Ódio

Ao chegar em casa sou recebida por uma empregada que pega meu casaco e me leva até a cozinha para comer alguma coisa e principalmente me esquentar, já que a cozinha era o lugar mais quente da casa.

Sento-me na cadeira, agarrando a xícara com cuidado e virando o líquido quente lentamente para não me queimar. O sabor é quase como uma explosão, me esquenta por dentro e é confortante e gostosa demais para eu resistir.

Ruby se remexe na cadeira ao sentir a área pontuada latejar. Não era uma dor absurda, mas estava ali, avisando pra ela que agora ela era uma mulher, uma mulher que precisou ser costurada pela primeira noite, porém uma mulher definitivamente agora.

Enquanto pensava ela teve a necessidade de passar a mão sobre o seio por baixo da blusa e foi aí que lembrou que havia também sido mordida no local pelo alfa.

Mas por que não conseguia sentir raiva dele por aquilo?

Por que apesar de como as coisas aconteceram ela não consegue simplesmente ignorar a situação e não sentir nada?

— Fiquei sabendo de algo interessante que aconteceu na primeira vez que nos encontramos — Khrnos aparece com uma cara nada boa — e pelo que eu me lembre não foi a primeira vez que disse algo assim para mim. Você me chamou de puto, Ruby.

— Prostituto também... — murmura — Você se apresentou a mim coberto de marcas e com cheiro de sexo, não teve respeito por mim.

Ela o encarou enquanto levava aos seus lábios a xícara.

— Você me humilhou na frente de todas aquelas pessoas na língua dos reis!

— Eu apenas disse o que você é, Khrnos. Na minha terra, se há respeito mútuo entre todos. As mulheres são guerreiras e os homens também, ela não precisam casar para ser algo, elas já são muita coisa ao morar e compartilhar de suas caças, de suas crias que são ensinadas desde novas o respeito.

— Somos de lugares diferentes. Lá é de um jeito e aqui é de outro. E aqui, você vai ter que aprender a se comportar como tal, porque eu não vou aturar mais uma humilhação vinda de você! — ele segura seu braço com força.

— Está me machucando... — tenta puxar seu braço, mas ele aperta com mais força.

— Escute bem, Ruby. Isso não é uma brincadeira e agora você é mulher, minha mulher. Então aprenda a agir como tal! — solta ela bruscamente fazendo a xícara desequilibrar e cair, acabando por queimar parte do braço dela. Ela choraminga, gemendo de dor e ele saí, deixando ela se virar com a queimadura.

Ruby vai às pressas até a pia, deixando seu braço ser molhado pela água fria enquanto fecha os olhos respirando fundo para de acalmar.

— Lua, me abençoe com sua divindade e me guie nesse caminho sem fim e doloroso — sussurra com os olhos fechados.

— Senhora, está tudo bem? — outra empregada se aproxima — Se machucou?

— Apenas me queimei com o chá, mas já coloquei em água fria. Tenho certeza de que vai melhorar. — Respondo, tentando disfarçar a dor, enquanto observo a empregada preocupada.

— Devia pedir ao alfa para chamar o curandeiro, senhora. Não se deve ignorar ferimentos, especialmente nesta fase.

Ruby balança a cabeça, recusando.

— Não é necessário. A água fria será suficiente. Apenas me deixe um momento para recuperar.

A empregada assente, preocupada, antes de se afastar. Ruby permanece na cozinha, respirando fundo, tentando ignorar não só a dor física, mas também as marcas emocionais deixadas pelo confronto com Khrnos.

Enquanto seus pensamentos a envolvem, a imagem de Luke, seu irmão, vem à tona. Será que ele percebeu a mudança nela? A sutil alteração que a transformou de jovem garota em uma mulher marcada pelos deveres da realeza.

Decidida a não se deixar abater, Ruby retoma seu lugar na cadeira, centrando-se no calor da água fria e na determinação de não ser subjugada.

No entanto, o olhar dela desvia para a janela, onde a lua brilha no céu noturno. Em um sussurro silencioso, ela invoca a Lua novamente, buscando forças para enfrentar os desafios que se estendem diante dela.

— Guiada pela tua luz, enfrentarei este caminho árduo — murmura para si mesma, pronta para o que quer que o destino lhe reserve.

Um barulho chama sua atenção, algo bate contra a parede no andar de cima e ela decide subir pois está curiosa. Em um quarto afastado Khrnos fode uma empregada da casa, sua vestimenta está rasgada, a calcinha no chão, as pernas arreganhadas e a boceta com pelos engolindo o pau dele inteiro dentro dela. A cena lhe causa nojo e repulsa e saber que teria que se deitar com ele novamente em algum momento sabendo que ele sai enfiando aquilo em todas as mulheres de casa lhe causa aflição.

Sempre soube que não seria respeitada pelo alfa, mas não imaginou que ele fosse tão baixo a ponto de fazer isso na casa que dividiam. O ódio subiu pra sua cabeça.

Ruby entra no quarto de uma vez, assustando os dois safados sobre a cama.

— Φτου τσούλα! Πόρνη! — Ruby os xinga enquanto puxa a mulher pelos cabelos escada a baixo. Ela sai segurando a pouca roupa que veste no corpo, para que ninguém veja seu corpo.

— Ruby! — ele tenta impedir, mas ela se vira e acerta com toda força que tem a barriga dele. O homem desequilibra e quase cai e ela não está satisfeita, chuta de novo e de novo.

Ele rosna e ela rosna de volta, soltando a empregada que sai correndo com poucos fios sobrando na cabeça. Ela sobe em cima dele esquecendo completamente dos pontos.

E alí no chão eles saem se embolando e rosnando como animais famintos e selvagens.

— Khrnos, não! — a mãe dele grita quando ver o homem se contorcer e tomar sua forma de um lobo gigante e negro. As garras dele perfuram a pele dela e Ruby mesmo gritando de dor não se deixa abalar, ela se transforma e tenta morder a jugular dele, mas falha, conseguindo arrancar apenas a ponta da orelha dele em uma mordida.

Há sangue pra todo lado e ainda assim nenhum dos dois se rendem.

Khrnos vendo que a mulher não pararia acaba usando seus feromônios nela novamente. Ele vê quando ela fica enfraquecida e tenta escapar dele desesperadamente.

Talvez estivesse pensando que tentaria montar nela para acalma-la, mas ele volta a dizer um coisa mesmo estando irritado pela briga e querendo descontar nela toda essa raiva em um bom sexo.

— eu não sou um monstro.

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Comments

Patricia Mariana

Patricia Mariana

é um.monstto sim. A drogou com hormônios, machucou, a traiu..e o tempo todo a massacra....Um tremendo troglodita e abusador, sim...sei que é um romance fictício, mas não podemos achar normal esses abusos. sejamos leitores conscientes🤝🏼🤝🏼

2024-04-20

9

Maria Ferreira

Maria Ferreira

Ele e orrivel nem para respeita ela ele
presta fazer isso com a empregada
com ela no hestado que ele a deixou
machucada dentro da casa deles ave/Puke/

2024-04-23

0

Mellika Duarte

Mellika Duarte

parece um ogro

2024-05-08

0

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