Léo e Luísa corriam pelos caminhos sinuosos do acampamento, seus risos ecoando pelo dia quente, enquanto escapavam da furiosa instrutora Carla. Com pulmões ofegantes, decidiram que era hora de encontrar um esconderijo seguro onde pudessem rir à vontade sem serem pegos.
O sol escaldante de verão, iluminava o caminho deles quando avistaram o estábulo ao longe. Sem hesitar, adentraram o local, onde o cheiro familiar de feno e madeira trouxe uma sensação de segurança. Os raios de luar filtravam-se pelas frestas das paredes de tábuas, criando padrões de sombras que dançavam no chão de terra batida.
Enquanto se escondiam atrás de uma pilha de feno, Léo e Luísa ainda riam da brincadeira que tinham aprontado no refeitório. As gargalhadas ecoavam no estábulo, misturando-se ao som suave dos cavalos que dormiam tranquilamente em seus estábulos.
Luísa - Essa foi a melhor ideia de todas, Léo!
Luísa disse entre risos, tentando conter o som para não chamar a atenção de quem estivesse por perto.
Léo, com os olhos brilhando de excitação, concordou.
Léo - A expressão da Carla foi impagável! E aquela barata... um toque de gênio, não acha?
Os dois amigos continuaram rindo, revivendo mentalmente os momentos que haviam causado tanta agitação no refeitório. Enquanto isso, lá fora, podiam ouvir vozes distantes de campistas curiosos que discutiam o incidente.
A tranquilidade do estábulo proporcionava um contraste reconfortante com a agitação lá fora. Por um momento, Léo e Luísa esqueceram as preocupações e responsabilidades do acampamento. Eles se sentiram livres, como se o estábulo fosse um refúgio secreto onde as travessuras eram permitidas.
Luísa ainda sorria, quando Léo parou e a encarou. Ela percebeu e ficou sem jeito.
Luísa - O que foi? Por que está me olhando assim?
Léo se aproximou, sem dizer nada. A respiração dele, se misturou com a de Luísa, que não conseguia se mexer. Em um movimento rápido, ele a beijou. No primeiro momento Luísa ficou parada, sem saber o que fazer, mas logo retribuiu ao beijo.
Ao se afastarem, Léo estava sorrindo e Luísa ainda estava de olhos fechados.
Léo - Gostou?
Luísa - Não estava esperando, mas foi bom. rsrsrs
Léo - Então vem cá, deixa eu lhe dar mais outro igual a esse ..
Ele a puxou para mais um beijo, que Luísa recebeu alegremente. Ali escondidos, os dois trocaram vários beijos, entre sorrisos. Ainda ofegantes, eles decidiram ficar ali por mais um tempo antes de retornar ao agito do acampamento. No entanto, seus planos foram interrompidos quando ouviram passos se aproximando do estábulo. Rapidamente, se acomodaram em silêncio, escondendo-se atrás das pilhas de feno, enquanto Maria e Carla, irritadas, procuravam pelos responsáveis pela confusão no refeitório.
Os dois seguravam a respiração, trocando olhares nervosos. A diversão tinha dado lugar à cautela, e agora eles estavam prestes a testemunhar as consequências de suas travessuras. O estábulo, que havia sido seu esconderijo seguro, tornou-se um palco de suspense enquanto aguardavam, em silêncio, a passagem das instrutoras à procura dos culpados pela confusão.
Maria e Carla varriam o interior do estábulo, procurando os responsáveis pelo tumulto no refeitório. O coração de Léo e Luísa batia acelerado enquanto permaneciam escondidos entre o feno, conscientes de que o esconderijo havia perdido sua segurança.
Maria - Eu sei que estão aqui! Não adianta se esconderem.
Ressoou a voz firme de Maria, ecoando pelo estábulo. Logo, elas chegaram ao local onde os dois amigos estavam escondidos, revelando-os aos olhos penetrantes das instrutoras.
Com um suspiro resignado, Léo e Luísa saíram de trás do feno, enfrentando a expressão séria de Maria e Carla.
Maria - Quem são os engraçadinhos responsáveis pela confusão no refeitório?
Indagou Maria, cruzando os braços.
Luísa, que queria ser leal, abriu a boca para assumir a culpa, mas Léo a interrompeu.
Léo - Fui eu, Maria. Fui eu quem colocou a barata no prato da instrutora Carla. Luísa não teve nada a ver com isso.
Maria fixou os olhos em Léo por um momento, ponderando suas palavras, antes de suspirar.
Maria - A brincadeira de mau gosto não é aceitável, Léo. Vocês dois estão prestes a aprender uma lição valiosa.
Carla, com um olhar severo, guiou os dois até o escritório de Maria. O ambiente era sério, e o silêncio que pairava durante a caminhada era ensurdecedor. Uma vez dentro do escritório, Maria fechou a porta com firmeza e se sentou atrás da mesa.
Maria - Sentem-se!
Ordenou Maria, indicando duas cadeiras à frente de sua mesa. Léo e Luísa obedeceram, com olhares de apreensão.
Maria não perdeu tempo.
Maria - Travessuras são uma coisa, mas interferir no bom andamento do acampamento é inaceitável. Vocês dois causaram uma confusão desnecessária e assustaram a instrutora Carla. Isso não será tolerado.
Léo e Luísa ouviam atentamente, cientes de que a brincadeira tinha ultrapassado os limites. Porém, eles não queriam dar o braço a torcer.
Luísa - Nem foi tanto assim, isso é um exagero!
Maria - Exagero? A partir de amanhã, e pelos próximos sete dias, vocês serão responsáveis pela limpeza do estábulo todas as manhãs, imediatamente após o café. Quero que aprendam a importância de cuidar do ambiente que nos rodeia.
Anunciou Maria, impondo a sentença.
Léo, querendo deixar Luísa fora da confusão, olhou para Maria.
Léo - Maria, Luísa realmente não teve nada a ver com isso. A ideia foi minha, e eu que coloquei a barata no prato.
Maria olhou para Luísa e depois para Léo.
Maria - Léo, compreendo sua honestidade, mas as ações têm consequências. Ambos estavam envolvidos, e ambos enfrentarão as consequências juntos. A Luísa sabia o que você pretendia fazer, ela é tão responsável quanto você.
Os dois aceitaram a punição com resignação, reconhecendo que, mesmo que a intenção fosse apenas uma brincadeira inocente, era hora de aprender uma valiosa lição sobre responsabilidade e respeito pelos outros.
Ao menos foi isso que eles disseram a Maria, para se livrarem logo do sermão. Mas ao saírem do escritório, caminhando pelo corredor que levava de volta ao refeitório, Léo parou e segurou o braço de Luísa para que ela parasse também.
Léo - Não se preocupa, esse castigo não vai sair barato assim. kkkkkkkkkkkk
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Atualizado até capítulo 73
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