Lutas

O coração de Ruby bate forte em seu peito enquanto ela corre de volta para o local da luta, incapaz de ignorar a necessidade de ajudar Khrnos. A floresta está envolta em sombras, mas o uivo familiar de Khrnos corta a escuridão, guiando-a até o local.

Ao chegar, Ruby se depara com uma cena intensa. Khrnos, em sua forma de lobo, está em um confronto feroz com a criatura. Suas presas se chocam, e o som de garras rasgando o ar preenche o ambiente.

Sem hesitar, Ruby corre na direção deles. Ela busca na terra ao redor e encontra um galho afiado, transformando-o em uma rudimentar lança. Seus olhos estão fixos na batalha, e a determinação queimando em seu peito se transforma em coragem.

Ela ataca a criatura pelas costas, visando distraí-la. A criatura se vira, surpreendida pelo ataque. Ruby usa a lança para desferir golpes rápidos, fazendo-a recuar momentaneamente.

Khrnos aproveita a abertura, investindo com ferocidade renovada. A sincronia entre eles é impressionante, como se compartilhassem um instinto de luta. A criatura, agora enfrentando dois oponentes, luta para se defender.

A batalha continua, uma dança selvagem sob as copas das árvores. Ruby e Khrnos trabalham em conjunto, combinando forças e estratégias. A criatura é poderosa, mas eles são uma força imparável quando unidos.

Em um momento crítico, a criatura investe contra Ruby, suas garras afiadas buscando atingi-la. Khrnos, rápido como o vento, se lança na frente dela, protegendo-a do ataque iminente. As garras da criatura cortam profundamente a pele de Khrnos, mas ele suporta a dor, garantindo a segurança de Ruby.

O olhar intenso deles se encontra, compartilhando um entendimento mútuo. A ligação entre os dois se fortalece na batalha, e a energia conjunta que emana deles parece incomodar a criatura.

Com um uivo furioso, a criatura recua, desaparecendo nas sombras da floresta. Ruby e Khrnos permanecem alerta, preparados para qualquer reviravolta. A tensão persiste, mas a criatura, momentaneamente derrotada, recuou.

Exaustos, eles permanecem lado a lado, cientes de que o perigo ainda não passou completamente. O brilho da lua acima ilumina seus corpos feridos, testemunhas silenciosas de uma batalha que desafiou os limites da escuridão.

— Você está bem? — Ruby pergunta, sua voz carregada de preocupação, enquanto examina as feridas de Khrnos.

— Estou vivo. — Ele sorri, embora o cansaço esteja estampado em seu rosto. — E você?

Ruby sorri de volta, sentindo uma onda de alívio.

— Estou bem. — Ela olha para a floresta sombria à frente. — Mas precisamos ficar alertas. Isso não acabou. Existiam mais, temos que ficar atentos, eles podem estar por perto.

Khrnos assente, sua expressão séria enquanto ele observa a escuridão ao redor. A confirmação de Ruby sobre a possibilidade de mais criaturas mantém suas mentes afiadas e alertas.

— Não podemos baixar a guarda. Eles podem ter se afastado por enquanto, mas não duvido que voltem.

Ruby olha para as feridas de Khrnos, seu toque suave enquanto examina os cortes profundos em sua pele.

— Precisamos cuidar dessas feridas. Não podemos arriscar infecções.

Khrnos concorda, reconhecendo a importância de curar suas feridas para que possam enfrentar qualquer ameaça futura com força total. Eles se afastam do local da batalha, procurando um lugar mais seguro para cuidar de suas feridas e descansar.

Enquanto caminham pela floresta, o silêncio entre eles é quebrado apenas pelos sons noturnos da natureza. Um pouco de luz que atravessa as folhas das árvores ilumina seu caminho enquanto eles se movem juntos, uma equipe improvável unida pela adversidade.

Encontram uma pequena clareira e decidem parar. Ruby reúne algumas plantas medicinais, enquanto Khrnos encontra uma área confortável para se sentarem. O cheiro da terra molhada e da vegetação circundante permeia o ar.

Ruby começa a preparar um ungüento para as feridas de Khrnos, suas mãos habilidosas trabalhando com as ervas. Ela evita olhar diretamente para ele, mas a proximidade entre eles é inevitável.

— Isso vai arder um pouco, mas vai ajudar na cicatrização — ela avisa, aplicando o ungüento cuidadosamente.

Khrnos assente, observando-a com gratidão. A conexão entre eles é complexa, uma mistura de tensão e respeito mútuo que se manifesta de maneiras inesperadas.

— Você realmente é habilidosa com isso — Khrnos comenta, referindo-se às ervas medicinais.

— Cresci em uma comunidade onde a cura era essencial. Aprendi a cuidar de feridas, mesmo as mais profundas.

Enquanto ela trabalha, Khrnos se pega observando-a mais de perto, suas características delicadas contrastando com a determinação em seus olhos.

— Sabe, raposinha, você não é o que eu imaginava. — Ele diz, rompendo o silêncio tenso.

Ruby ergue os olhos para encontrá-lo, surpresa com a suavidade em sua expressão.

— Nem você é o que eu esperava... Mas continuo te odiando.

Khrnos solta uma risada áspera, a ironia da situação pairando no ar entre eles. A tensão persiste, mas há algo diferente na forma como trocam olhares e palavras.

— Parece que temos um entendimento mútuo complicado — ele comenta.

Ruby assente, seu olhar refletindo a complexidade de suas emoções. Entre eles, o ódio permanece, mas também há indícios de algo mais, algo que ambos resistem a reconhecer.

— Não espere que eu me torne a esposa perfeita. Não mudarei quem sou por você — Ruby declara, sua voz firme.

Khrnos franze o cenho, ponderando suas palavras antes de responder.

— Não quero que mude. Odeio até mesmo a ideia de ter alguém tentando me domar.

eles se encaram com desdém e acabam rindo um do outro no final de tudo. No final, parece que estão começando a se entender melhor.

— Nunca desejei tanto voltar para casa e deitar em minha cama.

— Nossa, é nossa cama — ele corrija verificando novamente como está o seu machucado.

— Estão todos bem...? — ela encara o chão, desenhando na areia com os dedos.

— Sim, estamos vigiando os arredores para impedir uma possível invasão enquanto estamos despreparados.

— Que problemático... — ela suspira — Estava tudo bem, por que do nada essas coisas apareceram?

Ele queria dizer que havia uma probabilidade de ser ela, mas não disse. Não queria estragar o pouco de calma que havia entre eles. Estava bom demais pra ser verdade.

Mais populares

Comments

Angela Valentim Amv

Angela Valentim Amv

Mas o que será que ela representa para essas criaturas ?

2024-05-02

2

Mellika Duarte

Mellika Duarte

pq as criaturas querem ela

2024-05-08

0

Nadja

Nadja

começou esconder as coisas ele esconde dela que tem a possibilidade de ser ela o alvo ela esconde dele que está grávida isso não é bom

2024-03-29

4

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!