?

Léo, surpreso, fitou-a com olhos confusos. A expressão de Luísa era uma mistura de determinação e vulnerabilidade.

Léo - Não posso ser sua sombra o tempo todo. Preciso de espaço para crescer, conhecer outras pessoas, e viver essa experiência de forma independente. Me sinto sufocada, da mesma forma que me sinto em casa, com meus pais em cima de mim o tempo todo.

Ela explicou, consciente da importância de suas palavras.

Léo, ainda processando a revelação, lentamente percebeu que sua abordagem possessiva não estava construindo, mas sim afastando Luísa. Ele respirou fundo, e pensou cuidadosamente no que iria falar.

Léo - Luísa, não era minha intenção te sufocar. Vou respeitar seu espaço, não achei que você não quisesse mais ficar comigo.

Ele olhou para o chão com uma expressão triste.

Léo - É que eu nunca encontrei uma garota como você. Preciso confessar que estou apaixonado, durmo e acordo pensando em você, e achei que você sentisse o mesmo. Mas tudo bem, ninguém nunca gostou de mim mesmo, isso sempre acontece, eu sou sempre usado e descartado.

Luísa ficou surpresa com as palavras de Léo.

Luísa - Léo, não é nada disso. Você entendeu tudo errado …

Léo se virou para Luisa, seusnokhks estavam vermelhos, como se fosse chorar.

Léo - Está tudo bem, eu sei que você não quer mais ficar comigo. Agora que está conhecendo outras pessoas, eu não sirvo mais. Vou ficar sozinho novamente …

Ele começou andar lentamente, se afastando de Luosa, que havia ficado triste com a reação dele.

Ela então, correu até ele é o abraçou.

Luisa - Desculpa Léo, não foi isso que quis dizer. Eu gosto de você, quero continuar com você. Esquece tudo o que esbaforido, deve ser a influência desse bando de caipira ao meu redor. Amanhã teremos o dia livre para aproveitarmos o lugar, não teremos grupos nem tarefas diárias. Ficaremos o dia todo untos ok? E vamos pensar em alguma coisa para animar esse lugar, está muito parado pro meu gosto. Kkkkkkkk

Luisa não estava vendo, mas ali abraçado a ela, Léo exibia um sorriso maléfico, seu plano tinha dado certo. A chantagem emocional, sempre surtia o efeito esperado por ele.

Léo - Obrigado Lu, você é muito importante para mim!

Luísa - Você também é! Vem, vamos voltar para os chalés, para não levarmos bronca.

De mãos dadas, os dois voltaram caminhando até os chalés. Ali eles ficaram trocando beijos até as luzes se apagarem, indicando que era hora de todos se recolherem. Para Luísa, tudo tinha ficado esclarecido. A possessividade de Léo, em sua cabeça, era fruto da paixão que ele sentia por ela. Mas para o garoto, era só mais uma forma de manipular a menina rebelde, e tê-la ao seu lado sempre.

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