Capítulo Seis Leonel

Em um dia chuvoso encontram-se sentados em uma das casas de Leonel, o duque de Lancaster em Kent, os quatros amigos, hoje formados depois de um ano cheio de aventuras e luxúria, felizes por estarem compartilhando um bom whisky e uma conversa agradável.

— Senhores cá estamos, formamos a pouco e já estou com um peso enorme sobre meus ombros, preferia a vida de estudante, comentou Leonardo o duque de Stor.

— Andrey o duque Westwood diz: Calma amigo, ainda não conseguimos tirar toda a roupa da mala, e já está com saudades das noitadas apimentadas que tínhamos, nesse momento todos riem.

— olhem só quem está falando, claro que tinha que ser Andrey

 entre todos nós o mais certinho, pensei que estaria afetado, pelo que sua mãe anda falando.mencionou Antony o duque Moreland.

— Querem saber a verdade nesse tempo todo estou conseguindo esquivar-me de bailes e jantares, sempre invento um desculpa de ter que ir para alguma propriedade e não conseguir chegar a tempo, pois tenho que confessar que não sei mais quanto tempo aguento, preciso resolver isso o quanto antes, e dar um basta a minha mãe, pois sou um homem e, um duque, minha palavra é lei, ate mesmo para ela.

 Todos olham abismados para Andrey, sem acreditar no que estavam ouvindo, pois ele sempre foi o mais compassivo e menos afetado pela sociedade, mas com certo controle da mãe.

Todos continuam bebendo em silêncio e perdidos em pensamentos. Até que Leonardo diz:

— Cavalheiros estou disposto e gostaria de convidá-los para fazermos uma viagem pelo continente, bem sabem que enquanto estudávamos, não nos era permitido usar de nossos recursos, agora que está tudo encaminhado podemos viver e usufruir da nossa riqueza, o que me dizem?

— Antony é o primeiro a responder, caro amigo eu topo essa aventura, acho que isso veio mesmo calhar, estou com um excelente administrador e minhas propriedades e recursos estão em dia, então cruzaremos os sete mares; esticando as pernas, continuou a tomar o whisky.

— Sabe Leonardo, gostaria e estaria precisando urgente de uma viagem dessas de meses; mas, estou querendo investir em lavoura, estou pesquisando muito sobre o assunto e está parecendo uma ótima diversificação de recursos, até já contratei um técnico especializada em canais de drenagem, coisa ressente que andam testando; também tenho que dar um basta a duquesa- mãe com essa história de casamento; falou Andrey.

Leonardo se vira para Leonel e pergunta:

- E você meu amigo, anda calado, pensativo e não ouvi uma menção de ruivas, nem morenas, está doente?

- Ou vai me dizer que nesse tempo sem nos encontrarmos virou celibatário;

 - ou vai cruzar os mares conosco ?

-  A não ser que pretende deixar a mãe de Andrey lhe arrumar uma noiva também? nesse momento todos riem, até mesmo Leonel gargalha;

com a mão no coração Leonel responde:

 — Sabe cavalheiros, o meu coração e me corpo pertence a todas, imagina se fosse somente de uma, o que seriam das outras; e todos gargalham. E Antony responde no seu tom zombeteiro: - nesse caso sobrariam algumas para nós, meros mortais consolar, e todos riem novamente.

Leonel ainda continua: - na verdade tenho uma audiência com sua Majestade rei Jorge III, recebi uma missiva, convocando -me, para o próximo mês, portanto estarei indisponível nesse tempo, todos balançam a cabeça concordando, já que era de domínio público que o rei vinha sofrendo desvio de cargas, e roubo de mercadorias.

— Então seremos apenas nós dois Antony que iremos desbravar esse mundo, e cruzar oceanos, e sabe será melhor, porque assim não teremos o duque certinho que não nos permite quebrar às regras, e não teremos o duque don Juan para enfraquecer nossas habilidades de sedução, menciona Leonardo, todos caem na gargalhada, e Leonel levanta um brinde e diz: — Nesse caso assumo a culpa e desejo aos dois muito sucesso e grandes aventuras, então Wisky, jogos e mulheres, no meu caso, mulheres, mulheres... Wisky e jogos;

— E não esqueçamos Andrey, desejamos muito sucesso no novo empreendimento e pernas fortes para uma boa corrida das matronas e suas filhas, e todos gargalham e levantam os copos em um brinde cheios de espectativa ; e aguardar para ver o que o destino poria no caminho de cada um.

Com os copos no alto falam juntos: Liberdade.

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