A segunda fase do jogo.

O tempo de descanso passou em um piscar de olhos. Quando nos demos contas uma porta havia surge na parede da sala, quando atravessamos ela, nós dois nos assustamos quando nos vimos em uma floresta, o espaço era gigante, e não era apenas uma floresta, havia também montanhas e lago enorme, mas ainda estavamos no subterrâneo, como eu sei? Bem, o céu e as nuvens estavam pintadas no teto.

— Théo, olha alí — Lira disse apontando para uma placa de bronze presa no gramado.

A placa dizia:

... Jogos de sobrevivência...

......Regras:......

...○ Esse jogo consiste em uma batalha entre titãs e deuses;...

...○ O jogo termina quando um dos times não tiver mais sobreviventes;...

...○ O time de semideuses tem escolha sobre qual dos times ajudar;...

...○ Qualquer método é aceitável;...

...Que os jogos começam....

— Isso parece ser uma piada de mau gosto — disse, olhando a placa com uma expressão de descrença.

— Infelizmente, acho que não é — Lira respondeu, passando a mão por seu cabelo. — Parece que vamos ter que enfrentar outras pessoas —

Eu olhei para ela, tentando ler o que ela estava pensando. Parecia impossível que estivéssemos nessa situação. Lutar até a morte contra outras pessoas? Usando "poderes" isso soava como algo saído direto de um livro de fantasia. Mas, novamente, o que tinha sido normal desde que acabamos neste lugar?

— O que você acha que devemos fazer? — Perguntei a Lira.

Ela pensou por um momento antes de responder.

— Não sei ao certo, Théo. Mas uma coisa é certa, não podemos tomar uma decisão precipitada. Precisamos de um plano —

Eu concordei, temendo que pudesse acabar morrendo caso me encontrase com um grupo dos deuses, embora a morte parecesse um pouco menos terrível depois de enfrentar um Kraken, eu ainda não estava pronto para me encontrar com Hades ou qualquer outra divindade do submundo.

Apenas nesse momento percebi que no final de tudo, caso sobrevivemos, apenas deuses ou titãs sobrevivem, apenas um dos times, ou seja, ou eu morro, ou Lira morre, pela primeira vez senti um medo real nesse lugar.

— Vamos explorar o local primeiro — Sugeri. — Talvez possamos encontrar algumas pistas ou algo que possa nos ajudar a tomar uma decisão informada —

Lira assentiu e começamos a nos mover, mantendo os nossos olhos e ouvidos bem abertos para qualquer sinal de perigo.

Novo plano: Atrasar a batalha final o máximo possível, para que eu possa viver por mais tempo.

A floresta era densa e a luz do céu pintado no teto era fraca, mas o suficiente para nos permitir ver.

Depois de algum tempo, avistamos uma luz fraca à distância. Nos aproximamos com cuidado e descobrimos que era uma fogueira. Em torno dela, havia várias figuras sentadas. Eles pareciam humanos, mas algo sobre eles dizia que eram mais do que pareciam.

— Eles devem ser os semideuses — Sussurrei para Lira — Olha para a mão daquele garoto, é um desenho de punho, deve ser a marca de Hércules —

Ela assentiu, e juntos, nos aproximamos do grupo. Eu não tinha certeza se eles seriam amigáveis, mas era uma chance que tínhamos que correr. Se eles estavam no mesmo barco que nós, talvez pudessem nos ajudar a entender o que estava acontecendo.

Enquanto nos aproximávamos do grupo ao redor da fogueira, sentimos a tensão no ar. Eles nos olharam com cautela, mas não pareciam hostis à primeira vista. Mantendo uma distância segura, paramos um pouco antes de alcançar o círculo iluminado pelo fogo.

Um dos semideuses, um rapaz com um físico impressionante e uma expressão séria (um típico garoto popular da escola), levantou-se lentamente. Seu olhar era desconfiado, mas ao mesmo tempo havia uma curiosidade em seus olhos.

— Quem são vocês? — Ele perguntou com uma voz firme.

— Depende de quem pergunta, vocês são deuses, titãs ou semideuses? — Eu pergunto, mantendo a minha voz igualmente firme.

Os semideuses se entreolharam e, por um momento, pairou uma tensão no ar. Pareciam ponderar nossa pergunta antes de decidir como responder.

— Somos semideuses — respondeu o rapaz com um olhar perspicaz — Agora responda a minha pergunta —

Eu olho para Lira e volto o meu olhar novamente para o rapaz. — Somos deuses, eu sou Théo, regente de Apolo, essa é... —

Lira me interrompe — Eu sou Lira, regente de Afrodite — Ela se apresenta com um sorriso.

A expressão do grupo ao redor da fogueira se alterou ligeiramente, demonstrando surpresa e cautela diante das nossas alegações.

O rapaz parecia avaliar nossas palavras com uma expressão mais séria, parecendo considerar a possibilidade de que estávamos falando a verdade.

— Regentes de deuses olímpicos... isso muda as coisas — ele disse, com um tom menos hostil.

— E o que estão fazendo aqui? Neste jogo? — perguntou outro semideus, uma garota com os olhos tão azuis quanto o céu.

— Nós fomos arrastados para este lugar sem saber como. Este jogo nos força a participar, mas estamos tentando encontrar uma maneira de escapar dele — expliquei, mantendo a seriedade na voz.

— Como podemos saber que estão falando a verdade? — questionou um terceiro semideus, um rapaz com um ar mais reservado.

Eu o olhei confuso — Como assim? Vocês estão aqui por escolha própria? — Perguntei.

— Bem, não, mas... — O garoto ia falar algo, mas é interrompido pela garota de olhos azuis.

— Vamos deixar para discutir sobre isso no dia seguinte, já está anoitecendo, podem dormir aqui dessa vez — A garota diz.

Eu achei estranho quando ela falou que estava anoitecendo, mas quando olhei para o teto, de fato, a tinta azul-claro estava mudando de cor para um tom mais escuro (tinta mágica, era o que faltava). Nos deitamos sobre a grama e ficamos em silêncio, até que o sono começa a nos atingir e todos caem no sono, exceto eu e a garota de olhos azuis de antes, que estava nesse momento montando guarda.

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Comments

Theboy

Theboy

Um batlle royale?

2023-12-01

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