Capítulo treze Sofie

Passaram alguns dias da morte do pai, Sofie teve que erguer a cabeça e por às coisas para funcionarem, entrou em consenso com Rose e messias para organizar às coisas; o haras não podia parar, então colocou o funcionário mais antigo e de confiança à frente para às negociações, já que certos fazendeiros e aristocratas não se permitiam negociar com ela; em casa continuou a direcionar as coisas juntamente com Rose; havia chamado um técnico de Sussex, entendido em flores, pois queria criar lavandas, nos hectares até então improdutivo;

Sofie sentia certa melancolia, principalmente a noite, mesmo que seu Mathias não lhe dirigia muitas vezes nem mesmo um olhar, mas estava acostumada a ter a presença dele aí, nas refeições, encontra-se sozinha, precisava achar uma saída e logo a respeito do noivado com o barão, agora mesmo que jamais casaria com ele; tinha também outro sério problema o primo do seu pai o tal Alexandre, que até lhe enviara uma carta dizendo que em breve a visitaria.

Certa manhã estava andando atrás da casa, onde precisamente iria fazer a plantação, quando Rose veio esbaforida ao seu encontro;

— Menina rápido, tens visita.

— Por Deus Rose, faz ter-me um treco, e colocou a mão no coração;

— não me diga que é o pavão? - Se for, já vou adiantando que não receberei!

— Não Sofie, quem está aguardando na sala é o primo do vosso pai, Alexandre Rodrigues.

Mais que depressa entrou pela porta da cozinha, subiu às escadas de trás, dando no corredor próximo do seu quarto; rapidamente asseou-se, e continuou com o vestido de luto como era de praxe, apenas jogou um xale de fio, também na cor preta, e arrumou melhor o coque, apertando com mais severidade. Imediatamente desceu às escadas e entrou na sala, lá havia um homem muito, mas muito velho, com um terno risca de giz em tons de cinza, na parte de cima compunha uma camisa branca, colete e casaca cinza, às calças faziam o complemento do conjunto. Usava um pincenez {1}, para olhá-la;

— Como vai primo Alexandre, me chamo Sofie, por favor sente-se, deixe-me ajudar, perdoe meus modos; e foi em direção a ele. Mais que depressa ele voltou a erguer o pincenez em direção a ela;

— Vejo que quando me falaram de você não fizeram jus, a tamanha beleza, és uma bela mulher; e abaixando o óculos falou:

— não se preocupe, aparento ser velho, mas tenho muita vitalidade e resistência menina, dou carreira nessa moçada; Sofie parou no mesmo instante,

achou graça das palavras dele, e nem percebeu que havia dado uma risada, mas logo voltou a ficar séria, ele por sua vez, não permitiu a ajuda e nem se sentou, começou a caminhar pela sala, olhando os móveis e adornos que aí estavam;. Sofie ficou imovel, esperando alguma reação de boa educação do visitante de se apresentar pelo menos, e nada; achou por bem ficar quieta, pois aprendeu que deveria respeitar os mais velhos;

— Sabe porque estou aqui, não sabe? e continuou a olhar às coisas, sempre levando o pincenez, muito próximo dos olhos e em momento nenhum olhando-a.

 Sofie estava sonhando acordada, imaginando para quem aquele primo de seu pai puxava, porque na verdade não lembrava ninguém, quer dizer ninguém é muita gente, já que só conheceu mesmo seu pai, talvez a falta de educação e dureza fossem mal de família, se assustou quando ele se virou de repente e falou:

— Pelo que vi, como não me respondeu, não sabe porque estou aqui, então não gosto de prolongar-me e medir palavras; vim tomar posse do que é meu. Sofie ficou a princípio sem ação, porque jamais imaginou um cavalheiro, até mesmo sendo primo do seu pai, ter tamanha indelicadeza e tato ao falar-lhe;

— Senhor Alexandre, como dissestes também não gosto de meias-palavras, e respondendo, sei sim o que veio fazer aqui, também sei que tenho um ano para entregar-lhe às propriedades ou me casar e passar ao meu marido; então se era isso que veio me dizer, desejo-lhe um bom dia! e se Deus quiser até nunca mais;

 Seu Alexandre levou os óculos novamente aos olhos e olhando-a começou analisar bem lentamente cada detalhe do cabelo, rosto e corpo, Sofie começou a ficar sem jeito, pelo modo que era escrutinada;

— Sabe senhorita Sofie escutei coisas ao seu respeito na vila, uns dizendo que era inteligente, educada, prestativa e outros que lhe faltava rédeas, coisa que somente um homem de pulso firme faria, devo admitir que concordo com a segunda opinião, sei também que iria ficar noiva de um barão, mas parece que houve um contratempo e foi adiado, meu conselho, aceite esse enlace, porque não me compadeço por ninguém, principalmente uma que tenha língua tão afiada assim; lembrando-a que estarei aqui exatamente no dia que estará completando um ano da morte do meu primo Mathias para assumir o que é meu de direito.Espero que a casa esteja limpa, livre de você e sobretudo que não esteja faltando nada; nos veremos em breve.

Sem mais, virá as costas e saí.

Sofie fica parada olhando a porta se fechar a sua frente, quando sente as bochechas molhadas, somente aí percebe que está chorando.

Quando consegue parar de chorar e se acalmar, chama Rose, e confidencia o que o primo do pai queria aí, e a tutora, e a única que possa chamar de parente a abraça e diz que tudo vai dar certo, que tem tempo, que é inteligente e juntas vão achar uma saída.

Naquela mesma noite recebe também uma carta da sua senhoria o barão, nela está escrita, que ele não abre não do noivado, e que lhe dará tempo do luto, somente, nem um minuto a mais, e que ela não tem saída, pois seu Mathias lhe deixou um contrato assinado firmando o compromisso.

Os dias foram passando rapidamente, Sofie até havia esquecido do primo e do barão, às vendas estavam cada vez mais acirradas, a plantação estava sendo executada com maestria, certas vezes sentia livre e imaginava a sua vida assim feliz, sem ter que dar satisfação a ninguém a não ser ela mesma.

Faltando menos de dois meses do prazo estabelecido, estava deitada olhando o teto e pensando que forma poderia se livrar do casamento com o velho nojento, e não ter que entregar sua herança para o primo, e por Deus o que tinha que pagar tendo aqueles dois matusalém na vida. E sorrindo imaginando os dois juntos, talvez até daria certo, por serem soberbos, intragáveis e cheirando a naftalina; Foi nesse momento de descontração que lhe surgiu uma ideia, pulou da cama e começou a gritar:

— Roseeeee rápido, venha! Rose entrou no quarto vermelha e assustada pelos gritos dela;

— Por Deus menina, achei que estava pegando fogo. E sentou na cama, abanando -se

— Rose presta atenção, tive uma ideia, e acho ótima, para isso precisamos viajar até Londres.Vá Rose arrume as nossas malas rápido, no caminho lhe explico melhor, e peças para o Messias providenciar a carruagem e ótimos cavalos, o cocheiro; partiremos imediatamente.

Uma hora depois estavam a caminho de Londres, a ideia de Sofie era conversar com seu amigo e padrinho senhor Roger advogado conceituado, inteligente e com ótimo conhecimento de leis, com certeza acharia uma saída nas questões dela;

— Rose como não pensei nisso antes, teria resolvido há muito tempo, e não estaria a sofrer de angústia e desespero por estar se findado o tempo.

Ao anoitecer entraram na cidade de Londres, Sofie havia ido algumas vezes com seu pai, visitar cliente e em leilões de cavalos, então para ela não era novidade, mas para Rose tudo era lindo e muito iluminado com lamparinas espalhadas nas pontes e na margem do rio tâmisa, estava encantada e fascinada pelas belezas de uma cidade; Sofie continuava pensativa e séria, não gostava de cidade grande pelo cheiro podre de esgoto e barulho de carroças, charretes e movimentação de pedestres. Dormiram aquela noite em uma hospedagem pequena, barata, mas extremamente limpa, calma e de uma família de conhecidos do seu pai; Sofie por sua vez não dormiu em momento nenhum, revirou -se a noite toda, estava ansiosa pela reunião logo cedo; na hora marcada Sofie e Rose, foram em direção ao escritório do senhor Roger, que ficava no centro em uma rua elegante;

Quando entraram no escritório, seu Roger estava aguardando -as;

— Sofie querida, quanto tempo, como ficou linda, uma verdadeira dama;

Ela Vestia naquele dia uma saia toda em creme com barrado em azul marinho, na parte de cima uma blusa creme de babados e um casaquinho azul formando o conjunto, no cabelo uma trança de lado, procurou usar somente um camafeu na gola alta da blusa, achou mais prudente não ostentar jóias em uma cidade cheia de miliantes.

— Como vai padrinho, o senhor sempre Gentil, um verdadeiro cavalheiro;

Seu Roger era um homem alto, gordo com uma postura altiva e muito elegante, tinha barba aparada branca e cabelos curtos grisalhos, usava um terno cinza com três peças, camisa branca e gravata grafite; Pelo que Sofie se lembrava ele era um solteirão convicto e feliz por não ter nem um passarinho para dar água, era assim que o pai dizia que ele se intitulava;

— Senhor, quero que conheça a minha tutora, a senhora Rose;

— Como vai senhora, seja bem-vinda e obrigada por cuidar dessa preciosidade; Rose deu um sorriso amigável, agradeceu e ficou feliz por ele tratar a menina dela com palavras que transmitiam tanto carinho.

Depois de uma hora, Sofie havia relatado toda a situação em que se encontrava, tanto com o primo como com o barão; Seu Roger, conforme ouvia fazia anotações, círculos, algumas vezes torcia a boca ou enrugava a testa, mas em nenhum momento interrompeu; Depois de ouvi-la falou:

— Sofie às leis estão cada vez mais rígidas em detrimento a herança ser passada para uma mulher; estudo e busco incansável brechas querida, mas não vejo saída nessa situação, ou se case, ou entrega para o senhor Alexandre os seus bens.

- Mas padrinho deve existir algo pela amor de Deus. O senhor é tão requisitado, renomado, para falar a verdade...o senhor é minha última saída. E nesse instante uma lágrima rolou na bochecha de Sofie

Seu Roger olhou para Sofie com pena, imaginando aquela beldade sendo tratada com tamanha crueldade pelo barão ou sendo colocada na rua pelo primo do pai. Sofie percebeu nos olhos do padrinho passar pena, mas logo percebeu que se acendeu uma luz, e viu quando ele ergueu os lábios num sorriso travesso;

— Tem sim, querida, terá que se casar!

Sofie ergueu as sobrancelhas, e não entendeu;

- Mas não quero o barão, ou qualquer outro, preciso ter minha liberdade, minha autonomia.

— Deixe-me explicar, existem pessoas que por algumas moedas ou favor dar-lhe-ao o seu nome, mas que não aparecem ou consumam o casamento;

— Mas padrinho, de qualquer modo terei um marido, que pode aparecer do nada reivindicando a mim e as propriedades;

— mas se essa pessoa estiver morta?

— Agora que não estou entendendo nada mesmo!

— Existe um lugar, onde estão prisioneiros condenados à morte, por vários crimes. Ladrões, assassinos e espiões; claro que no seu caso vamos procurar pelos espiões, para não correr nenhum risco diante deles. E se tiver o nome e sobrenome de qualquer um indivíduo de lá, o que é seu continuará contigo, e a mais nem barão, primo ou ninguém precisa saber sobre com quem ou em que circunstâncias casaste, basta lhe mostrar a licença, a certidão matrimonial e seus problemas acabaram.

 - E onde fica esse lugar?

— Na França meu bem, próximo a Marselha! Sofie abaixa a cabeça, e todos permanecem em silêncio; até que ela levanta e olha para o advogado e diz:

- A França que nos aguarde!

- Boa decisão, menina, boa decisão!!

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Comments

Luiz Germann

Luiz Germann

Finalmente uma boa notícia para Sofie, ela vai se escapar do barão e vai conseguir seguir sua vida do jeito que tanto quer.

2023-11-22

4

Julia Guassu

Julia Guassu

Que opção maravilhosaaaa,jamais imaginaria q iria acontecer dessa forma,eu ameiii😍 Parabéns

2023-11-22

0

Ana Terra caetano

Ana Terra caetano

eu não acredito!!! q maravilha..nunca imaginei essa opção kkkkkate imagino quem será o espião. aguardando o próximo capítulo

2023-11-21

0

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Capítulos
1 Sofie
2 capítulo dois Leonel
3 Capítulo Três. Sofie
4 Capítulo quatro Leonel
5 Capítulo cinco. Sofie
6 Capítulo Seis Leonel
7 capítulo sete Sofie
8 Capítulo oito Leonel
9 Capítulo nove Sofie
10 Capítulo dez. Leonel
11 Capítulo onze. Sofie
12 Capítulo Doze. Leonel
13 Capítulo treze Sofie
14 Capítulo quatorze. Leonel
15 Capítulo quinze Sofie
16 Capítulo dezesseis. Leonel
17 Capítulo dezessete Sofie
18 Capítulo dezoito Leonel
19 Capítulo dezenove Sofie
20 Capítulo vinte Leonel
21 Capítulo vinte e um Sofie
22 Capítulo vinte e dois Leonel
23 Vinte e três. Sofie
24 Vinte e quatro Leonel
25 Capítulo vinte e cinco. Sofie
26 Capítulo vinte e seis. Leonel
27 Capítulo vinte e sete Sofie
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Sofie
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