Leonel já estava com a paciência em frangalhos, não suportava mais aqueles imbecis que se intitulam carcereiros, havia passado alguns meses, pelas contas o sacerdote estava chegando naqueles dias, ele tentava ler, fazer flexões, correr em círculo na cela, para não enrigecer os músculos e a cabeça, estava sem nenhum pingo de bom senso, vivia desaforando e quanto mais o fazia, mais apanhava; conseguia de vez enquanto tomar um banho de balde, sempre corrompendo o cozinheiro ou o ajudante com promessa de ouro; Haviam dias em que desanimava, imaginando como estaria sua avó, suas propriedades, seu povo das vilas, os amigos com certeza ainda estariam viajando e Andrey, pobre coitado será que a mãe o havia feito casar? Gargalhava sozinho o que podia ainda ouvir o som de sua voz, o único som a não ser o barulho e o odor do mar ao longe;
Precisava com urgência enviar uma carta ao rei avisando onde estava e contar o que havia descoberto, pensava que Jorge III, imaginava que ele estivesse morto; Estava com uma cicatriz enorme no joelho, referente a adaga que o Dante lhe havia enfiado, cabelos e barbas enorme escondendo suas feições, roupas eram molambentas, estava um pouco mais que um animal, ainda que com subornos tomava banho às vezes e conseguiu um garfo, naquele lugar era ser Rei, tal condição; havia perdido muito peso, estava magérrimo e como era alto, parecia um esqueleto ambulante, imagina a avó vendo ele agora, e deu mais uma gargalhada;
Algumas horas depois estava deitado lendo, quando o ajudante da cozinha bateu na portinhola onde colocava os pratos;
— Gerônimo está me ouvindo? Nesse mesmo instante Leonel correu até a portinhola;
— Sim, sim, fale homem!!
— Consegui enviar uma carta, para meu amigo no cais, através do pessoal que trouxe mantimentos a um tempo atrás, e o meu amigo respondeu, e hoje recebi a carta dele; na verdade ele não sabe ler, nem escrever pediu que outro fizesse.
— Parece que o reverendo bateu às botas, e deu uma gargalhada. Leonel teve vontade naquele momento de esbofetear a cara daquele imbecil, mas nada podia fazer a não ser passar vontade, estava do outro lado impossibilitado
— Mas parece que você é um homem de sorte, porque estão mandando um novo padre, e já lhe adianto que terá que ser bem persuasivo e generoso para conseguir fazer o homem enviar uma carta sua, porque aqui você é um espião da França. Lembrando que fiz minha parte e quero meu ouro, sei como se chama e se conseguir sair daqui, que duvido muito, vou atrás de você. Saiu dando gargalhada. E Leonel ficou pensativo e falou:
— Imbecil
Agora mais que nunca teria que ser estrategista em relação ao reverendo, pois era a única maneira e forma de sair daí, talvez se me ouvir em confissão, ele possa saber que não sou um espião da França, e que estava ajudando realmente o rei Jorge da Inglaterra a descobrir quem o estava roubando. Essa é a melhor saída que conseguiria pensar no momento.
Sabendo que confissão era ato sagrado e sigiloso, era o jeito dele saber que Gerônimo era na verdade o oitavo duque de Lancaster Leonel Gerônimo Lucena Lancaster, e que era amigo pessoal de sua majestade o rei Jorge III da Inglaterra. Talvez pudesse aceitar enviar a carta à Inglaterra ; e falando para si mesmo disse:
- Estou contando com isso.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Julia Guassu
Nossa como a aparência de Leonel mudou e ele sempre muito inteligente,estou amando.
2023-11-22
5