[ … ]
— Já esteve em um museu, princesa?
— Não, mas sempre me imaginei percorrendo um lugar cheio de monumentos e de artes antigas.
Caminhava sendo puxada por Megan que seguia na frente, porém de costas, sem se preocupar com nada, se toparia ou não. Era um lugar gigantesco e atual de cores neutras e diversificadas. O mesmo era um dos mais visitados e ali naquele espaço menor, estava apenas nós duas, Mercier e James.
Christian, por sua vez, ficou no hotel cuidando de mbar e adiantando alguns documentos necessários para a sua aprovação no cargo de “ competente provisório ” — um cargo que Megan inventou — Ela achou que seria uma forma de fazê-lo crescer e ser mais útil e ele o fez de bom grado. Tudo deu certo porque ele não quis ir visitar o museu, ele odiava.
— Ainda mais com o amor da minha vida ao meu lado tipo naqueles filmes de mistério, suspense, romance e muita ação. Aqui é um cenário parecido, não acha?
— Por isso que te trouxe aqui. Os livros que você lê normalmente possuem estes cenários, não?! — disse ela convincente e paramos ao lado de uma arte que parecia ser egípcia.
— Andou lendo algum exemplar escondida de mim? — a interroguei incrédula e ela abriu um sorriso travesso. Claro, ela andou aprontando. — E o que achou?
— Tediante.
— Megan?! — esbravejei em meio ao seu sorriso safado.
— Brincadeira… — afirmou erguendo os braços em rendição — é brincadeira, princesa.
— Rum!
— Observe que eu me atentei tanto naquelas linhas, que resolvi te trazer aqui… aproveitei para incluir isto no diário.
— O fez sem eu saber?! — não gostei dela ter tomado aquela decisão sozinha e ela percebeu em meu tom agudo.
— Fiz, mas mostre-me aquele sorriso que eu gosto, ok?! — ordenou e com as suas mãos, criou um sorriso em mim com as minhas próprias bochechas.
Ela nunca tinha feito aquilo em mim e eu acabei me derretendo pelo tamanho de sua fofura.
— Não escreva mais nada no diário sem antes me falar… temos que estar de acordo em tudo. — a alertei e recebi um daqueles olhares analisadores, aqueles que ela percorria o meu corpo inteiro — Olhe nos meus olhos e diga que não o fará mais!
— Que? — falou aérea enquanto olhava para o meu corpo dentro daquele vestido vermelho de alcinhas.
— Olhe nos meus olhos! — ergui a sua cabeça delicadamente através do seu queixo e então a insaciável me agarrou e me beijou com a sua ferocidade.
Aquele beijo eu aproveitei no meu maior desejo e quando abri os olhos, vi que os nossos guarda costas estavam de costas, um gesto respeitoso.
Eu tinha que me acostumar com aquilo porque Megan simplesmente não se importava em se conter em público. Os dias em Florença foram assim, um melhor que o outro.
Megan me puxou para vermos juntas um quadro e próximas a ele, a mesma disse…
— Muitos quadros aqui são de artistas famosos como este… — e apontou para o quadro com um retrato antigo e bem pintado — eu estava vendo no jornal local, numa das manhãs que você dormia como um bebê… — e eu sorri — que Florença é conhecida como a Capital do Renascimento e consequentemente das artes. Li que uma grande parte do acervo italiano se encontra aqui.
Instigante suas palavras, bem pronunciadas.
— Não acha que andou lendo muita coisa ultimamente?
— Umm, não, não acho… — aproximou-se mais do retrato — normalmente eu leio relatórios da minha empresa e é tudo pelo computador, nada de papel, a não ser quando me entregam aqueles que eu devo assinar.
— No seu trabalho você é admirável! — a elogiei e ela se virou me dando um rápido olhar provocador — Mas não dê um duplo sentido as minhas palavras, Megan.
— Vai dizer agora que não sou boa em tudo o que envolve essas duas… — e mostrou as mãos — belezuras?
Revirei os olhos e ela sorriu mostrando os dentes. Apesar de Megan sempre dar duplo sentido às coisas quase o tempo todo, eu sabia que aquilo era algo que a fazia sorrir. Foram poucas as vezes que ela mostrou um sorriso como aquele.
Quando voltei dos meus breves pensamentos, encontrei Megan tirando fotos minhas com o seu celular, o mesmo que usamos no passeio de balão, aquele passeio quente, no parque de diversões e no jardim das lindas flores. Todos os momentos foram retratados com o único propósito de nos fazer felizes e também de se transformar em quadros para substituir o branco daquele espaço na mansão Armstrong e aquilo serviria para recordarmos os nossos momentos onde vivemos uma parte do nosso amor. Muito do que já tínhamos feito eram desejos do diário dourado.
Aquele museu por sorte era um local onde os visitantes poderiam fotografar as artes e os monumentos. Tudo ali era um mar de aprendizado.
— Não se mova! — disse ela fechando um dos olhos como uma fotógrafa profissional — Seja a minha obra prima, senhora D'Angelo Armstrong?!
— Ok… Posso fazer uma pose ou estou bem assim? — perguntei sedutoramente e ela abriu o olho, mostrando o seu desejo.
— Deseja mesmo posar para mim?
— Não do jeito que você está pensando! — e ela sorriu com o seu olhar travesso.
— Megan… termine de tirar as fotos para podermos continuar o nosso tour por este lugar magnífico.
— Não tenha pressa… parece até que você nasceu de sete meses… — sorri e ela ergueu o celular para continuar fotografando — sorria e acene como uma verdadeira rainha!
Fiz tal pose e não me contive, então cai na gargalhada. Assim que tirou as minhas fotos, ela se juntou ao meu corpo e tirou selfies. Vi meu sogro se aproveitando daquela nossa posição e nos fotografou, retratando aquele momento de gentileza de sua filha.
…
— Ouvi uns italianos falando que por aqui podemos encontrar obras de Leonardo da Vinci, Michelangelo e outros artistas importantes. — disse assim que entramos em um espaço com um aglomerado razoável de pessoas. Um lugar que não me deixou nem um pouco confortável, já que muitos estranhos estavam ao nosso redor.
— Você gosta de estar em lugares assim… ou só está aqui por mim? O fez para me agradar?
Não paramos em nenhum momento, tínhamos que ser rápidas em nossos passos. Nossos ouvidos foram agraciados por uma falação italiana, vários comentários obviamente referidos a algumas das obras nas paredes.
— Digamos que… que os museus são lugares instigantes e qualquer um é capaz de… de se interessar em ver e saber de coisas que aconteceram no passado. Assim… também podemos aprender um pouco — todas as palavras foram certamente improvisadas e fofas. Eu sorri de seus olhinhos me olhando de canto.
— E o que você aprendeu hoje?
— Nada. — e me agarrou a cintura, me puxou para longe de todas aquelas pessoas e também de Mercier e James.
A qualquer momento os guarda costas iriam acabar se perdendo no meio de toda aquela aglomeração.
Só parei para observar onde ela nos levou quando olhei ao redor e me deparei com um espaço vazio de paredes brancas.
— Que lugar é esse?
— Um lugar mais calmo, meu amor… — disse e levou-me para uma das paredes delicadamente, já me fazendo sentir as suas mãos em meu maxilar e pescoço — e onde podemos ficar um pouco a sós. Podemos repetir aquele beijo, o que acha?
Senti um calor inexplicável subindo para a minha nuca pela aproximação de sua boca.
— E se nos pegarmos aqui, Megan?
— Não acontecerá nada além de um beijo, amor.
— Agora estou aliviada.
— Não se preocupe.
Megan me beijou lentamente e eu senti a maciez dos seus lábios, o seu gosto era sempre melhor e o mesmo fazia eu me render.
Em meio ao nosso beijo intenso e de entrega de ambas as partes, eu acabei lembrando dos guarda costas. Eles deveriam estar nervosos à nossa procura e Megan não estava nada preocupada.
O celular tocou e ela parou o beijo, estando hesitante em fazê-lo antes de pegar o celular. Ela mordeu o lábio, me entregando uma sensação quente no meio das pernas. Aquilo era tentação demais, a fraqueza era o único caminho.
Atendeu a ligação…
" Sim, pai? " — falou meio ofegante e me olhou intensamente.
…
" Estou bem… vá para a saída do museu e lá nos encontramos. "
…
" Sim, pai… estamos bem… não se preocupe."
Ela guardou o celular e se virou.
— É…
Não consegui falar nada porque Megan atacou os meus lábios e dessa vez, agarrou a minha cintura me tirando da parede.
Foi gostoso e perigoso aquele beijo no museu.
Dentro do carro prata, blindado e esportivo, aquele que James manejou por ruas que nos deram a visão dos canais de Florença, eu disse…
— Megan… ainda realizaremos aquele desejo?
— Antes de irmos embora… nós o realizaremos, princesa.
— Temos mesmo que ir embora? — perguntei, já sentindo a falta daqueles maravilhosos dias e Megan repousou a sua mão na minha, me dando o carinho do seu toque.
— Stella… você sabe que temos uma realidade, mas também que podemos viver muitas vidas.
— Sim, amor… eu entendo perfeitamente.
— Não fique triste… nós teremos muito tempo para repetir tudo o que já vivemos… — disse com um sorriso de canto e eu o correspondi — Prometo que tudo o que estiver ao meu alcance para te ver feliz, eu farei.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Clesiane Paulino
eu já li muitos livros,e quando digo muitos é muito mesmo... tanto aqui na plataforma, como em outras também... e também livro físico... mas aqui na noveltoon é meu lugar preferido... aqui li de tudo um pouco... histórias que me arrancaram muitas lágrimas e emoções... dou muito valor a tudo que leio... tenho sim meus autores favoritos, como também tenho um carinho especial por algumas histórias que li , e digo a história delas duas é uma delas... eu me apaixonei por pelo o amor delas... principalmente pelo amor da Megan por Stella... como Megan usa as palavras me encanta e posso afirmar que agora a dona dessa obra tem um lugar especial no meu coração... ♥️♥️♥️♥️♥️
2024-03-26
2
Adriana Gomes
lua de mel maravilhosa dessas 2 lindas amantes. o diário dourado está sendo comprido a risca... tudo entre elas está tão maravilhoso que é impossível não se encantar por elas😍😍😍😍
2023-10-16
1
Maria Andrade
boa noite minha linda 💗
2023-10-16
1