Capítulo 2

Como Raviel tinha dito, faltando uma semana para o aniversário do filho, eles chegam na Espanha.

Dexter como prometido, os recebe com toda a pompa de um chefe.

Eles chegam à casa dos Salazar e logo um banquete de boas-vindas é servido.

― Que prazer vê-los aqui novamente, senhora! ― Maria, a governanta, fala toda feliz ao ver seus patrões e os filhos. ― Senti muita a falta desses pequenos.

Ivy sorri e a abraça apertado.

― Também sentimos muito a falta de todos! ― Ivy olha Mariana com seus três filhos e Stefano, esposo dela e braço direito de Dexter. ― Vai ser maravilhoso voltar para cá.

― Como assim? ― Dexter pergunta confuso e vendo a cara de Raviel ele já fica empolgado. ― Quer dizer que...

― Isso mesmo, meu amigo. ― Raviel confirma o que a esposa disse abraçando-a pelos ombros. ― Viemos para ficar.

Dexter arregala os olhos e depois dá um grito de felicidade e o abraça emocionado.

― Caramba!! Essa é a melhor notícia que poderiam me dar! ― Ele fala agarrado ao Raviel e depois abraça Ivy. ― Bem que achei aquele tanto de mala exagerado!

― Está bom já, né Dexter? ― Raviel fala puxando Ivy pelo braço tirando-a do abraço de Dexter.

Eles riem.

― Pois é rs. ― Ivy abraça a cintura de Raviel. ― Queríamos fazer essa surpresa para você. Só eu sei como esse grandalhão aqui ficava amuado sem você kkk.

― Ficava nada! ― Raviel protesta e todos riem.

― Se serve de consolo, o senhor Dexter não estava tão diferente assim. ― Stefano entrega e Dexter o olha bravo.

Todos começam a rir.

― Enfim, agora vocês podem se esbaldar! ― Ivy fala zombeteira e Raviel sorri de lado.

― Maravilha! Vamos comer? Tô morto de fome! ― Dexter fala esfregando as mãos tentando mudar o foco da conversa e já puxa a cadeira.

Eles se sentam e começam a comer.

― Mari, Maria Ivy está tão linda! ― Ivy elogia a filha de Mariana que estava brincando com Ana Laura na sala.

― Igual a Laurinha... ela cresceu tanto!

― Papá! Olha o carrinho que Martin me deu! ― Miguel mostra o carrinho para Raviel que pega e se mostra admirado.

― Olha... que bacana. Agradeceu ao Martin?

― Si! Acha que devo dar algo em troca?

― Bom, se foi um presente, ele não deve esperar que retribua. ― Raviel olha a expressão de dúvida do filho e sorri de lado. ― Porém, se acha que deve presenteá-lo, dê algo também.

Miguel sorri e balança a cabeça afirmativamente.

― Sim! Vou olhar no meu baú do tesouro!

Miguel sai correndo e Dexter sorri com a cena.

― Miguel sempre foi generoso. ― Dexter fala orgulhoso.

― Ele puxou a Ivy. Na verdade, os dois puxaram.

― Não puxando o dom de se meterem em encrenca, já é um lucro. ― Eles se olham e riem. ― Senti muito a sua falta, Ravi. Estou muito feliz que veio para ficar.

Raviel sorri de lado e coloca a mão no ombro dele.

― Também estou feliz em estar aqui.

Eles sentem aquela união que, apesar da distância, nunca deixou de existir ou diminuir.

― O que pretende fazer com a empresa de exportação de vinhos nos Estados Unidos?

― Vai virar filial. Vou fazer a sede aqui.

― Virou empresário mesmo, hein? Rs.

Raviel ri.

― Eu sempre fui, mas não colocava como prioridade. Agora, é o que faço da vida, e sinceramente? Até que gosto disso rs.

Dexter ri concordando.

― Para falar a verdade, sempre achei mesmo que levasse jeito para empresário rs.

― Sou bom em tudo. ― Raviel se gaba tirando uma risada de Dexter.

Eles ficam ali naquela alegria do reencontro, mas infelizmente, dura pouco, pois Dexter teve que resolver um problema com um fornecedor.

Ele sai com Stefano e a tropa, enquanto Ivy matava a saudade da sua amiga Mariana e

Raviel vai para o seu escritório resolver umas pendências.

Horas mais tarde, Dexter chega todo afoito e coberto de sangue na casa deles assustando Mariana e Ivy que brincavam com as crianças no quintal.

― Meu Deus, Dexter! O que aconteceu? Está ferido?? ― Ivy já corre até ele com seu instinto de médica.

― Não Ivy... estou bem, mas Stefano...

― Não! ― Mariana já cai chorando no chão. ― Me diz que ele não está morto!

As crianças já começam a chorar e Raviel sai para fora olhando a cena assustado.

― O que aconteceu??

― Calma, Mari. ― Dexter tenta ampará-la. ― Stefano está vivo, mas ele foi ferido no peito. Está passando por uma cirurgia agora.

― Jura? ― Ela fica mais aliviada, mas ainda preocupada. ― Me leve até lá! Preciso saber como está o meu marido!

― Fica calma, Mari... ― Ivy a segura pelo braço. ― Eu vou com você, mas precisa se acalmar.

Ela apenas assente e Raviel pede a Maria que fique de olho nas crianças, enquanto eles correm para o hospital.

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