Ruby se contorce na cama, sentindo desconforto e dor em todos os lugares possíveis do seu corpo, mas na sua intimidade é pior. Queima, arde e lateja, até mesmo o movimento das pernas faz doer. O lençol embaixo dela está um pouco úmido, o que a faz pensar que pode ter urinado involuntariamente devido à dor durante a noite, mas é muito pior.
Ao abrir os olhos e perceber que a mancha que ela achava ser apenas xixi é na verdade sangue, muito sangue, ela fica alerta. Nada de bom pode ser isso.
— K-Khrnos — ela o sacode, chamando-o desesperada por ajuda.
O homem se mexe na cama e não parece nem um pouco preocupado, nem mesmo ao ver o desespero em seu rosto e as lágrimas escorrendo por suas bochechas coradas.
— Vá dormir, Ruby. Não é uma boa hora para fazer drama.
— Não é drama — ela diz tremendo. — Tem algo errado comigo. Estou machucada.
Ele arqueia a sobrancelha e senta-se na cama, olhando para ela atentamente até seus olhos irem para o lençol.
— Porra! — ele se levanta e tenta pegá-la no colo. — Deixa eu te levar para o banheiro.
— Não! — ela o empurra. — Não encosta em mim! Apenas... apenas chame alguém, por favor — ela se abraça.
Relutantemente, o homem sai do quarto às pressas e logo o quarto está cheio de pessoas, especialmente seu irmão, que aparece preocupado e a abraça sem se importar com sua nudez.
— Céus, o que aconteceu com você, ruivinha? O que aquele babaca fez com você?! — ele rosna.
— Não deve ser nada sério. É normal sangrar na primeira vez — diz a mãe.
— Isso não é normal — diz Luke, bravo. — Um pouco de sangramento talvez seja, mas a cama está encharcada!
— Preciso de um banho... — murmura, sentindo-se desconfortável com aquele assunto na frente de tanta gente.
— Chamaremos a curandeira para examinar o ferimento imediatamente. Enquanto isso, ajude-a no banho e tente parar o sangramento.
— Eu vou dar banho nela — diz Luke, puxando sua irmã envolta em um lençol em seus braços.
— Não vou deixar outro homem ver a minha mulher nua!
— Ela é minha irmã, nunca olharia para ela dessa forma, muito menos tocaria nela. Só vou levá-la até a banheira e ajudá-la no que for preciso. O que eu realmente não aceito é que o causador disso tudo seja quem vai dar banho nela.
— Só hoje — Khrnos diz entre dentes, se retirando.
Luke leva Ruby até a banheira, enchendo-a com alguns sais de banho, deixando-a bem espumada para evitar constrangimentos ao terem que dividir o mesmo espaço estando tão exposta.
— Não minta para mim — depois de alguns minutos em silêncio, ele fala.
— Mentir sobre o quê?
— Ele te forçou a fazer sexo com ele. Só pelas marcas no seu corpo dá para perceber isso.
— Eu consenti em ser tocada por ele. Poderia ter sido pior se o tivesse rejeitado.
— Se eu estivesse ao seu lado desde o início, nada disso teria acontecido. Mamãe não teria arranjado um maldito marido para você e te forçado a se casar com ele.
— Você também vai se casar um dia, Luke — ela acaricia seu rosto — Mas eu sei que você cuidará muito bem da sua futura esposa. Apesar de ser um cafajeste às vezes, você é mais como um príncipe encantado. Só precisa ser domado um pouquinho antes.
— Eu não sou um cafajeste — ele faz uma careta e ela nega com a cabeça, rindo — Não estou mentindo, por que você está rindo?
— É difícil te levar a sério — ela se apoia na borda da banheira e respira fundo — Quero te contar tantas coisas que aconteceram enquanto eu estava longe de casa...
— Você sabe que sempre vou te ouvir, minha ruivinha favorita.
— Tem outra ruivinha? — ela pergunta com ciúmes.
— Pode até ter, mas nunca vi nenhuma além da minha amada irmãzinha — ele faz um bico e Ruby o empurra levemente enquanto ri.
— Acho melhor você me tirar da água, senão vou pegar um resfriado. E não quero ficar pior do que já estou.
— Eu vou pegar a toalha.
Luke não olha para sua irmã em momento algum. Ele se vira para o outro lado, dando-lhe tempo para se enrolar na toalha, e a carrega nos braços até a cama, deixando as gotas de sangue ainda no chão, mostrando que o sangramento ainda não havia parado.
— Desculpem a demora — uma senhora entra no quarto, segurando uma maleta e se aproximando da cama onde Ruby está — Olá, querida. Vamos começar, tudo bem? Preciso que todos os homens saiam do quarto.
— Ela é minha mulher. Por que eu não posso ficar aqui? — Khrnos pergunta irritado.
— Ela não vai se sentir confortável em ser vista dessa forma por você, alfa.
— Não seja um babaca e pelo menos respeite a privacidade dela, já que foi você quem fez tudo isso.
— Não teste minha paciência, Luke. O fato de você ser irmão dela não significa que vou ficar quieto diante dessa audácia contra o seu líder.
— Eu não tenho líder — ele confronta o outro, rosnando um para o outro como feras.
— Agora não, meninos. Por favor, saiam — a mãe de Khrnos fala, e os dois saem quase se matando.
— Deixe-me me apresentar, sou Aluo, a curandeira daqui.
— Sou Ruby. Você acha que é algo sério?
— Vamos descobrir agora, querida. Abra as pernas para mim, tudo bem? — ela assente com a cabeça, obedecendo e recebendo um olhar nada amigável da curandeira.
— É muito grave?
— Você vai precisar de alguns pontos. Houve um pequeno rasgo, não sei como você conseguiu dormir em uma situação como essa.
— Acho que estava cansada demais para perceber. Só quando acordei ao amanhecer é que a dor e o excesso de sangue nos lençóis me chamaram atenção.
— É normal sangrar, mas não é esperado que a causa do sangramento seja essa. Vou aplicar uma pomada que deixará a área anestesiada por alguns minutos, para que eu possa fazer a sutura sem que você sinta dor e para que possa retomar suas atividades diárias. Porém, nada de sexo por enquanto, caso contrário, os pontos se abrirão.
— Tudo bem... — mesmo com muito medo do procedimento, ela precisava ser forte e enfrentar aquilo, pois era apenas o começo.
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Atualizado até capítulo 54
Comments
daddi
meu Deus ele é um animal. rasgou a coitada nas núpcias. como pode isso. nunca ouvir falar de nada tão louco como isso.
2025-01-29
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Terly Riibeiro
Coitada!
2025-01-28
0
Rosana Carvalho
MDS 😅🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2025-01-26
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