O avião cortava os céus, trazendo-me de volta à minha mansão. A ansiedade pulsava em meu peito, misturando-se à antecipação do reencontro com Sofia. Cada momento de separação parecia ter ampliado a importância dela em minha vida.
Ao entrar na mansão, o aroma familiar e reconfortante envolveu-me. Heitor aguardava no saguão, sua presença sólida como um farol de confiança. Assim que Lana me viu, o sangue pareceu fugir da sua face, a deixando com semblante pálido.
— Como foi em Hong Kong, querido?
— Correu como esperado, Lana. Agora, preciso ver Sofia — respondi com uma urgência inegável na voz. Ela queria me dizer algo, mas não deixei.
Subi as escadas com passos decididos, a porta do quarto dela à minha frente. Ao abri-la, não encontrei-a ali, o quarto estava do mesmo modo, organizado.
Sai do quarto e caminhei até o jardim em passos largos. Enquanto andava, chamei por ela várias vezes:
— Sofia? — Minha voz ecoando pelos corredores vazios. O silêncio era a única resposta.
Percorri cada cômodo, esperando encontrar algum sinal dela, mas tudo o que encontrei foram lugares vazios. Minha mente começou a girar em uma espiral de preocupação e medo.
Ela também não estava no jardim. Eu olhei para além dos portões da mansão. Nada. Ela havia desaparecido sem deixar rastro. A incerteza e a impotência me envolviam como uma sombra fria.
A mansão estava silenciosa, e a ausência de Sofia pesava como uma pedra no meu peito. O vazio que ela deixou era palpável, e a preocupação começava a se transformar em desespero.
— Onde está Sofia? — gritei, minha voz ecoando pelo pátio.
Ninguém parecia ter respostas. Olhares confusos e temerosos se encontravam, refletindo a perplexidade de todos. Minha paciência estava se esgotando rapidamente.
A raiva borbulhava dentro de mim, misturando-se à preocupação. Chamei todos os seguranças e funcionários, reunindo-os diante da mansão. Minha voz era cortante, carregada de frustração. Meu olhar furioso percorreu cada rosto, exigindo respostas que ninguém parecia ter.
— Ela não pode simplesmente desaparecer! — continuei, as palavras saindo como um rugido. — Ela não pode ter saído da mansão sem que tenham visto!
Exigi que cada centímetro da mansão fosse revistado, que cada canto e recanto fosse examinado em busca de qualquer sinal de Sofia. A tensão no ar era palpável, uma mistura de medo e determinação.
Horas se passaram, mas a busca continuava infrutífera. O desespero crescia, misturando-se à frustração. Onde poderia estar Sofia?
— Ela não está senhor, e também não a vimos sair pelos portões. — disse Carlos.
Peguei a minha arma na cintura e apontei para ele. Carlos apertou os olhos, esperando que eu atirasse. Enquanto Lana, estava tentando segurar o choro.
Foi então que Heitor se aproximou, sua expressão séria e compreensiva. Ele era o único que podia enfrentar a minha fúria e meu desespero com calma.
— Ferrari, precisamos agir com cautela. Vamos ampliar a busca e contatar as autoridades locais. Encontraremos Sofia, eu prometo — disse ele, com uma determinação firme.
Assenti, reconhecendo a sabedoria nas palavras de Heitor. Era hora de usar todos os recursos disponíveis para trazer Sofia de volta para casa, onde ela pertencia.
Finalmente, quando a noite caiu e a mansão estava mergulhada na escuridão, parei diante da janela, encarando o vazio lá fora. A sensação de impotência era avassaladora.
— Onde diabos ela pode estar? — rosnei para mim mesmo, as palavras saindo em um grunhido.
Liguei novamente para o celular dela, mas estava desligado. Imediatamente me recordei das câmeras de segurança da mansão.
A mansão ecoava com o eco do meu passo impaciente. Cada segundo sem notícias de Sofia aumentava a pressão em meu peito, alimentando a chama da fúria que ardia dentro de mim. Heitor vinha logo em meu encalço. Entrei em meu escritório, sentei-me na cadeira giratória e comecei a procurar em todas as gravações algo que me levasse até ela.
Na imagem vi claramente quando Sofia entrou no porta-malas do carro de Pedro, eram quase 1h da manhã quando ela entrou e ficou dentro. Fechei minhas mãos, segurando minha raiva para não quebrar o meu notebook.
— Sofia, Sofia. — resmunguei.
Heitor aproximou-se vendo as gravações também. Naquele momento me lembrei das minúsculas câmeras que coloquei em cada compartimento da casa. Principalmente no quarto de Sofia e em todos os outros.
— Você colocou câmeras no quarto de sua esposa? Não confia nela? — Heitor indagou, com semblante curioso.
— Mantenho Sofia totalmente vigiada aqui, meu caro amigo. Eu confio nela, só não confio no meu irmão.
Heitor ficou calado, sentado na cadeira à minha frente. Eu assisti todas as gravações, minha raiva subiu para o nível máximo quando vi Sofia no quarto de Pedro, e a forma como ele a agarrou. Peguei o notebook e arremessei contra a parede.
— Maldito seja, Pedro Ferrari.
Passei as mãos pelos cabelos bagunçados. Eu estava cansado da viagem. Sim, eu estava. Mas eu vou atrás de Sofia agora mesmo, e vou trazê-la de volta. Ela é minha, é minha propriedade e não vou deixá-la escapar.
Virei-me para Heitor, coloquei a mão em seu ombro:
— Heitor, confio plenamente em você para cuidar dos negócios enquanto estou ausente. E também confio em sua sabedoria para orientar-me nesse novo capítulo de minha vida pessoal — disse, olhando diretamente nos olhos do meu fiel braço direito.
Ele assentiu, aceitando a responsabilidade com a dignidade de sempre. Era reconfortante saber que a mansão e meus negócios estavam em mãos tão capazes.
— Vou buscar minha mulher, nem que eu vá até o inferno para resgatá-la. — falei saindo dali.
Parti novamente, mas desta vez, meu coração estava em paz. Sabia que, não importasse o que o futuro reservasse, teria Sofia ao meu lado novamente, e não vou mais deixá-la fugir de mim dessa forma.
E assim, enquanto o avião decolava rumo à Itália, olhei para o horizonte. Tentei disfarçar a raiva que estava me consumindo. Os vídeos que eu vi pareciam passar pela minha cabeça lentamente. Não consigo imaginar as mãos daquele cretino no corpo da minha mulher.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Elizabeth Fernandes
Ela pois Pedro em apuros
2025-02-27
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Adriane Alvarenga
E o pior que ele não tem culpa....Pedro é inocente....
2024-11-08
1
Zulma Oliveira
mais foi ela não o irmão
2024-11-07
0