CAPÍTULO 2

[ … ]

    Olhando a vista de fora daquele hotel de luxo, vi que era belíssima, a admirei da janela de vidro com detalhes prateados e dourados daquele quarto de hotel.

     O hotel era a uma certa distância da ponte mais famosa de Florença, que era chamada de Ponte Vecchio. A luz brilhava na água lenta do canal. Tudo ali era lindo. Era noite de estrela e as luzes ao redor dali eram como uma arte nos canais de Florença.

     Havíamos chegado na Itália a algumas horas e o meu descanso foi acompanhado pelo cair da noite.

     Escutei a porta se abrindo e me deparei com Megan vindo ao meu encontro com duas taças e uma garrafa de vinho tinto. Trinta minutos ela passou longe de mim porque foi em busca da bebida mais cara que havia em Florença. Era indiscutível, ela gastaria em uma garrafa de vinho, mesmo não sendo necessário. Era a nossa lua de mel e nesse ponto, eu não iria opinar. Foi fofo a forma como ela se comportou na viagem, mesmo fervendo de desejo, sentimento esse que compartilhamos em todo o momento nas poltronas reservadas e escondidas no fim do jatinho.

     Ela atravessou o piso claro daquele quarto de paredes brancas e beges. A cama era enorme, comparado ao tamanho do meu corpo e os lençóis dela eram vermelhos e os travesseiros também. Aquela cor quente era mais que atraente para jogar Megan logo na cama e sentir o calor do seu corpo no meu.

— Este é da safra de 1985, amor. — disse ela, deixando o que trazia sobre a cama e eu andei e quase beijei a sua boca preciosa, no entanto, Megan deu um pequeno passo para trás, me provocando e acabou recebendo um olhar desafiador como resposta.

     Ela estava de brincadeira para o meu lado, me testando e o seu sorriso travesso era apenas a confirmação daquilo.

     Eu jogaria o jogo dela…

— E quanto custou? — perguntei e peguei a garrafa de vinho, já forçando a rolha com o polegar, mesmo sabendo que eu não iria conseguir abrir e assim acabei ficando de costas para ela, naquela minha perda de tempo desnecessária.

— Alguns dólares e nada mais. — não deu muita importância em responder tal.

— Não usou euro? — forcei a rolha uma última vez e Megan pegou a garrafa de mim, já com um saca rolhas dourado na mão.

— Não.

     Megan me deu um olhar analisador e eu encarei o piso claro, evitando os seus azuis hipnotizantes.

— Você quer ter a honra?

     Vi ela inserindo a haste no centro da rolha.

— Faça você!

     Megan sorriu e me segurou para me beijar ligeiramente como se fosse me roubar um beijo, mas eu me inclinei para trás como forma de vingança e escapei dela, não deixando-lhe chance nenhuma.

— Fiz algo de errado, Stella? — perguntou inocentemente, sem se lembrar do que tinha feito a alguns segundos e abriu o vinho com uma praticidade admirável, assim ouvi o soar da rolha.

— Fez.

— Quando? — pegou uma das taças e serviu…

— O que importa é que você fez!

— Como devo me desculpar? — perguntou com olhinhos brilhantes e um sorriso sacana.

     Eu não suportei aquele olhar do meu anjo caído.

— Esquece, Megan… vamos beber. — tomei a garrafa e bebi sem me preocupar e quando parei e olhei para ela, a encontrei saboreando apenas alguns goles de sua taça.

— Já que esquecemos… — pegou a garrafa juntamente com as taças e levou para a mesa de cabeceira, onde as deixou — podemos dar aquele passo que tanto desejamos. Seja minha, Stella e eu serei sua.

     O seu pedido me incendiou e eu corri para os seus braços para beijá-la…

     Megan me beijou, correspondendo com todo o seu desejo e foi me mostrando de pouco a pouco, com seus toques e apertos, que ela iria me amar do jeito que ela adorava. Me dominar na cama e me dar aquele prazer intenso.

     Ela me apertou em seus braços, não me deixando escapar, mesmo eu não querendo fugir e continuou explorando a minha boca, me deixando saborear do movimento de sua língua em contato com a minha, como também o gosto do vinho que foi sumindo lentamente, dando espaço apenas para os nossos gostos. Megan era uma tentação muito grande e era somente minha. Pensar em tal, fazia eu me sentir orgulhosa e mais apaixonada.

    Senti o meu corpo ficando livre de seus braços e a falta de sua ferocidade na minha boca e quando abri os olhos para ver o porquê daquilo, Megan estava começando a desabotoar a blusa social, mas olhando para mim sem piscar.

     Apressei a retirada de sua blusa, somente por ter rasgado a mesma, não me importando com os botões. Eu desejava vê-la, ver toda a sua beleza, como também fazer com que ela visse a minha.

     Megan repetiu a minha pressa no meu vestido, o pegando, erguendo e tirando pelos meus braços. Peças íntimas ela não encontrou e sorriu perversa percorrendo todo o meu corpo e mordendo os lábios.

     Mordidas de lábios… Ohhh god!

     Megan me empurrou na cama de um jeito nada gentil e me deu a cena dela terminando de se despir. Aquele abdômen e aquela cicatriz a deixava mais sexy. A mulher perigosa que carregava as cicatrizes de suas guerras com os seus inimigos era a minha esposa.

      Megan se inclinou sobre mim apoiando as mãos no colchão e eu senti os seus lábios novamente, agora com mais fome, mais ganância. Senti todos e me arrepiei, sentindo também o calor no meio das minhas pernas aumentando e subindo pelo meu abdômen e seios, aqueles que Armstrong umedeceu com lambidas e beijos absurdamente excitantes. Eu soube que ela estava preparando o meu corpo para recebê-la, eu me sentia molhada, me encontrava rendida e necessitada do seu toque.

     Ela deitou o seu corpo agora totalmente nu sobre o meu e eu me arrastei na cama com ela me seguindo lentamente, assim, ela roçou em mim e afastou os travesseiros que eu empurrei de nós duas. Megan ergueu o corpo, jogou os cabelos para trás me entregando toda a beleza do seu rosto e sedenta, disse…

— Faremos amor do nosso jeito, meu céu!

— Megannn…— arfei sentindo o seu roçar no meio das minhas pernas em um rebolado lento e excitante. Minhas mãos correram desde as suas costelas para a sua cintura e a influenciei a continuar aquele movimento.

— Diga, minha princesa. — sussurrou em meio ao beijo no meu pescoço.

— Amor… apenas me dê o seu amor.

— Stella, você terá o prazer que merece.

     Megan respirou fundo e me beijou com vontade e começou a rebolar mais rápido, mantendo o nosso corpo em atrito. O seu movimento foi entrando em conexão com o meu, eu e ela nos movimentando e suspirando. Gemi e Megan tomou os meus gemidos para si com a sua boca colada na minha.

     Eu sob ela gemendo e suspirando, vendo aquele molejo gostoso e o brilhar de sua pele com aquela luz do quarto acima de nós. O cheiro de sexo romântico estava no ar, entre nós, me atiçando e me rendendo mais a ela.

     Com o nosso estímulo, eu ouvi o gemido dela misturado com o meu e chegamos ao clímax com vibrações e espasmos, parando os nossos movimentos e me deixando ofegante, como também ela, que sorriu embriagada e deitou sobre mim.

     Nós paramos o nosso amor quente por um momento e eu senti a sua respiração no meu pescoço, porém, eu necessitava mais dela e eu soube que ela também.

     Massageei os seus cabelos e não me importando com as palavras levianas que eu diria e muito menos com os pensamentos sexuais, eu pedi…

— Agora, amor… eu quero que você me foda do jeito que você gosta.

     Vi a silhueta do seu sorriso perverso e inesperadamente, fui virada sobre o corpo dela ficando sentada e ela puxou a minha nuca para me beijar. O beijo seguiu e eu gemi contra os lábios dela quando os seus dedos me penetraram com força. Ela entrou e saiu de mim várias vezes, antes de começar o movimento de vem dentro de mim, naquele ponto que ela sabia muito bem como tocar.

     Agarrei o seu tronco e o trouxe para o meu, deixando a sua boca nos meus seios me dando prazer. Abracei a sua cabeça que se movia, vi seus olhos fechados e a sua língua girando e mamando os meus mamilos enrijecidos. Sua mão não parou, seus dedos me penetravam cada vez mais fundo e eu puxei os seus cabelos para mostrar a ela que eu também tinha a minha vez naquele sexo insano e erótico.

     Eu estremeci quando gozei e tive o prazer multiplicado no meu corpo por ela não parar o movimento. Os espasmos vieram, os gemidos se foram, os suspiros ainda permaneciam, mas ela só parou quando me fez sentir todo o prazer.

     Em uma rapidez inexplicável, ela me virou e se encaixou no meio das minhas pernas, não se importando com a minha respiração, ela estava decidida.

     Eu estava embriagada e ela com sede. Ela desceu usando a língua, passou pelos meus seios, abdômen, umbigo e com um beijo, ela iniciou o movimento de sua língua quente na minha boceta. O meu corpo contraiu com uma vibração absurda por eu já estar sensível a qualquer toque. Gemi abafado e mordi os meus lábios, deixando Megan se satisfazer comigo e com o meu gemido.

     Com Megan lá embaixo, concentrada matando a sede, eu cheguei ao meu ápice pela terceira vez, mas foi mais rápido e deliciosamente mais intenso.

     Aquele foi um dos melhores momentos…

     Era a nossa noite de núpcias e o meu corpo e a minha mente estavam rendidos a tudo o que fosse acontecer.

     Megan deu um último beijo e seguiu pela minha virilha e coxa com beijos estalados, com os seus olhos fechados e com as suas mãos delirantes.

     Vi como ela deixou a minha coxa umedecida e logo ela sentou sobre a mesma, assim começou um roçar prazeroso em mim, em busca do seu próprio prazer.

     Me mantive sob ela, beijando repetidas vezes os seus lábios, assistindo o seu roçar e o seu rosto embriagado de prazer. Ela se mordia e suspirava, chegando cada vez mais perto do clímax.

     Megan abriu a boca em meio ao seu gemido suspirante e sustentou o seu corpo quando o tremor tomou conta do mesmo. Foi absurdamente excitante a sua chegada ao prazer.

     Megan jogou os seus fios negros para trás e de um jeito romântico se sentou por completo em cima de mim, que somente sentia vontade de voltar no tempo e repetir todo aquele amor.

     Ela enrolou os cabelos, respirou profundamente e quando voltou a me olhar novamente, tirando a minha atenção dos seus lindos seios, seu sorriso encantador me fez suspirar.

— Stella?

— Sim, amor? — falei entre um fôlego cortado e me perdi naquelas pupilas enormes, e naquela escuridão sexy que só ela tinha.

— Esta foi apenas uma prova do meu amor.

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