Depois de toda aquela agitação, todas às pessoas estavam acomodadas, e alimentadas o barão e sua corja, já haviam partido faziam algumas horas, e Sofie se sentia aliviada, feliz e agradecida pela tempestade, às vezes pensava que ironia do destino, agradecer a tempestade, porque sempre fora temível a elas, é mesmo irônico pensou.
Os relâmpagos e trovões ainda podiam ouvi-los distante, mas a tempestade não dava trégua, ainda não tivera notícias do haras, pois ninguém havia voltado e os que estavam aí, não arriscavam sair.
O tempo se arrastava lentamente, passando algumas horas e a chuva virou chuvisco, e começou os homens aos poucos irem voltando e em seguida partindo com suas famílias; Sofie tentou saber notícias do seu pai, mas todos diziam que ele havia saído com os empregados em busca dos cavalos, que haviam fugido.
Rose tentou inúmeras vezes, fazer Sofie se recolher, ela estava determinada a esperar, acabou cochilando no sofá enrolada a manta e com caramelo ao seus pés.
Estava começando a amanhecer, quando houve uma agitação na casa, e Sofie despertou rapidamente e correu para a entrada onde ouviam-se voz alteradas; quando chegou avistou seu pai sendo carregado pelos funcionários. Seu Mathias havia saído atrás dos cavalos que fugira, numa clareira ouve um estrondo o cavalo assustará empinando levando-o a queda; ele ficou desacordado e embaixo do temporal por horas, até os funcionários o acharem; estava pálido, ensopado e tremendo de frio, junto com Rose Sofie encaminhou seu pai ao quarto, um dos funcionários Seu messias de extrema confiança dele e de Sofie, tirou-lhe as vestimentas molhadas e logo providenciaram cobertas, sopa e chá quente.
Sofie permaneceu ao lado do pai durante toda a manhã, só indo se recolher depois de muita insistência de Rose e do pai lhe mandar deitar. Ela asseou-se, tomou uma sopa e dormiu a tarde toda, acordando ao anoitecer, percebeu que a casa estava agitada novamente, havia movimentação no corredor dos quartos.Levantou e colocou um roupão e abrindo a porta, observando vindas de criados com bacia, pano, cobertores, Sofie perguntou para uma das moças ajudante que estava passando o que acontecia, essa lhe disse que seu Mathias estava gemendo em febre, ela saiu em disparada para o quarto do pai, entrando abruptamente, viu-o enrolado e se debatendo, falando coisa sem nexo, no mesmo instante aproximou-se da cama e percebeu que Rose estava trocando os panos da testa dele;
— Rose por Deus, porque não me chamaste?
— Menina não tem muito o que fazer, já esteve aqui o doutor Paul, ele pegou muita chuva criança, agora é esperar e ajudar com panos para a febre abaixar;
Passaram a noite toda, trocando as ataduras da testa, revezando entre Rose, Sofie e seu Messias. Mas graças ao céu a febre cedeu e ele estava dormindo tranquilo; naquele dia Sofie não se permitiu sair daí, fez desjejum, almoçou e estava lanchando a tarde, quando ele acordou.
— Papai como o senhor está? Por Deus, o que lhe deu sair naquele temporal?
— Menina tem coisas que precisam ser feitas e muitas vezes não importam a hora, isso é uma das coisas que começam impedir de uma dama gerir um negócio. Papai não preciso me arriscar assim, tem messias e os funcionários, basta eu saber mandar; Seu Mathias, deu uma erguida no canto da boca, e disse:
- —Porque se tornou tão inteligente? Sofie ficou pasma olhando o pai sem acreditar, pois sentiu mesmo no seu jeito torpe que fazia-lhe um elogio.
Passados alguns dias, Sofie percebeu que o pai tossia muito, principalmente a noite, muitas vezes lhe faltava o ar; tentou várias vezes chamar o médico, mas seu Mathias não permitia, sempre falava em seu tom duro que estava bem; certa noite estavam jantando, e ele teve um acesso de tosse, expectorando sangue, ele disfarçou, pediu licença e saiu, mas ela viu o guardanapo com gotículas vermelhas e começou a se questionar porque o pai se negava a ser atendido pelo doutor, sabendo da gravidade em que se encontrava;
Um mês tinha findado, e na casa nunca mais tinham tocado no assunto do noivado, seu Mathias, andava sempre muito cansado, indo pouco para os estábulos, às negociações começaram a ser restritas, a noites às crises de tosse eram constantes, fortes e prolongadas; vinha sentindo fortes dores nas costas, Sofie tentava a todo custo persuadir o pai a tomar laudano que o médico havia receitado a primeira vez que esteve aí, mas sempre era a mesma resposta em voz endurecida!
— Estou bem Sofie, vá ajudar a Rose com o andamento da casa!
Sua senhoria o barão Geremias tentou várias vezes falar com Mathias ou Sofie, mas não tendo êxodo em nenhuma delas; em uma dessas visitas deixou claro que fariam honrar com a promessa do noivado.
Três meses haviam se passado, seu Mathias andava acamado e com muita falta de ar, por muita insistência deixou o médico lhe examinar; quando o doutor saiu do quarto, Sofie o interpelou:
— Doutor diga-me o que papai tem? Como devemos agir?
— O médico levantou a cabeça, olhando-a sorriu, mas ela percebeu que a alegria não chegava aos seus olhos;
— Serei direto, não tem mais nada que posso fazer, o seu pai está com pneumonia, ministrei espectorante e laudano, agora é esperar e rezar.
Quinze dias depois, numa manhã de inverno, seu Mathias não despertou.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Luiz Germann
Que tristeza para a Sofie, em toda essa comoção do casamento uma tragédia como essa ocorre, mas a Sofie é uma garota forte e vai escapar dessa situação.
2023-11-22
5
Keoma
É que ela n tinha escrito ainda eu acho, o livro tá ficando bom!
2023-11-17
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Alê Vogeley
Autora o livro diz que está completo mas isso não procede ,realmente haverá continuação ou a obra parou?
a sua história é muito interessante e gostaria de saber o desfecho do livro.
2023-11-15
0