trégua

Ruby e Khrnos voltam à alcatéia, cada passo ecoando o silêncio tenso entre eles. Ao chegarem, são designados para cuidar de seus próprios ferimentos. Arian, que percebe a atmosfera carregada, decide intervir.

— Precisam de algo? — ele pergunta, encarando ambos.

— Apenas os remédios necessários para os ferimentos. Não queremos prolongar isso mais do que o necessário — Ruby responde, sua expressão séria.

Arian acena com a cabeça e providencia os itens solicitados. A tensão na sala de cura é palpável quando Ruby e Khrnos começam a tratar de seus ferimentos, cada um absorto em seus pensamentos.

— Parece que você está se divertindo — Khrnos murmura, enquanto aplica uma pomada em um corte.

— Acredite, não é divertido para mim estar aqui. Preferiria estar em qualquer outro lugar — Ruby responde friamente.

Os minutos passam em um silêncio constrangedor, quebrado apenas pelo ocasional som de alguém se movendo pela sala. No entanto, Khrnos decide tentar uma abordagem diferente.

— Sabe, raposinha, se continuarmos nesse ritmo, passaremos mais tempo nos provocando do que realmente resolvendo alguma coisa.

Ruby o encara com desconfiança.

— O que sugere, então?

— Que deixemos nossas diferenças de lado, pelo menos por enquanto. Podemos continuar a rivalidade mais tarde, quando não estivermos enfrentando criaturas misteriosas na floresta.

Ruby franze o cenho, considerando a proposta. Ela não esperava essa atitude vinda de Khrnos.

— Está disposto a trabalhar juntos?

— Por enquanto. Não suporto a ideia de você sendo devorada por algo desconhecido.

Ruby revira os olhos, mas percebe que ele está sendo genuíno. Ambos compartilham um olhar silencioso, uma trégua temporária estabelecida em meio aos curativos.

Arian retorna com um pano limpo e mais remédios, interrompendo o momento de reflexão.

— Usem isso para limpar as feridas. Vou verificar o resto da alcatéia para garantir que todos estejam seguros — diz e sai rapidamente às pressas.

— Não vou precisar disso, já estou quase completamente curada...

— Exatamente, você está quase e não completamente, então use e facilitará ainda mais para todos nós.

Khrnos olha para Ruby, seu olhar penetrante buscando qualquer sinal de fraqueza. Ela cruza os braços, mantendo-se firme.

— Não vou precisar disso, já estou quase completamente curada.

— Exatamente, você está quase e não completamente, então use e facilitará ainda mais para todos nós — ele argumenta, apontando para o pano limpo que Arian trouxera.

Ruby revira os olhos, mas relutantemente pega o pano, começando a limpar as feridas restantes. O silêncio persiste por um momento, quebrado apenas pelos ruídos suaves da sala de cura.

— Por que está sendo tão teimosa? — Khrnos pergunta, observando-a de perto.

— Eu não sou teimosa, apenas não gosto de depender de ninguém.

— Não é sobre depender, é sobre aceitar ajuda quando necessário. Você não pode fazer tudo sozinha.

Ruby olha para ele com desconfiança, ponderando suas palavras. Ela não está acostumada a receber conselhos, muito menos de alguém como Khrnos.

— E você, por que está sendo tão... compreensivo?

— Não quero que algo aconteça com você. Não desejo ter sua morte em minha consciência.

Ruby franze o cenho diante dessa resposta sincera. A vulnerabilidade por trás das palavras de Khrnos a surpreende. Ela não esperava ouvir algo assim dele.

— Então, o quão perigosa é essa criatura? — Ruby muda de assunto, evitando a profundidade emocional da conversa anterior.

Khrnos suspira, ponderando como explicar a ameaça que os rodeia.

— Não sabemos. Não temos registros ou informações sobre essa criatura. Ela é nova e perigosa.

Ruby acena com a cabeça, entendendo a gravidade da situação. Enquanto continuam a cuidar de seus ferimentos, uma compreensão silenciosa cresce entre eles. A rivalidade persiste, mas, por enquanto, uma aliança temporária se forma para enfrentar a ameaça desconhecida que se esconde nas sombras da floresta.

— Parece desidratada — Khrnos observa, estendendo-lhe uma garrafa de água.

Ruby aceita a garrafa, suas mãos se encontrando por um breve momento. Ela toma alguns goles, sentindo o líquido revigorante enquanto agradecia internamente por sua sede finalmente ser saciada.

— Obrigada — diz Ruby, rompendo o silêncio tenso entre eles.

Khrnos assente, desviando o olhar por um instante antes de se concentrar novamente nela.

— Vai precisar de mais do que água para se recuperar totalmente.

Ruby responde com um aceno de cabeça, reconhecendo internamente a verdade em suas palavras. Uma tensão persiste no ar, mas há algo diferente agora. Uma conexão sutil se forma entre eles, marcada por momentos compartilhados de vulnerabilidade diante da ameaça desconhecida.

Enquanto Ruby toma a última golada da água, ela sente o peso do olhar de Khrnos sobre ela. Uma mistura de emoções indescritíveis dança nos olhos dele, revelando camadas não exploradas de sua personalidade.

É uma camada tão profunda que faz seu coração acelerar. Tem algo muito estranho acontecendo com ela agora.

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Comments

Ana Regina Fernandes Raposo

Ana Regina Fernandes Raposo

CONFUSA NO QUE, ELES PRECISA SE UNIR NO OBJETO DE NOVO ATAQUE E APRENDER A CONVIVER JUNTOS, PRA CRIAR OS FILHOS. QUAL A DIFICULDADE NISSO.

2024-12-03

1

Ana Pontes

Ana Pontes

ah história tá meio confusa 🤔

2024-07-02

2

Marcia Cristina Carneiro

Marcia Cristina Carneiro

Ainda muito confusa mais não desistirei não sigo em frente

2024-06-07

2

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