Capítulo 11

Dexter coloca sua assinatura firmando seu contrato de casamento com Isabelle e Don Santiago faz o mesmo.

Depois Léo e Clarita, esposa de Santiago, assinam como testemunhas.

― Certo, Don Milano. Com isso, Isabelle é oficialmente sua noiva. ― Santiago fala com um sorriso triunfante.

― Já que seremos família, vamos tirar essa formalidade quando estivermos a sós, Santiago. ― Dexter fala com um sorrisinho. ― Isso, se eu sobreviver até o casamento.

― Kkkkk vai dar certo.

― Posso falar com ela? Quero lhe entregar o anel de noivado.

Dexter mostra o lindo anel com um diamante enorme.

― Muy hermoso! ― Clarita exclama olhando maravilhada. ― Isabelle vai amar!

Dexter sorri de lado não acreditando muito nisso, mas não fala nada.

― Isabelle está no quarto. Chegou ontem aqui e está cansada da viagem. ― Santiago responde admirando o anel também. ― Podemos marcar um jantar amanhã. Que tal?

― Por mim, tudo bem. ― Dexter se levanta. ― Bom, sendo assim. Nos vemos amanhã. Obrigado.

― Nós que agradecemos! ― Clarita fala com um sorriso enorme no rosto.

Dexter acha meio estranho aquela atitude dela e a tranquilidade de Santiago, mas continua calado.

Ele assente em cumprimento e sai acompanhado de Léo.

Ao longe, ele vê aqueles cabelos loiros inconfundíveis perto da área da piscina.

― Léo, vá indo na frente. Te encontro logo.

Léo olha na direção que Dexter estava olhando e entende assentindo saindo em seguida.

Dexter se aproxima de Isabelle, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, ela se vira e o olha com raiva.

Sem dizer uma palavra, ela avança em cima dele e começa a lhe bater no peito.

― Sabia que tinha sido você! Como pôde me obrigar a me casar com você?? Seu imbecil! Idiota!

Dexter queria rir daqueles tapas ridículos, mas se mantém sério. Ela tinha toda a razão de estar com raiva dele, mas essa culpa de obrigá-la, ele não aceitaria.

Ele a pega pelos braços e a obriga a encará-lo.

― Você preferia um gordo, velho e seboso? ― Ele pergunta debochado. ― Pois era isso ou a mim. E sinceramente, sou muito mais eu.

Ela se solta e ri sarcástica.

― E você acha que vou acreditar nisso? ― Ela cruza os braços e o encara firme. ― Na verdade, até fiquei surpresa de você querer isso, já que seu interesse é em outra.

Dexter se sente culpado. Ela jogou na cara dele sua pior vergonha.

― Belle...

― Não me chame assim! ― Ela fica com mais raiva e aponta o dedo indicador nele. ― Escuta bem, Dexter. Você pode até me obrigar a me casar com você, mas nunca você irá tocar em mim! Está entendendo?? ― Ela fala cutucando-o com o dedo no peito dele com força.

― Ai! ― Dexter põe a mão no peito dolorido e resolve brincar para quebrar aquele clima. ― Nunca diga nunca, Belle rs.

Ela revira os olhos.

― Você é desprezível!

Dexter perde a graça. Em outro tempo, ela teria rido do seu gracejo.

“Ela deve mesmo me odiar...”

Suspirando, ele tira do bolso a caixinha com o anel de noivado e coloca na mesa.

― Não sei o que esse casamento nos reserva, Isabelle, mas seja como for, vamos ter que nos aturar. ― Ele se vira para sair e complementa. ― E te garanto, que serei a melhor escolha para você.

Isabelle olha ele sair sem olhar para trás.

Ela respira fundo e pega a caixinha abrindo em seguida e se maravilha pela beleza do anel.

“Por que Dexter? Por que tem que ser assim?”

Ela passa os dedos pela pedra e seus olhos enchem de lágrimas.

Ela podia negar para todos, mas não para si mesma. Ela ainda gostava de Dexter, mesmo não querendo.

― Coração idiota...

Ela resmunga colocando o anel na mesa novamente e vai em direção ao quarto dela.

Quando estava subindo as escadas, Don Santiago a chama.

― Filha. Você viu Dexter?

Isabelle para de subir e se vira com raiva.

― Vi. E estou vendo alguém pior do que ele.

Don Santiago suspira.

― Filha, sabe que eu não faria nada se não fosse para o seu próprio bem.

― O senhor me traiu! ― Isabelle fala com raiva descendo a escada e parando um degrau acima dele. ― O senhor disse que nunca iria me obrigar a me casar com alguém que eu não gostasse e agora, me dá em casamento logo para o Dexter?? Um cara que só brincou comigo, enquanto amava outra!

― Filha...

― Esquece pai. Agora já foi assinado e firmado. Eu sei como as regras da máfia funcionam.

― Isabelle, eu juro que tudo tem uma explicação...

― Pois eu não quero essa explicação! Em um mês, me caso com ele e assim todos ficarão felizes! ― Ela começa a subir a escada novamente. ― Todos menos eu!

― Isabelle... você pode estar com raiva agora, mas um dia, irá me agradecer! ― Santiago grita vendo-a sumir no andar de cima.

― Querido? ― Clarita chega com o anel que Isabelle deixou na mesa. ― Ela está com raiva, não é?

― Sim. ― Ele suspira. ― Apesar que, no lugar dela, eu também estaria.

― Não se preocupe, meu bem. Um dia ela irá entender que fizemos isso pelo bem dela.

Santiago coloca a mão na barriga de 5 meses da esposa e acaricia.

― Você acha?

― Claro! Sabe que considero Isabelle como minha filha também e jamais deixaria que fizesse algo que a prejudicasse.

Santiago olha com amor para a esposa e lhe dá um beijo.

― Tem razão. Um dia ela irá entender tudo.

― Vai sim rs. Depois, falarei com ela e ajudarei nos preparativos do casamento.

Santiago sorri assentindo.

Se sentia o homem mais afortunado por ter uma linda esposa ao qual podia contar sempre. Apesar de Clarita ser mais nova que ele, isso não a impediu de amá-lo.

― No que está pensando, Diego?

― Em como você é linda e que sou o homem mais sortudo do mundo!

Clarita sorri e eles se beijam com amor.

― Acha que Ivy gostaria de me ajudar com o casamento?

Santiago ergue as sobrancelhas pensativo.

― Acredito que sim.

― Amanhã irei falar com ela.

― Querida, sabe que não gosto que saia por aí sem mim.

Clarita revira os olhos.

Desde que Santiago soube da gravidez, estava ainda mais protetor.

― Não sairei por aí, mas se te deixa mais calmo, pedirei que ela venha aqui. Ou talvez, fale com ela no jantar de amanhã. O que acha?

― Quer chamar, Salazar, Milano e Ivy para jantar com Isabelle? Querida, isso não vai prestar. Já estava pensando como seria apenas Dexter e Isa.

Clarita dá uma risadinha.

― Tenho certeza de que Ivy saberá lidar com eles e nós com Isa.

Santiago suspira e concorda.

― Certo. Acho que será uma noite... divertida.

Os dois riem.

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