Capítulo 3

Luísa passou o restante do dia em seu quarto. A ressaca física e moral, não permitiram que ela saísse dali durante aquele dia. No dia seguinte, uma segunda-feira, ela cortou com Zezé puxando o cobertor, ela precisava ir para a escola.

Zezé- Anda logo, seus pais já estão te esperandonoara o café da manhã.

Luisa levantou a contragosto, tomou banho, escovou os dentes e vestiu o fardamento da escola. Pegou a mochila e desceu de óculos escuros, como se estivesse indo para a praia. Antes que ela pudesse se sentar, sua mãe a olhou com reprovação. Henrico percebeu.

Henrico - Bom dia filha, tire os óculos por favor e sente- se.

Luísa notou a entonação da fala do pai, não retrucou, apensas fez o que ele havia pedido. O café da manhã desceu meio amargo para todos. Assim que terminou Isabel levantou sem dizer uma palavra, ela ainda estava muito chateado com as atitudes recentes de Luísa. Henrico se despediu da filha e eles saíram parado trabalho, cada um em seu carro. Luísa terminou de tomar o café e foi até a frente da casa, onde seu motorista a aguardava.

Eles seguiam para a escola quando no meio do caminho , Luísa decidiu mudar a rota.

Luísa - Muniz, vire na próxima esquerda por favor, preciso passar em um lugar antes.

O Marista não respondeu, e Luísa o viu seguir direto sem entrar onde ela queria.

Luísa - Muniz, está surdo? Você não me ouviu?

Muniz - Desculpe senhorita, mas seus pais mandaram que eu te levasse direto para escola.

Luísa sabia que não adiantava retrucar, Muniz não desobedeceria seus pais.

Ao chegar na escola, ela desceu do carro e entrou. Muniz seguiu com o carro, e ela o observou se afastar . Aproveitando que as catracas de acesso ainda não tinham sido travadas, ela foi em direção a saída. Colocou seu dedo indicador para liberar sua saída, e viu quando a luz ficou vermelha.

Luísa - Eu, essa catraca está quebrada?

O responsável pelo acesso dos alunos foi até ela.

Funcionário - Não senhorita, sua saída é que está bloqueada.

Luísa - Como assim?

A vice diretora que vinha chegando encontrou Luísa destratando o funcuonario, ela queria sair de qualquer jeito.

Vice- diretora - Luísa, tenha modos. É assim que você fala com nossos colaboradores?

Luísa - Eu preciso sair, tenho médico. Só vim deixar um trabalho na mão de uma colega.

Vice-diretora - Venha comigo Luísa, precisamos conversar.

Luísa acompanha a mulher até sua sala. Lá ela lhe explica que seus pais estiveram mais cedo na escola e bloquearam a saída dela sem autorização prévia. Sua saída só seria permitida após o final da aula, ou se um dos dois autorizasse por ligação.

Luísa ficou revoltada, seus pais a estavam tratando como uma prisioneira.

Vice-diretora - Agora vá para a sala, e preste atenção nas aulas. Estamos na última semana de aulas, na próxima já começam as provas e você tem muito que recuperar.

Ela saiu da sala soltando fogo pelos olhos. Aquilo não ia fuçar assim. Em sua cabeça seus pais estavam totalmente errados, eles não tinha aquele direito, e ela ia dar um jeito de se livrar daquel castigo .

No final da aula, depois de dormir praticamente durante toda a manhã, Luísa saiu da escola e se deparou com Muniz a esperando, de pé bem em frente as catracas de acesso.

Luísa - Além de motorista você virou meu cão de guarda agora, Muniz?

Ele não respondeu, apensas a conduziu ativo carro. Aquilo a revoltou ainda mais.

Já em casa, Luísa subiu direto para o quarto. Zezé levou seu almoço, que ela mal tocou. As 14:00h, ela ouviu a campainha da casa tocar, minutos depois Zezé foi até o seu encontro e pediu que ela fosse até a biblioteca da casa, onde sua tutora a esperava.

Luísa - Então essa palhaçada era verdade?

Zezé - Filha, vá e não reclame. Seus pais sonquetem o seu bem.

Luísa passou o restante da tarde com a tutora, que tentava lhe ensinar a matéria, mas sem sucesso.

Tutora - Nos vemos amanhã Luísa!

A garota se quer olhou para a professora que se esforçava para fazer seu trabalho bem feito.

Já em seu quarto, Luísa se jogou na cama e colocou os fones no ouvido. Tudo o que ela queria era que aquele dia acabasse. Mas, seu pesadelo parecia não ter fim.

Zezé - Luísa, seus pais estão te esperando para jantar.

Luísa - Não estou com fome …

Antes que aluída terminasse de falar, seu pai entrou porta a dentro.

Henrico - Vamos, desça e jante conosco.

Luísa - Até isso vocês querem me obrigar agora? É o que, uma prisão? Se eu soubesse tinha ficado na delegacia, lá eu seria melhor tratada.

Henrico respira fundo.

Henrico - Você deveria repensar as suas falas. Tem certeza que queria mesmo ficar lá? Naquele lugar imundo?

Luísa sente a tristeza na voz do pai. Ele nunca tinha falado com ela daquele jeito.

Henrico - Anda, venha jantar conosco.

Ele sai, e Luísa o acompanha. O clima dominaram, assim como no café da manhã estava péssimo.

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