Capítulo 13

O rosto, desconhecido por Léo e Luísa, era conhecido pela maioria ali presente.

Letícia - João!

Letícia estava surpresa ao vê-lo alô, mas parecia muito feliz.

João Pedro, jovem de dezoito anos, neto de Maria, dona do acampamento. JP, como era mais conhecido entre os jovens, morou na fazenda onde o acampamento estava instalado durante toda sua vida. Criado por sua avó, desde que os pais morreram em um acidente de carro quando ele ainda era um bebê, João amava a vida no campo. Mas estava fora a um ano, morando no Rio de Janeiro, onde estava cursando veterinária. João sempre fez parte da vida no camping, e os mais antigos, como Letícia, o conhecia bem.

Maria - João, não sabia que já tinha chegado filho!

João - Oi vovó, cheguei ontem a noite, a senhora já estava dormindo . Não quis incomodar. Mas cheguei a tempo, de ver o casalzinho aí, carregando um carrinho de mão cheio de sujeira e entrando nos chalés. Estão aqui, as provas.

João foi até Maria e mostrou o celular cheio de fotos e vídeos , onde Luísa e Léo apareciam contendo o riso enquanto aprontavam. Maria olhava atentamente para aquele celular, até se virar com um olhar de graça, para os dois.

Maria - Eu achei que vocês estivessem aprendido a lição, mas pelo jeito terei que ser ainda mais dura com vocês.

Léo parecia não se importar, já Luísa, pela primeira vez, parecia incomodada com aquele sermão de Maria , ali na frente de todos. Ele continuaram calados, enquanto Maria falava.

Maria - Hoje, exatamente agora, Léo e Luísa ficaram responsáveis pela limpeza dos chalés que eles sujaram. Nada mais justo que eles limpem a própria sujeira que fizeram, não é mesmo?

Léo - Você acha que meu pai te pagou para que eu vire seu empregado?

Maria - Você não tem ideia do que é ser um empregado. E seu pai me deu carta branca paráveis eu te ensinasse boas maneiras, já que tudo que eles fizeram não surtiu efeito algum.

Léo abriu a boca para continuar a retrucar, mas Maria o interrompeu.

Maria - Não adianta retrucar Léo, é uma ordem, ou ligarei para seu pai. E você sabe muito bem, qual será a alternativa , além de passar as férias aqui no verão.

Léo pareceu entender o que Maria estava dizendo, e baixou a cabeça, surpreendendo a todos, inclusive a Luísa.

Maria - Agora andem, vocês limparam tudo antes do café da manhã, quero todo o chalé limpo e as roupas de cama na lavanderia.

Luísa - Isso é trabalhos escravo, eu não vou fazer nada!

Maria - Não Luísa, isso é só ação e reação. Tudo que fazemos tem consequência, e essa é a consequência pelo que vocês fizeram. Vocês sujaram, vocês limpam. E podem tratar de começar logo!

Maria dispersou o grupo agitado, e encaminhou Léo e Luísa para que começassem a limpeza do lugar.

O sol brilhava no céu, mas uma atmosfera tensa pairava sobre o acampamento. Léo e Luísa, conscientes das suas travessuras anteriores, agora enfrentavam a tarefa de limpar os chalés que haviam sujado com o lixo retirado do estábulo. Carla, uma das monitoras, supervisionava atentamente Luísa enquanto ela esfregava e polia, forçada a corrigir o que fora feito.

Do outro lado do acampamento, João Pedro, neto de Maria, recém-chegado para passar um tempo no acampamento, estava incumbido de monitorar Léo. Com um olhar sério, João Pedro não hesitou em garantir que Léo entendesse a gravidade da situação. Entre baldes de água e esponjas, os dois jovens se envolveram na tarefa de limpeza sob o escrutínio firme do monitor mais velho.

Carla instruía Luísa sobre a importância de cada detalhe, enquanto João Pedro, com um misto de autoridade e compreensão, guiava Léo na restauração da ordem nos chalés.

Léo - Você se acha o bonzão não é? Fica aí se achando o dono deste fim de mundo, achando que por ser neto daquela velha doida, vai meter medo em alguém.

João Pedro se aproximou de Leo, com um olhar que parecia furioso. Mas ao falar, manteve sua voz calma.

João Pedro - Olha aqui moleque, não insulta a minha avó, ou vai acabar perdendo os dentes. Não estou aqui para ser sua baba, então faça o que a minha avó lhe mandou, ou terá consequências. E acredite, as minhas reações não serão tão brandas quando as que você e sua namoradinha receberam até agora.

Léo - Sei, sei, caipira!

Léo não se deixou abater pelas palavras de João Pedro, mas por dentro ele acabou se assustando com o que o rapaz lhe disse, e aquilo lhe deixou irritado.

Maria, ciente da situação, observava de longe, esperando que essa experiência marcasse o início de uma mudança real nos dois adolescentes.

À medida que as horas passavam, os chalés começaram a recuperar seu brilho original. O suor escorria dos rostos de Léo e Luísa, não apenas devido ao esforço físico, mas também à consciência do impacto das suas ações. Carla e João Pedro, apesar de quererem acreditar no empenho genuíno dos dois em corrigir seus erros, ainda desconfiavam de que aquela na seria a última que eles aprontariam.

Ao final do dia, os chalés estavam impecáveis. Léo e Luísa, embora cansados, sentiam uma mistura de alívio pelo fim daquele trabalho árduo, coisa que nenhum dos dois nunca tinha feito.

A lição, dessa vez, parecia ter atingido seu objetivo. Restava agora saber se Léo e Luísa manteriam o aprendizado no coração ou se sucumbiriam novamente às tentações da travessura. O acampamento, marcado por essa jornada de redenção, aguardava o próximo capítulo com expectativas. Apesar de terem cumprido tudo que fora ordenado por Maria, Léo e Luísa só fingiam ter entendido a lição que lhes foi dada, em suas cabeças, eleja arquitetavam o próximo passo.

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