Quando a porta fechou- se Sofie não sabia se chorava ou sorria; tinha conseguido seu feito, tudo que precisava para se livrar do barão e do primo; mas porque aquele aperto no coração e a sensação de vazio? Porque não conseguia gritar e pular feito os meninos da vila em dia de chuva; Quando deu por si, o reverendo apertava seu braço para andar, e assim seguiram lentamente até o barco. Chegando lá, Rose veio feito um furacão ao seu encontro;
— Menina, por Deus, como está? Lhe fizeram algum mal, porque está pálida, triste, ele não assinou, não aceitou?
Sofie olhou para a Rose, achando graça da preocupação da preceptora tão querida e amiga.
— Rose, padrinho, consegui, e está tudo bem! A partir de agora sou senhora Gerônimo lucena, viúva e dona do meu próprio nariz; Rose a abraçou forte, e seu Roger deu-lhe um sorriso de satisfação e dever cumprido;
- Então vamos sair daqui o quanto antes.
Já haviam se passado alguns dias, e seu Roger aconselhou Sofie a ficar na França pelo menos até findar o tempo de morte do pai; assim não teria problema e nem desconfiança por parte do barão e do primo, e mesmo que tivessem, a lei era bem clara, dando um ano do falecimento, a filha, única e mulher; deveria estar casada ou passaria sua fortuna; portanto estava concluído esse impasse, estava casada e aparentemente viúva. Podendo gerir sua fortuna, como melhor lhe conviesse.
Sofie andava cabisbaixa, não sorria mais como antes, parecia que haviam lhe tirado a alegria sua energia, sempre se sentindo cansada e sem vontade de querer ir além. Estava deitada, lendo, na verdade lera o capítulo o mesmo mais vezes que podia lembra e não assimilando ou entendendo nada, sua mente estava longe, muito longe dali, num certo homem ou mais preciso seu marido, deu uma risadinha, lembrando que agora estava casada, sim casada e viúva; ficou séria no mesmo instante lembrando de Gerônimo na cela imunda, tratado como um animal, sem roupa, comida, sem carinho sem ninguém; lembrou da carta, será para quem escreveu? Uma mulher? Uma amante? Um parente?não pode ser, imagina alguém morando em Mayfair se relacionar com Gerônimo, tem razão Rose, quando diz que divago, como posso pensar assim.Estava morrendo de pena e dó, por um homem como ele estar condenado à morte.Tinha postura, arrogância, dava a entender que nasceu para comandar e nunca ser comandado; Como foi educado e gentil e em nenhum momento sentiu medo, sentiu sim coisas estranhas passar por seu corpo, mas medo nem passou perto. Sempre que fechava os olhos, lembrava das gargalhadas dele, se tentasse até podia ouvir sua voz imponente e como lhe falou ao ouvido; arrepiando-a e sobretudo aquele beijo roubado, lhe tirando o chão, somente fazendo sentir o cheiro do mar misturado a ele, não conseguia entender, mais era a mais gostosa fragrância; e seus olhos a levara querer cruzar os sete mares, com audácia, coragem e destemida paixão. É Rose tem razão estou mesmo delirando, e deu uma risadinha; havia tentado intervir a favor de Gerônimo diante do padrinho, pedindo que lhe ajudasse a sair, pois era triste ver a situação de alguém assim, mas lhe dissera, que não tinha o que fazer ou ajudar, quando eram condenados, principalmente por espionagem a morte era certa, era só questão de tempo, achou até estranho ele ainda estar vivo;
Sofie levantou, caminhou até a janela e percebeu que estava iniciando uma tempestade, logo lembrou dos olhos do seu marido; e falando baixinho disse:
- Adeus Gerônimo Lucena, vai em paz, e saiba que sempre guardarei comigo seu sorriso e seus lindos olhos, pelos quais me encontrei dentro deles.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Ilana Barros
tô amando ler esse livro, a história é tão envolvente e tão fora dos clichês de CEO. tá arrasando demais Autora ❤️
2024-02-09
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