O coração do labirinto.

O grupo, com a expressão de quem enfrentou mais do que esperava, aproximou-se do cubículo de aço. Estava claro que aquela construção não era uma criação natural do vulcão, mas sim uma estrutura feita por alguém - ou algo. A porta de madeira parecia deslocada naquele contexto, uma peça rústica contrastando com as paredes metálicas polidas.

Théo, ainda segurando firmemente o anel de Midas, aproximou-se da porta e a examinou com cuidado. Não havia fechadura visível, apenas um estranho símbolo entalhado na sua superfície. O símbolo parecia ser uma chave, talvez simbólica, para a entrada do cubículo.

— Alguém sabe o que significa isso? — Théo perguntou, virando-se para seus companheiros.

Eira deu um passo à frente, examinando o símbolo com um olhar atento. Sua experiência com a magia e com símbolos antigos poderia ser útil.

— Este é um sigilo de passagem. É usado em magia para proteger ou selar algo. Talvez precisemos de uma palavra-chave ou ação específica para abri-lo — disse Eira, passando os dedos sobre o entalhe.

— Posso tentar algo — Kendra sugeriu, pegando um pequeno frasco com um líquido brilhante. Ela despejou algumas gotas sobre o sigilo, murmurando palavras em uma língua estranha. O grupo observou, esperançoso, mas nada aconteceu.

Nilo, que havia se mantido observador durante a tentativa de Kendra, decidiu agir. Ele tocou o anel que Théo segurava e falou diretamente a Midas:

— Você sabe como isso funciona?

A resposta veio rapidamente, com a voz de Midas emergindo do anel: — É claro. Essa é uma porta de proteção, criada por Dédalo. Para abri-la, vocês precisam apenas da vontade verdadeira de entrar.

Théo assentiu, e com uma determinação renovada, colocou a mão sobre o sigilo e concentrou-se em sua intenção de seguir adiante, de encontrar a saída do labirinto e de reunir-se com seus amigos. Para sua surpresa e dos demais, a porta emitiu um som baixo e um clique, abrindo-se lentamente.

O interior do cubículo era surpreendente. Apesar da aparência externa austera, dentro era um espaço vasto, muito maior do que a estrutura externa sugeria. Era uma sala de comando cheia de mapas, instrumentos de navegação e esferas celestes. No centro, havia um pedestal com um modelo intrincado do labirinto, iluminado por uma luz suave que parecia vir de dentro dele.

A sala estava deserta, silenciosa, como se esperando por eles. O grupo entrou cautelosamente, seus olhares varrendo o ambiente em busca de qualquer sinal de perigo.

Midas, ainda presente dentro do anel, comentou: — Bem-vindos ao coração do labirinto. Este é o observatório de Dédalo, onde ele monitorava e controlava os desafios. Se querem sair daqui, precisam encontrar o ponto focal deste modelo — ele apontou para o modelo do labirinto no pedestal.

O grupo se aproximou do modelo, examinando cada detalhe. Théo percebeu que havia uma pequena inscrição em uma parte específica do labirinto representado.

— Parece uma inscrição antiga. Eira, você consegue traduzir isso? — Théo perguntou, mostrando o trecho para a especialista em línguas antigas.

Eira estudou a inscrição por um momento e então falou: — É uma frase em grego antigo. Diz: "A verdadeira saída se revela quando a sombra é iluminada pela luz do conhecimento."

Kendra, percebendo uma tocha próxima, pegou-a e a acendeu. Ela aproximou a chama da inscrição no modelo do labirinto, e instantaneamente uma passagem secreta se abriu no chão da sala.

— Parece que encontramos o caminho para fora — disse Théo, olhando para o grupo com determinação. — Vamos seguir em frente.

O grupo desceu pela passagem, adentrando um corredor escuro e estreito. A luz da tocha projetava sombras nas paredes, criando uma atmosfera de suspense. Midas, ainda presente no anel, alertou: — Não se enganem, o verdadeiro desafio ainda está por vir.

Ao final do corredor, encontraram uma porta maciça. Théo, impulsionado pela curiosidade e pela necessidade de avançar, empurrou a porta, revelando um vasto campo aberto, iluminado por uma lua mágica.

Diante deles, estendia-se uma paisagem única: uma floresta encantada, repleta de criaturas místicas e trilhas enigmáticas. O som suave da natureza ecoava, proporcionando um contraste marcante com os desafios anteriores.

— Bem-vindos à Floresta dos Desafios — disse Midas, sua voz ecoando na mente do grupo. — Aqui, a verdadeira jornada começa. Este é o último estágio do jogo dos deuses, onde titãs e deuses se encontram.

Théo, Kendra, Eira e Nilo trocaram olhares determinados. Sabiam que enfrentariam desafios ainda maiores, mas estavam unidos e prontos para enfrentar o que quer que o destino lhes reservasse na Floresta dos Desafios.

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