— Então está tudo certo para amanhã. Eles dois estarão oficialmente casados, e a união das alcatéias acontecerá sem problemas — diz a mãe de Ruby, Jena, enquanto saboreia o chá recentemente servido.
— O casamento pode até acontecer, mas será realmente bom? "Bom" é uma palavra forte para descrever um relacionamento com um homem tão... — ela o avalia de cima a baixo.
— Gostoso, bonito, atraente — ele sugere, mas é interrompido por ela.
— Nojento, egocêntrico, babaca — ela corrige, sem esconder seu desprezo na frente dos pais dele.
A tensão retorna ao ambiente, e nenhum dos dois está disposto a desviar o olhar, ambos determinados a vencer, já que são dominantes, sendo ela a fêmea e ele o macho.
— Enquanto vocês se conhecem, vamos discutir alguns detalhes sobre a cerimônia de amanhã.
— Me diga uma coisa, sua raposa traiçoeira — Chrnos começa.
— Sou uma loba como você — ela rosna, provocando um sorriso malicioso.
— A cor vermelha pode estar em todo o seu corpo, mas me lembra mais uma raposa do que um lobo.
— Infelizmente para você, sou uma loba, a fêmea que seu bando precisa, embora tenha sido trazida apenas para servi-lo na cama.
— Você terá preocupações mais importantes quando eu estiver no controle — ele retalia.
— E você terá preocupações mais sérias quando tentar compartilhar minha cama. Será um prazer me tornar uma viúva recente.
Khrnos se levanta do sofá e se aproxima dela, causando um calafrio repentino e desconfortável. Apesar do medo, ela mantém a cabeça erguida, percebendo a vasta diferença de poder territorial entre eles.
Ele a agarra pelo queixo com firmeza, mergulhando nos seus olhos azuis.
— Não sou um homem bom, Ruby. Sou capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quero. É melhor começar a abaixar essa cabeça e tirar esse nariz empinado do seu rosto, ou teremos problemas, muitos problemas, antes desse maldito casamento.
Ele a solta com brutalidade e deixa a sala sem olhar para trás para ver os danos que seus dedos causaram na pele dela.
Desde jovens, as fêmeas são ensinadas a obedecer aos seus maridos, a satisfazer todas as suas necessidades e a procriar incessantemente. Uma fêmea que não cumpre suas obrigações é uma vergonha para toda a família, e se não consegue gerar filhos, é ainda pior, podendo levar à sua expulsão da matilha.
Ruby se levanta do sofá quando suas pernas finalmente recuperam a força. Ela decide explorar os arredores antes de descansar em seu quarto, que foi preparado para sua chegada.
Ela encontra uma mulher sentada em um banco, segurando seu filho. Apesar do cansaço evidente, a mulher sorri e brinca com o bebê.
— Olá... — Ruby cumprimenta de longe, esperando ser notada antes de se aproximar.
— Oh... Olá. Você é nova por aqui? Nunca te vi antes.
— Infelizmente, serei a futura esposa do líder da alcatéia.
— Infelizmente? — a mulher ri suavemente. — Parece que vocês não se deram bem.
— Não mesmo, nunca conheci um homem tão...
— Eu sei, mas ele é uma boa pessoa apesar disso. Será o líder de que precisamos.
— Mas não será o marido que eu preciso — o sorriso da mulher desaparece com essa afirmação.
— Os machos aqui são um pouco mais rudes, mas eles cuidam de nós, nos protegem, nos alimentam e nos amam.
— Proteção? As fêmeas não podem se defender?
— A última vez que uma fêmea tentou aprender a lutar, foi forçada a cumprir suas responsabilidades como esposa antes mesmo de atingir a maioridade.
— Você está dizendo que uma criança foi obrigada a...
O bebê começa a chorar, aumentando a angústia de Ruby ao ouvir aquela história horrível.
— Eles não permitem que se consuma o casamento, mas ele acontece para que ela aprenda a preparar comida, cuidar da casa e...
— Se tornar uma escrava! — Ruby aperta os dentes. — Que tipo de lugar permite que uma criança se case?
— LIZ! — um rosnado ecoa na direção delas.
A mulher de cabelos negros treme só de ouvir a voz.
— Preciso ir... — ela se levanta e se apressa na direção do homem. — Boa sorte...
Ruby volta para casa transtornada e enfrenta Khrnos, que parece estar ainda mais irritado do que antes.
— Você sabia? — ela pergunta com fúria. — Sabia que eles casam crianças apenas para que aprendam a ser a mulher perfeita para homens como você?
— É mais como um treinamento extra para a vida delas. Além disso, elas não podem ter relações até completarem 18 anos.
— Mas elas se casam antes disso. E, enquanto deveriam estar brincando, estão aprendendo a cozinhar!
— Elas ainda podem brincar, mas precisam entender que estão casadas apesar disso.
— Isso é errado, Khrnos.
— Elas não são tocadas por ninguém, nem sequer se beijam antes do casamento. É apenas um compromisso marcado! — ele diz, começando a se irritar com o assunto.
— E tudo isso porque elas não podem aprender a se defender — Ruby diz com incredulidade.
— É para isso que nós existimos — ele aponta para si mesmo. — Enquanto tiverem um macho, não precisarão levantar um dedo.
— De onde eu venho, qualquer mulher pode decidir seu próprio destino.
— É mesmo? — ele se aproxima, agarrando-a pela cintura. — Então por que você não decidiu o seu destino, como tanto afirma?
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...Aparência...
...┗━━━━━━━━━━━━━┛...
Nome: Liz
idade: 19 anos
( mestiça)
( esposa de Gregory )
...•≈•...
Nome: Gregory
Idade: 24 anos
(Marido de Liz)
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Atualizado até capítulo 54
Comments
Nise Vasconcelos
As escritoras tem que ter liberdade para escrever sem ser criticada a cada capítulo. Nanda vê s sua imaginação sem medos de ser feliz.
2025-02-05
0
Clleoh Lima II
quando acho que vai acabar o sofrimento de uma mulher a escritora começa outra escravidão
2025-01-31
0
Lena Lima Lima
Parabéns autora, história maravilhosa e amei as fotos personagens 🤚🤚🤚🤚🤚🤚❤️
2025-02-04
1