CAPÍTULO 4

[ … ]

Vimos a chama que fazia com que o balão vermelho flutuasse. Aquela chama acima das nossas cabeças. Estávamos dentro de um cesto e pelo meu ver e toque, parecia ser leve. O piloto, meu sogrão Mercier, tinha o controle daquele veículo. O balão flutuou com o vento e estávamos apenas nós três nas alturas, não sabendo exatamente onde o mesmo iria pousar.

Era uma adrenalina única que se tornou romântica e emocionante, aqueles sentimentos deviam somente por eu estar ao lado de quem eu amava.

Os braços de Megan me envolveram por trás, me entregando carinho, confiança, segurança e amor. Aquela nossa lua de mel em Florença estava sendo incrível, tanto que palavras não eram suficientes para descrever o tamanho da minha felicidade. Um misto de emoções no meu corpo, uma sensação incrível e prazerosa. O meu coração acelerado, o arrepio por sentir o vento das alturas nos meus cabelos, a beleza do céu abaixo das nuvens e a extensão da terra lá embaixo, uma extensão de jardins belos, casas de estilo antigo, me arriscaria a dizer que eram como as de estilo medieval e haviam algumas propriedades que pareciam castelos e eram admiráveis. E o que mais me fazia estar em paz e no modo reflexivo e sonhador, envolvida por sensações novas, era Megan.

Atrás de mim com o seu corpo colado ao meu e o queixo no meu ombro, Megan usava o tempo infinito no passeio de balão para me encantar com as suas palavras sussurradas na minha orelha. Suas mãos estavam a algum tempo apoiadas no cesto e a sua respiração apaixonante no meu pescoço…

— Sei que posso te levar ao céu de muitas maneiras.

Não me preocupei por Mercier estar ali de costas para nós sendo o nosso piloto. Os sussurros de Megan eram silenciosos e às vezes até o vento o impedia de chegar a minha audição.

— O que está achando da vista, amor?

— É tudo tão magnífico… nunca pensei que algum dia eu chegaria a isso.

— A sua história mudou, princesa… comigo ao seu lado você chegará onde quiser.

— Eu sei que sim e te agradeço por ser tão incrível, meu amor.

— Stella… você me agradece todos os dias apenas com esse seu olhar apaixonado e esse seu sorriso encantador.

Fiquei emocionada e um tanto vermelha, pois sentia as minhas bochechas arderem. Megan a cada dia que passava, se mostrava ainda mais apaixonante e apaixonada.

Megan estava se dedicando a mudar, ela estava cumprindo a promessa, no entanto, como ela mesmo falou em uma de nossas conversas tarde da noite, ela possuía inimigos, como era o caso do homem que tentou matá-la no estacionamento da empresa. Aquele insignificante foi um inimigo que ela fez no passado, então estava quase certo de que mais inimigos surgiriam, estes que eu não fazia ideia de quem poderiam ser.

Para a nossa lua de mel, Megan deixou a sua empresa nas mãos de um representante de confiança, já que não pretendia ter preocupações enquanto estivesse ao meu lado nos dias de lua de mel.

— Stella… — sussurrou sem pressa — eu costumava passear de balão, gostava de aproveitar todo o dinheiro que minha mãe me disponibilizava. A primeira senhora Armstrong era uma mulher visionária e endinheirada.

Sorri contra o vento e as mãos de Megan foram parar na minha cintura, toques delicados ela deixou ali e os meus arrepios aumentaram.

— Gostaria de ter conhecido a sua mãe.

— E eu gostaria de ter apresentado você a ela, mas… as circunstâncias impediram de termos este momento.

— Tenho para mim que Aurora, a minha eterna sogra, era uma mulher muito bonita.

— E o que te faz pensar nisso?

— Bom… Mercier é o seu pai, mas você não se parece com ele… toda essa sua beleza angelical você herdou de sua mãe.

— Sou de uma beleza angelical, é? — perguntou apaixonadamente e sua mão direita subiu para o meio da minha barriga com uma leve pressão e eu suspirei, sentindo uma onda quente descer para o meio das minhas pernas. Me senti fraca naquele momento — Eu sou um anjo para você, princesa?

— Sim, Megan. — falei entre um afago.

— E de qual tipo de anjo? — perguntou descendo a mão para dentro da minha jeans um tanto folgada, entendi o porquê da insistência dela nas minhas roupas.

— Caído.

— Por que caído?… Por causa do que sou na terra? Por que sou mal? — ela foi perversa com as palavras, ela não se ofendeu, na verdade, ela mostrou-me que estava cheia de vontades. E respirando um pouco, eu senti os seus dedos me tocando intimamente, exatamente dois dedos.

— Porque a sua maldade e luxúria são encantadoras.

— Agradeça a minha mãe por ter me feito assim. — Megan começou a girar os dedos no meu clitóris que por causa de seus toques e carícias já estava necessitado de alívio.

— Vou agradecer a ela… — falei deixando a minha cabeça cair para trás e deixando também o peso do meu corpo sobre a força dela, que me abraçou e beijou o meu pescoço — mas antes… peço que não continue com isso que está fazendo.

— Não se preocupe, amor… Mercier?

— Sim, filha? — o mesmo respondeu em alto e bom som e eu me constrangi. Não estávamos tão perto, mas era preocupante.

— Está na hora de você colocar os fones, não se esqueça do que tem que fazer.

— Ok.

Houve um alívio ali, mas para mim obviamente, e Megan continuou me masturbando, mas eu não gemi para ela, a minha boca estava fechada e a minha respiração cada vez mais descompassada. Iria ser fácil lutar contra o fôlego na garganta se fossemos permanecer em silêncio, no entanto, a minha esposa decidiu trocar palavras comigo no meio daquele momento de entrega e medo de eu ser ouvida pelo meu sogro. Não soube o que ela disse a ele, mas, ela confiava nele para estar fazendo aquilo em mim a metros dele. O seu plano eu não soube, mas tive papel principal nele, onde ela simplesmente faria e estaria feito.

— Você pode gemer se quiser… te prometo que antes deste balão pousar, te levarei ao segundo céu.

— Mas, Megan… — segurei o gemido e tentei não me movimentar, eu estava fraca e insegura — o seu pai… ele…

— Pense que ele é apenas uma estátua com fones de ouvido e que ele está escutando jazz no volume mais alto.

— Mas e se…

— Shh! — ela ordenou e me penetrou sem aviso e eu deixei escapar um gemido.

Com os olhos fechados, eu senti a sensação do clímax chegando e cada vez mais, eu sentia as pernas perdendo as forças. Pela posição de seus dedos dentro de mim, pude saber que ela estava me fodendo com o anelar e o médio.

— Antes de descermos… iremos tirar algumas fotos e selfies, está bem? — falou e a sua língua fez um caminho erótico no meu pescoço e orelha.

Com sensações e mais beijos em pontos sensíveis e apertos no meu seio, eu gozei pra ela e ela me segurou pela minha fraqueza, me dando a segurança e o alívio que eu tanto necessitava.

— Está bem, amor. — falei uns instantes depois, sentindo-me encharcada. Ela fez eu molhar a minha calcinha, então eu teria de ficar daquele jeito até o balão pousar e voltarmos para o hotel.

Os dedos dela, ela fez questão de chupar, assim me virou e me consumiu em beijos de língua excitantes.

Quando ela parou, deitou o seu queixo no meu ombro e me abraçou, assim eu vi que Mercier estava de costas, inerte e somente a sua cabeça se movimentava, certamente o jazz era contagiante. Foi até divertido ver aquilo. Será que ele não tinha ouvido nada mesmo? Viveria com aquela dúvida enquanto eu não tivesse coragem de perguntar.

Apesar de tudo, o sexo quente nas alturas foi maravilhoso. Como ela mesmo disse, eu fui levada ao segundo céu, aquele céu insano do prazer.

O balão continuou sendo levado pelo vento, o ar puro e frio deixou as minhas bochechas geladas e as de Megan um tanto avermelhadas. Só faltou o cachecol e a toca para ela parecer com um anime fofinho.

Quando Mercier se virou, ele nos encontrou registrando partes daquele passeio nas alturas com o celular prateado de Megan. Selfies foram tiradas, ambas sorrindo para a câmera frontal. Em alguns momentos ousamos fazer caretas, caras de deboche, de sorrisos salientes e de olhares apaixonados, mas também houveram fotos em que nos beijamos.

Naquele momento, rimos do olhar analisador de Mercier, melhor sogro do que ele não existia. Não tínhamos uma comunicação“ fértil ”por assim dizer, mas ele nunca me desrespeitou e muito menos me desprezou. Tivemos um começo de história complicado, no entanto, aquilo foi esquecido. Ele foi o primeiro com quem troquei palavras agressivas, mas depois daquela vez, não houve mais atrito entre nós. Era compreensível agora, olhando pelo lado dele, ele era o pai da poderosa Armstrong e por isso do cuidado. Ele era um senhor admirável.

O passeio acabou e o meu coração amou ainda mais Megan Armstrong, como ela a mim.

•••

Deitada na cama sobre os travesseiros e de pernas fechadas, quase me entregando ao sono e vendo o pôr do sol de Florença, eu senti uma umidade prazerosa na parte de cima de um dos meus pés. Beijos carinhosos percorreram o meu calcanhar, perna, joelho, coxa e chegou a minha mão deitada no colchão. Eu sabia que era a mulher perigosa.

Senti o peso do corpo de Megan afundar o colchão ao meu lado e quando abri os olhos, me deparei com ela segurando uma rosa vermelha no meio dos centímetros que separavam os nossos rostos.

O seu sorriso gentil envolvido por seus azuis escuros me fizeram sorrir e tocar o seu maxilar carinhosamente. Ela tocou a rosa vermelha na ponta do meu nariz e parafraseou…

— Essa rosa representa a realização de um dos desejos do diário.

— Lembro-me claramente. — falei fazendo um carinho no seu maxilar.

— Hoje, neste pôr do Sol, eu te entrego esta rosa como prova do meu amor e o farei todos os dias. Prometi a você que te faria feliz, que cuidaria de você e que te amaria… e é isso que farei.

— Megan… você já mostrou que me ama, meu amor.

— E continuarei te mostrando e demonstrando o que sinto por você.

— Amor… eu quero apenas que sorria mais.

Ela abriu um sorriso largo e um tanto saliente. Ela estava pensando perversidades…

— Gosta deste sorriso, princesa?

— Sou apaixonada por ele.

Com rapidez e volúpia, ela me deu os seus lábios e o domínio de seus braços me cercando e me puxando para ela. Não resisti a ela. Sempre me renderia ao poder que ela tinha sobre mim.

[ … ]

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