CAPÍTULO 12

A mulher com um sorriso despreocupado sob mim, certamente esperava que eu continuasse a insultando e morresse de ciúmes. Eu nunca tinha agido daquele jeito, não com Megan, mas foi impossível me controlar.

— Responda! — ordenei.

— McCormick só o fez… certamente para provocar você. Ela vai pagar por isso.

— Megan… me diz que nada aconteceu entre vocês, por favor — supliquei.

Sob mim ela arfou e falou:

— Aconteceu sim, Stella — e eu apertei mais os seus pulsos na intenção de machucá-la, seu rosto mostrou uma leve rigidez — mas não aconteceu o que você está pensando, meu amor.

— Diga então o que aconteceu!

— Senão o que? — ela me desafiou.

— Senão sou capaz de te torturar de muitas maneiras!

— Sério? — e tentou beijar os meus lábios, mas eu desviei, já recebendo uma mordida de lábios que ela provocou em si mesma.

— É, estou falando muito sério. Vou te torturar com o que você mais gosta!

— Você não ousaria, princesa.

— Se não responder o que eu quero saber… você não terá o prazer de me tocar, de fazer aquela foda gostosa — falei e ousei lamber o seu lábio inferior, aquele que ela em seguida umedeceu — e muito menos de olhar para mim!

A minha ameaça causou um efeito tão tremendo em Megan que quando vi, eu já estava sob ela e com os meus braços segurados. Megan com um olhar possessivo, acabou arrancando a minha blusa de mim e apertou os meus seios para me torturar.

— Ahmmm… — gemi e o meu corpo todo se arrepiou.

— Stella, vou deixar uma coisa bem clara! Eu sou sua e você é minha. Este seu corpo não é mais seu, ele é todinho meu e eu fodo com ele a hora que eu bem entender!

— Megan…

— Nunca mais volte a me ameaçar e muito menos a desconfiar de mim. Eu sou a sua esposa. A sua ESPOSA! — enfatizou de tal forma que eu acabei engolindo em seco. Ela tinha acabado de me dar uma severa repreensão.

— Eu só quero a resposta, meu amor — falei suplicante, pois vi que estava errada o tempo todo. Eu deveria ter confiado nela.

Megan encarou o teto por um momento, sua respiração estava um pouco forte agora. Ela ainda me segurava, eu estava imóvel.

— McCormick nos encontrou e fizemos um negócio. Foi apenas isso que aconteceu entre nós!

— E como o batom foi parar na sua blusa?

— Houve um momento breve em que McCormick me abraçou e certamente deixou a sua marca na minha blusa para poder deixar você toda nervosa e histérica.

— Eu devia ter matado ela quando tive a chance!

Megan não aguentou e acabou sorrindo.

A situação parecia ter se resolvido.

— Stella, não desconfie do meu amor. Eu nunca desconfiei de você. Eu sempre confiei em você, mesmo você estando longe. Eu sou fiel.

— Mas, Megan, eu acabei deduzindo mal, foi tudo tão confuso. Me perdoe, amor?

Megan me analisou e os seus olhos não mostraram nada, estavam serenos agora.

— Me perdoe, meu amor?

— Eu perdoo você e peço que nunca mais tire conclusões precipitadas. Eu sou Armstrong, a mulher que te ama e que vai te amar pelo resto da vida.

Caladas, vi ela saindo de cima de mim lentamente e me sentei, não permitindo que ela continuasse.

— É… Megan?

— Diga, Stella.

— Vamos voltar a fazer o que estávamos fazendo? — supliquei, analisando a sua postura. Seu joelho estava no meio das minhas pernas e as mãos estavam ao redor de mim. Segurei um dos lados de sua blusa fortemente — Eu quero sentir você, meu amor — supliquei novamente — me ame, por favor?

Megan me permitiu beijá-la por um instante e logo virou o rosto para o lado, me rejeitando.

— Stella, eu perdoei você, mas isso não significa que eu vá dar o que você quer!

— Não, amor, não faz isso.

— Você merece ser punida — e arrancou a minha mão de sua blusa — e esta será a sua punição!

E se levantou completamente, me olhando sem expressão.

— Megan… — minha voz baixa não me ajudava — você é a minha esposa e mulher!

— Ah, Stella — e tirou a blusa, jogando no chão — agora eu vou tomar um banho. Quando eu voltar, eu quero que esteja dormindo!

— Mas, amor…

E ela foi para o banheiro, me deixando ali somente com a caixinha de ouro.

Abri a tal caixa e logo encontrei um colar de prata belíssimo. No mesmo havia as nossas iniciais. Tão perfeito e tão romântico.

Me arrependi.

Mas não aceitei a minha punição. Ela não poderia me punir com o meu desejo. Eu não merecia, mesmo tendo errado feio.

A água do chuveiro caía sobre o corpo nú de Megan eu a assistia, enquanto ela nem imaginava que eu estava ali. Não suportei ficar ali, eu precisava convencê-la. Então tirei o resto das minhas roupas e entrei no banheiro, já tocando as costas dela e o seu abdômen.

Megan não se moveu e a água continuou caindo sobre ela e consequentemente sobre mim. Minhas mãos correram pelo seu corpo e chegaram aos seus seios.

Beijei suas costas delicadamente, mostrando através daquilo o meu amor, e também que eu não suportaria passar pela tal punição.

Megan desligou o chuveiro e tirou as minhas mãos dela com total desdém. Ela se virou e tentou sair, mas eu a impedi com a minha mão aberta no seu abdômen. Ergui os olhos e o rosto dela estava virado, totalmente longe da minha face.

— Amor, perdão? — implorei, insistindo em olhar para o seu rosto rígido e virado — Por favor?

O silêncio continuou da parte dela.

Toquei o seu corpo molhado, por várias partes e ela continuava paralisada, me desprezando.

— Eu sei que errei, amor, mas peço que não me puna com o seu desprezo. É demais para mim. O desejo extremo que sinto por você vai acabar comigo se eu não for tocada por você. Eu te necessito. Eu quero ser sua.

Megan me afastou dela e caminhou para a porta. Tudo o que eu disse pareceu não lhe importar, mas eu não ia desistir, não dela.

Segurei ela pelo pulso e ela se soltou de mim violentamente. Fiz outra vez e então, as mãos dela foram parar no meu pescoço.

Seus olhos furiosos me levaram ao passado por um breve momento. Suas mãos estavam no meu pescoço e via-se em seus olhos que ela estava se contendo para não me machucar.

Logo que senti uma pressão, também senti apreensão. Ela iria dar aquele passo?

— Eu te dei uma punição, Stella e disse que queria te encontrar dormindo. Você me desobedeceu!

— Megan — segurei seus pulsos delicadamente — eu sou a sua esposa, não um empregado, então não me trate assim — e ela trincou o maxilar — Eu devo estar de acordo com você, o que é bem diferente de obedecer!

— Você é a minha mulher! — seu maxilar ficou totalmente rígido e ela bufou.

— Então, por favor — fui tirando suas mãos lentamente do meu pescoço e o seu olhar mudou — me mostre que esse poder pertence somente a você.

— Stella… — ela desceu as mãos para os meus ombros e os seus olhos acompanharam, e logo ela encarou os meus seios.

Megan mordeu o lábio inferior e eu senti um arrepio. Será que ela finalmente iria deixar aquele escudo cair?

— Megan…

— Shh! — sussurrou e apertou os meus ombros — É para você ficar caladinha!

Apenas assenti. O mistério em seus olhos me deixou esperançosa.

Megan percorreu o meu busto, o meio dos meus seios somente com o seu mindinho, o mesmo me causava leves choques e fazia a minha respiração mudar. O seu mindinho foi trocado pelo seu indicador e polegar e com os mesmos, ela apertou um dos meus mamilos. Apertou com força e eu fechei os olhos, como também a boca para não gemer com aquela dor estranhamente prazerosa.

— Não esconda os seus gemidos! — seu tom me fez tremer e eu abri os olhos imediatamente, já encontrando a mão dela totalmente aberta em cima do meu seio, parecia estar pronta para me castigar. — Stella?

— Sim, amor? — temi com o seu falar arrastado.

— Eu vou fazer… — acertou um tapa em cima do meu mamilo e eu gemi para ela ouvir. — Doeu?

— Doeu — e não fugi dos seus olhos acima.

— Não o farei mais — e se virou para sair.

— Megan — a puxei para o meu corpo e sem a sua permissão, eu trouxe ligeiramente os seus lábios para mim.

Megan não pôde mais resistir e acabou me segurando e me empurrando na parede ao lado, violentamente. Era estranho eu sentir tesão, quando obviamente ela estava me maltratando?

A boca dela estava feroz e me mordeu, não apenas os meus lábios, mas também o meu ombro e os meus seios. Era um movimento erótico e louco que nos envolvia por inteiro naquela cena.

As suas mãos estavam novamente agressivas e eu recebi tapas na bunda, tapas que me fizeram gemer e que fizeram o meu interior pulsar. A excitação estava absurda e a perigosa mulher não ia parar.

— Vou te punir agora! — ela me avisou e eu acabei desejando aquela punição mais que tudo — Então se doer, a culpa será somente sua!

— Ah, Megan… cala a boca! — eu estava entregue até a alma.

Megan ergueu a minha perna, onde acabou se encaixando perfeitamente e após ela chupar os dedos, algo que eu acompanhei totalmente boquiaberta, ela me penetrou com uma força de me fazer estremecer e quase cair, mas me segurei nos seus ombros.

Ela repetiu diversas vezes o mesmo movimento, entrando e saindo, e eu dava a ela murmúrios da dor daquela punição.

Ela encarou os meus olhos e me viu extremamente fraca. Eu sentia o meu rosto úmido por lágrimas que desceram. Assim, trocamos um olhar de amor e ela diminuiu a velocidade do seu ritmo frenético e tomou para si os meus lábios, como a minha língua e tudo de mim. Ela agora me penetrava com carinho e eu deixava que ela me dominasse com o seu amor. O seu corpo colidiu com o meu, a sua mão me segurou e as nossas bocas não pararam de provar do nosso amor.

Quando ela me deu o meu prazer e eu deixei o meu peso sobre a sua força, ela sussurrou:

— Eu te amo.

Não consegui falar nada, só fiquei nos braços dela sentindo o seu calor.

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