Capítulo 10

Sofia está certa, eu não queria ter que admitir isso. Então, para começar, se eu quero tê-la, tenho que fazer como ela me disse. Conquistá-la com "inteligência"!!! Minha inteligência é diferente de todas, é única e rara. Eu a uso ao meu modo. Pedi logo a mão dela em casamento, não perco meu tempo em namoricos. Quero-a para mim, e vou ter.

— Eu não vou me casar com você! Vou embora daqui, isso está um saco.

Sofia se levantou da mesa, empurrando a caixa de joia para longe de si. Apenas fiquei ouvindo as suas palavras e seus ataques. Ela falava cada coisa que me deu vontade de rir, ainda mais quando disse que iria atrás de um advogado e que iria me colocar na cadeia.

— Você é bem ingênua, Sofia. Achei que você havia entendido a situação. Mas já vi que não.

— Entendido? Entendido o quê?

— Sofia, você está em desvantagem aqui. Eu tenho muito dinheiro, e se eu quiser calar a boca do juiz, dos advogados e de qualquer um que seja, e ainda te colocar atrás das grades, eu faço com muita facilidade. E ainda por cima, acabo com a sua família num estalar de dedos.

Sofia ficou paralisada, e branca como um papel. Ela não sabia o que falar.

— Quem é você?

Ela me encara, enquanto me faz a pergunta.

— Venha, vamos comer, antes que a comida esfrie.

Puxei a cadeira, e Sofia sentou-se, sem dizer uma só palavra.

— Não quero que me veja como um inimigo, Sofia. Quero que você passe a gostar de mim. Tudo bem, pode me chamar de doido, ou do que quiser. Mas, continuo a dizer que eu quero você, e quero te conquistar da forma correta. É só você facilitar as coisas, e não bater de frente comigo com essa sua teimosia. Agora coma, não tocou na comida.

Sofia estava mais calma, ou sabe fingir muito bem.

— Estou sem fome, Ferrari. Agradeceria muito se você me deixasse ir. Preciso ir para casa.

— Deixarei, se você aceitar o meu pedido. Preciso que me diga se aceita casar comigo.

— Não tenho escolha.

Disse, e mostrei um sorriso calmo a ela. Fiquei feliz por sua resposta. Então, aquilo é um sim.

— Mas, quero que saiba, que assim como você, tem as suas próprias regras, e as impõe. Eu também tenho as minhas.

— Continue...

— Preste bem atenção, não é só porque aceitei casar com você que vou fazer todos os seus caprichos, e muito menos vou me entregar a você.

Prestei atenção em tudo o que Sofia falava, enquanto eu degustava o meu bom vinho caro.

— Sobre essa questão de não querer ser tocada por mim, você não está em nenhuma condição de exigir. Mas, vou tentar ao máximo não te forçar a nada, vou esperar que você me procure, e eu te saciarei. Com todo prazer! E em questão dos meus caprichos, enquanto você fizer tudo certinho para ter a minha confiança, eu não ficarei no seu pé.

Assim que terminamos de conversar sobre tudo isso, liguei para o meu segurança que havia dispensado para vir pegar Sofia e deixá-la em casa. Mas, a teimosa queria ir sozinha.

— Não vou deixar que ande sozinha, ainda mais a essas horas da noite.

— Sei me cuidar, Ferrari, e se eu disse que não preciso, é porque não preciso que me levem.

— Você é bem teimosa e complicada. Não passe por cima das minhas ordens, vá de carro com o meu segurança, e ponto final.

Sofia pegou a bolsa que usava, e foi saindo na minha frente. Me levantei e a alcancei, pegando em seu braço. Na forma como a puxei para mim, seu corpo veio de encontro ao meu. Pude sentir o seu perfume suave de flores.

— Preste bem atenção onde você vai pisando, Sofia. Vou confiar em você. Não faça com que eu me arrependa de te deixar ir, minha bela Ragazza.

Olhei nos olhos dela enquanto falava. Notei que, de vez em quando, Sofia olhava para a minha boca.

— Senhor. — Raison, o meu segurança, adentrou a sala, quebrando aquela bolha que nos rodeava.

Sofia se afastou abruptamente, e saiu praticamente correndo, adentrou o carro e fechou a porta. Raison a levou para casa.

Assim que saí de casa, dei uma passada na minha mansão. Tomei um banho para aliviar a tensão que Sofia deixou em mim. Passei um bom tempo debaixo do chuveiro. Ao sair do box, caminhei até o closet, escolhi uma roupa social e me vesti.

Em seguida, entrei no meu carro e segui para a minha casa noturna. Hoje, eu tinha mais uma reunião com alguns russos que haviam me ligado na semana passada. Ultimamente, não tenho parado, são reuniões atrás de reuniões e questões para resolver.

Cheguei à minha casa noturna, um local imponente com luzes cintilantes que ecoavam pela rua. Ao entrar, fui recebido pelo burburinho da noite e pelo som pulsante da música. Cumprimentei os presentes com um sorriso, enquanto me encaminhava para a área reservada onde a reunião estava programada para acontecer.

Os russos estavam lá, sérios e imponentes, aguardando minha chegada. Sentamo-nos e começamos a discutir os negócios que nos reuniam naquela noite. Cada palavra e decisão eram cuidadosamente ponderadas, afinal, o mundo dos negócios é um jogo de estratégia e confiança.

Após a reunião, voltei para casa, refletindo sobre as questões discutidas e os passos a seguir. A vida no topo não vem sem seus desafios, mas é onde eu pertenço. Amanhã será outro dia de reuniões e decisões a serem tomadas, e estarei pronto para enfrentá-los.

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