Passei rapidamente na cozinha para tomar um pouco de água. Toda a conversa com Alex me deixou entediada, pensativa e a ponto de interrogar Megan, se a encontrasse. Não. Eu não permitiria que nada tivesse o poder de me afastar dela. Eu viveria aqueles dias restantes amando-a e entregando a ela o meu amor.
Desliguei as luzes da cozinha e logo que passei pelo portal, fui agarrada violentamente pelo braço e em seguida, senti lábios furiosos atacando a minha boca. Aquela boca era de Armstrong e trazia consigo um forte gosto de álcool.
Depois que correspondi ao beijo quente e tive o meu corpo abraçado fortemente, olhei para o rosto de Megan e dele transbordava um efeito embriagante. Megan estava completamente embriagada e foi caindo lentamente até chegar ao chão, pois não consegui segurá-la.
Acabei me ajoelhando ao lado dela e vi que ela não tinha força nem para manter os olhos abertos. Quantas garrafas de uísque ou bourbon ela virou? Por quanto tempo bebeu? Onde esteve por tantas horas?
— Mai… — falou num tom delirante.
— O quê? — Não entendi o que ela tentou dizer.
—Mai…
— Quem é Mai, amor? — Segurei o seu rosto e ela se esforçou para abrir os olhos — O que você está tentando falar, meu amor?
— Onde… está… Mai? — sua voz lenta não ajudava em nada a nossa comunicação.
— Quem é Mai, Megan?
Houve um breve silêncio entre nós. Ela parecia tentar recobrar a consciência.
— Responda, Megan!
— É… é… Maitê — e abriu os olhos, onde me entregou por um breve momento a sua atenção — Stella, amor… Maitê será o nome da nossa… nossa bebê.
De um sorriso que trocamos, ela fechou os olhos e eu a deitei no meu colo.
Pedi urgentemente por ajuda. Gritei e logo James surgiu no corredor juntamente com Chris, que usava um pijama folgado preto e repleto de pintinhas verdes. Parecia atordoado, coitado. James por sua vez, se abaixou ao meu lado e sem que eu pedisse, pegou Megan nos braços delicadamente. Ela não tinha condições para estar de pé.
Sorri enfim para Chris, que saiu fechando a porta do quarto juntamente com James, me deixando ao lado da minha esposa. Megan dormia de bruços, estando com uma respiração pesada. Tirei os sapatos dela, e a deixei com as meias, como também com o restante de sua vestimenta.
Me deitei ao lado dela, usei o cobertor para nos cobrir e comecei a imaginar a nossa primogênita sendo chamada pelo nome que ela escolheu. Um lindo nome, na verdade, e que certamente possuía um perfeito significado.
Uma nova manhã e então, abri os olhos, sentindo uma mão quente e exploradora se infiltrando dentro da minha calcinha e tocando com delicadeza a minha boceta. Era ela, Megan Armstrong, a mulher que a poucas horas, foi deixada completamente embriagada naquela cama em que estávamos.
A mão dela foi se movimentando e eu a sentia cada vez mais fundo em mim, porém, eu a fiz parar e me levantei da cama, me afastando do tremendo cheiro de álcool que ela ainda carregava.
Megan ergueu a cabeça totalmente confusa e com olhinhos sonolentos, me olhou e se desvencilhou de uma parte do cobertor.
Teríamos uma conversa muito séria.
Megan preguiçosamente deu tapinhas no meu lado da cama, e num tom manhoso, pediu:
— Volta pra cama, amor. Deixa eu… eu amar você só um pouquinho?
E os seus olhos se fecharam lentamente. Eu estava certa de que a qualquer momento ela iria reclamar de dor de cabeça. Ao longo dos anos, Megan nunca cometeu o erro de se embriagar. Ela passou dos limites.
— Vem, amor… vem amar esse corpinho que é… é só seu — notei o cansaço sedutor em suas palavras lentas.
— Megan… você não terá nada de mim enquanto não estiver totalmente sóbria.
Ela me deu um olhar de criança birrenta, o qual eu não pude ignorar.
— Estou sóbria, princesa, meu céu… meu universo… vem, por favor… quero tocar você agora.
— Você é uma irresponsável! — gritei com ela.
— Sou é? — ela sorriu com um olhar sacana. Ela ainda não tinha se dado conta de que a conversa era séria.
— Como você…
— Shh! — me calou erguendo o indicador.
Ela se arrastou lentamente na cama, parecendo muito fraca e na ponta da cama parou. Desabotoou alguns botões da blusa e me olhou firmemente.
— Não brigue comigo, está bem… só vem aqui sentar em mim!
— Não vou sentar em você, sua…
— Vem cá, gostosa — e se levantou, vindo devagarinho na minha direção.
Fiz ela me perseguir por todo o quarto e logo, ela cansou. Estava exausta e com seu olhar agora mais atento, me analisou minuciosamente. Aquele olhar indicava desejo e perversidade.
— Agora que consegue me entender, me responda! Onde esteve ontem durante todo o dia?
— Ah, Stella… você fica tão sexy quando fica bravinha e nervosa. Deixa eu acalmar você, vai?
E de mais passos dados, ela conseguiu me parar, e vi que estávamos próximas da cama. Megan tentou me beijar e eu apenas a rejeitei por causa do cheiro do álcool, eu não tinha condições para suportar aquela situação.
Fui jogada na cama violentamente e tive o mesmo coberto pelo dela. Megan abriu as minhas pernas, forçando-as e se enfiou ali. Suas mãos seguraram os meus pulsos e acabei lutando contra ela, que agora assistia a minha agonia com o seu olhar maquiavélico.
— Me solta, Megan! — ordenei, mas temendo o que poderia acontecer.
— Só depois que fizermos amor!
— Eu não quero fazer agora. Precisamos esclarecer algumas coisas!
— Vamos esclarecer as coisas fazendo amor… porque é assim que eu quero — disse rudemente e me deu um beijo forçado.
— Mas temos que estar de acordo e agora eu não quero!
— Não me rejeite, meu amor… eu preciso de você. Seja minha, por favor?
E de um olhar entrelaçado, eu fingi por um momento ter aceitado o seu pedido e assim, Megan me soltou. Deixei ela consumir o meu pescoço em beijos sincronizados e o seu corpo se movimentar roçando no meu…
De repente, acertei um soco num dos lados de sua costela, causando dor nela e encontrando enfim uma saída. Sai de debaixo dela, vendo ela reclamar furiosa e me levantei, deixando ela em sua dor. Realmente não quis causar a ela nenhum dano, mas foi o único jeito de pará-la.
Agora afastada da cama, recebi um olhar choroso e ela envergonhadamente, pediu:
— Me perdoe, meu amor?
Dei o meu silêncio a ela.
— Me perdoe por ter bebido tanto. Me perdoe por ter desaparecido e me perdoe por… por tentar forçar você.
Megan escondeu o rosto, agora triste, pois não obteve nenhuma resposta minha.
Me aproximei e virei o rosto dela para mim, que aproveitou a minha aproximação e me segurou, em seguida me fazendo ajoelhar.
Eu permiti que ela tocasse o meu maxilar carinhosamente e sua boca se abriu para dizer:
— Você me perdoa, princesa?
— Conte-me tudo o que você fez!
Ela meneou a cabeça e buscou por fôlego…
— Por que desapareceu?
— Stella — e engoliu em seco — depois de te deixar lá, eu tive que ficar um momento sozinha com os meus pensamentos. Tinha uma difícil decisão para tomar e o único dever que eu tinha, era o de não te decepcionar. Pensei sobre McCormick — e eu me lembrei de como troquei palavras na noite anterior com Alex, aquela que certamente não ousaria voltar a cruzar o meu caminho novamente — eu decidi matá-la, ignorei tudo o que vivi com ela, era a decisão, mas então o meu coração me disse para não cometer tal pecado. Houve uma confusão na minha mente e para não perder a razão, eu me tranquei no quarto onde colocamos todos os quadros — referia-se aos quadros em que mostravam os nossos momentos juntas, aqueles do diário dourado e outros que passamos ao decorrer dos anos — lá eu me embebedei e só assim, eu não teria forças para fazer um mal a Alex.
— Megan, meu amor — e me sentei ao lado dela na cama, pois ela me soltou — nunca mais faça isso! Não era necessário você se embriagar… você só precisava estar ao meu lado.
— Eu só pensava em não te decepcionar. Eu desejava manter a minha promessa a todo custo. Confesso que quase me entreguei a minha impulsividade.
— Amor… nós enfrentaremos tudo juntas. Agora você não precisará mais se preocupar com McCormick — ela me olhou e vi lágrimas se formando em seus olhos. Me comovi e fiz um carinho em seu queixo — Eu mesma resolvi o problema com Alex.
— Mas como, amor?
— De um jeito que nunca mais você a verá. Alex não voltará a fazer parte de nossas vidas.
— Então ela realmente tinha a intenção de te tirar de mim?
— Sim, Megan — Megan trincou o maxilar em frustração e decepção.
— Que o nome dela não se repita nesta casa!
— Nunca mais o falaremos, meu amor.
Megan pegou a minha mão e beijou delicadamente, trocando o seu olhar com o meu.
— Tenho o seu perdão, minha esposa amada?
— Sim, amor. O meu perdão sempre será seu.
Megan sorriu encantadoramente e se levantou, e a sua mão foi parar em sua costela magoada.
— Porra, Stella… não precisava ser tão violenta comigo.
Sorri de sua cara emburrada que mostrava dor.
— Não me bata mais. Rum!
— Esqueça isso, Megan. Vá tomar um banho. Ainda temos que conversar sobre um assunto muito importante.
— Posso saber sobre o que se trata? Creio que já esclarecemos tudo.
— É sobre um assunto do futuro.
— Parece interessante, mas ao mesmo tempo… medonho. Espere-me aqui, okay? Vou voltar para você e prometo estar cheirosa. Ainda desejo amar você nesta manhã.
— Está bem, amor. Não tenha pressa. Tire todo esse peso de você com um bom banho gelado.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Daniele Cleffsdasilva
É Megan mais acho que a Alex ainda vai dar trabalho no futuro e vocês vão ter que ser fortes pra superar isso tudo juntas e não só Alex mais a ex da Stella também e com serteza o bebê delas também, autora continua pfv, pfv adorei o cap 🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰🥰
2023-11-07
2
Maria Andrade
que bom, que Megan e Stella se resolveram elas vão ter que ficar bem unidas para superar todos obstáculos
2023-11-06
4