— Diga-me, amor — disse Megan e eu acompanhei o seu caminhar até a cama. Os cabelos dela estavam molhados e soltos e ela estava vestida num robe branco amarrado na cintura — sobre o que falaremos? Fiquei pensando durante todo o banho. Agora estou intrigada.
Antes que ela sentasse ao meu lado na cama, a fiz parar na minha frente e ela ficou me encarando com um olhar confuso de cima.
Pensei por muito tempo enquanto ela estava no banho.
— Antes de falarmos sobre o assunto — me levantei, já levando as minhas mãos para o robe. O desamarrei devagarinho, já recebendo o olhar perverso de Megan — antes eu vou amar você!
— Sou toda sua, princesa — ela puxou o meu maxilar e me beijou com volúpia.
De olhos fechados e envolvida no seu beijo, que tornou-se cada vez mais intenso, senti o meu corpo sendo deitado lentamente na cama.
Parei o beijo e ela me encarou sem entender.
— O que houve, amor? Você está se sentindo bem?
— Sim, Megan, não houve nada, mas agora… sai de cima de mim e deita na cama! — ordenei.
Megan me deu um olhar apreensivo e continuou em cima de mim, analisando o meu corpo minuciosamente e ameaçando cair nos meus lábios.
Cansei de esperar por ela, agarrei os seus braços e a joguei na cama, vendo já e ouvindo a sua respiração ofegante.
— Eu disse que vou amar você… não o contrário! — esclareci e abri o robe. Vi os seios enrijecidos e o restante daquele corpo, e o meu olhar percorreu por todo ele — Então você vai ficar quietinha!
Megan arregalou os olhos e engoliu em seco. Vi um possível medo em seus azuis agora sedutores.
— Podemos dividir o serviço — falou sugestivamente — Também sei que você vai desejar ser tocada por mim quando terminar comigo.
Sorri com malícia e ela repetiu.
— É aí que você se engana, amorzinho!
— Do que você está falando? — falou meio frustrada.
— A partir de hoje, enquanto eu estiver na mansão, você será minha.
— Mas, você…
— Sem fazer objeções! — a interrompi e ela engoliu em seco — Sou a sua esposa e você será condizente comigo em tudo.
— Isso não está certo! — e tentou fugir de mim, mas a segurei pelos antebraços e a paralisei, sentada sobre ela fiquei e fazendo a mesma estar completamente sob o meu domínio.
— Por que não está certo? — a interroguei e comecei a dar leves beijos no pescoço que ela se negava a deixar exposto.
— Porque nessa relação quem quase sempre dominou fui eu. Eu sei que você gosta e não vai conseguir ficar sem sexo por muito tempo.
— Você sabe que eu posso me tocar sozinha!
Megan trincou o maxilar e virou o rosto, ignorando o meu acima.
— Você não pode me torturar assim, meu amor… não faça isso.
— Mas você pode me punir, não é?!
E me encarou incrédula.
— Então o que você está querendo é vingança?!
— Estou apenas deixando a balança favorável a nós duas.
— Não estou sendo favorecida em nada nessa sua balança!
— Megan…
— Stella, amor… eu já te pedi perdão e você me deu.
— Dei, mas após pensar… vi que você precisa de um castigo.
— Essa sua seriedade e suposta dominância que está tentando usar, não te levará a lugar nenhum — esperneou para fugir, mas não teve sucesso — acabe logo com essa brincadeira!
— Você acha que tudo isso é uma brincadeira?
— Acho!
— Ótimo — e a deixei livre, logo me levantei e fui segurada.
— Ótimo? Só isso? — me interrogou com um olhar desconfiado.
— Ótimo.
— Agora você vai me fazer ser sua! — ordenou — Venha aqui e me domine!
— Toda essa conversa me fez perder a vontade.
— Te farei sentir essa vontade novamente, meu amor.
A encarei e vi que ela estava quase implorando.
— Pensei melhor e percebi que você não merece ser tocada por mim. Vai ficar sem sexo e não poderá fazer nada!
— Cacete! — e me soltou bruscamente.
Megan se levantou da cama, como se já tivéssemos terminado de conversar e caminhou para o closet, não me dando mais atenção. Ela com toda certeza estava me considerando agora como um dos móveis do quarto, por causa das minhas palavras duras. A minha intenção de puni-la estava acabando comigo e ela tinha razão, eu não conseguiria estar ao lado dela sem que não acontecesse nada absurdamente insano. Mulher cretina.
Fui atrás dela no closet e quando ela terminou de vestir o moletom, a puxei para fora daquele espaço, com ela murmurando que nem uma criança e a joguei na cama.
— Au — ela gemeu e se apoiou nos cotovelos — Stella, não é necessário que seja tão agressiva!
— A nossa conversa ainda não acabou!
— Stella… eu estou te ouvindo aqui e se eu ainda estivesse no closet, eu te ouviria do mesmo jeito. Não precisa usar de força para me ter em todos os lugares… use palavras.
— Você me deixou aqui e está me tratando com indiferença! — reclamei e certamente era visível a minha cara fechada e nada agradável.
— Agora estou te olhando. Diga, tenho coisas para fazer no escritório.
— Esqueça o escritório, esqueça o que fará nele… ele é inútil neste momento.
Megan meneou a cabeça, se levantou com um olhar decidido e me segurou pelo antebraço. Eu me sentia tão fraca quando ela fazia aquilo e também pela sua respiração quente que batia contra o meu rosto.
— Trabalho é trabalho, Stella e já que estou sob um castigo ridículo, vou me distrair com algo. Eu queria ter você, mas você não colabora.
— Você não vai sair deste quarto, Megan!
Megan mais uma vez me ignorou e antes de chegar na porta, a puxei para a cama e a joguei como da primeira vez. Me sentei sobre ela e a mesma revirou os olhos, me provocando mais ainda.
— Já é a segunda vez que você faz isso! O que é que você está querendo?
— Quero falar sobre o nosso bebê!
Megan me deu um olhar surpreso, ficou imóvel no colchão e de cima dela eu não sai. Megan claramente não se lembrava do que aconteceu na noite passada.
— Você tem toda a minha atenção, meu amor. Diga-me o que está acontecendo.
— Qual será o nome do nosso bebê se ele for um garotinho?
— Oh… puxa! — Vi uma grande interrogação em seu olhar. Vi os seus olhos percorrendo todo o quarto em busca de uma resposta.
— E então… Qual nome você escolheu?
— Bem, é… é… Sam… será Sam — respondeu depois de muito pensar. Ela obviamente não tinha pensado em um nome masculino porque a sua vontade era de ter uma filha — Isso, será o pequeno Sam Armstrong.
A encarei somente.
— ¿Te gustó el nombre? — perguntou e fez uma carícia numa das minhas coxas.
— Hermoso nombre, mas este nome não te agrada… você não quer um filho!
— Stella… você está certa. Eu quero uma bonequinha que se pareça com você, quero poder amá-la imensamente, como amo você.
— E qual nome você escolheu para ela?
— Maitê… porque ela será adorável e amável como você… qualquer um será capaz de amá-la.
— Eu já sabia da sua escolha, Megan — confessei e quis sair de cima dela, mas a romântica mulher me segurou fortemente e eu não pude me mexer.
— E como soube?
— A sua bebedeira de ontem revelou o seu segredo. Você certamente não iria me dizer, enquanto não estivesse com o bebê nos braços. É por causa disso e por muitos outros motivos, que eu decidi não consumir mais bebida alcoólica.
— Você não pode beber… você é uma universitária e em breve será mamãe — ela tocou o meu abdômen carinhosamente por cima da minha vestimenta.
Megan pareceu tão adorável que o meu coração fraquejou mais uma vez. Era impossível ficar brava com ela por muito tempo. Simplesmente impossível.
— Eu ser uma universitária não me impede de beber… o que me impede de fazê-lo é a minha consciência.
— Não vou discutir sobre isso. Você está com a razão, meu céu.
Nos olhamos profundamente e eu senti um olhar diferente vindo dela, era mais atraente, mas ao mesmo tempo, fofo.
— Quero que saiba que eu adorei o nome que você escolheu… adorei tanto que não pensarei em outro.
— Stella… me perdoe, meu amor? — pediu e me puxou para um abraço — Mas quero que me perdoe verdadeiramente. Não guarde rancor e não planeje vinganças. Sei que mereço tudo, mas sei também que você me ama. Não digo isso apenas pela questão do sexo, digo pelo tamanho do amor que temos uma pela outra. Sempre que quiser, eu serei sua. Não quero perder tempo com discussões, você em breve voltará para Ox e não poderei mais estar na mesma cama que você todas as noites. Vamos aproveitar para fortalecer o nosso relacionamento, vamos fazer o que ainda não fizemos. Vamos sair, ir a festas, curtir a noite fora desta mansão, vamos nos divertir em parques, cassinos e boates.
— Mas isso não é muito arriscado? — perguntei, olhando em seus azuis serenos.
— Não podemos viver com medo. Em todos os lugares em que estivermos, teremos proteção. Só basta confiar em mim e se divertir comigo. Você aceita viver um pouco das loucuras do mundo lá fora?
— Está bem, amor… eu aceito. Não somos nada sem uma adrenalina.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Adriana Gomes
a dinâmica que essas 2 construíram com o passar dos anos é maravilhosa... a evolução de Stella nesse meio tempo é magnífica...
muito ansiosa pelas coisas que estão por vir na vida dessas 2 e que irá deixá-las muito mais fortalecidas..
2023-11-09
1
Yuriko Otaku
Volto a enaltecer sua obra autora e humildemente está relés, leitora lhe súplica que poste mais capítulos dessa história maravilhosa.
2023-11-09
5
A.Maysa
essas duas realmente são muito intensas kkkkk... aproveitar bastante porque depois que a Maitê chegar vai ficar difícil de vocês fazerem isso
2023-11-09
2