Capítulo 12

Acordei cedo, me levantei da cama e caminhei diretamente até o box. Me livrei das roupas e fui tomar um banho. Fiquei quase uma hora debaixo d'água; as unhas estavam roxas e os dedos enrugados. Só saí porque o meu celular tocou em cima da cama. Peguei a toalha, me enrolei e fui até o quarto para atender. Era a Lili me ligando.

— Fresca, você me largou na boate, poderia ter me dito que iria para um motel com aquele homem delicioso. E aí? Ele é dotado?

— Não fui à nenhum motel, Lili.

Minha amiga é mais safada do que todas as safadas do mundo juntas. Lili sabe que nunca fiz esse tipo de coisa, nem quando eu estava namorando. Por que faria com alguém que sai da fresta? Dotado? Que isso?

A garota só pensa em putaria.

Dei uma desculpa qualquer a ela, enrolei a história sobre o homem que ela viu e depois encerrei a ligação. Sequei rapidamente os cabelos, e os deixei soltos mesmo. Meu celular tocou em cima da cama, eu atendi.

Era a minha patroa; ela me ligou somente para me despedir do trabalho. Não achei estranho, já que estou quase acostumada com essa situação que Ferrari provoca, e sei que foi ele quem fez ela me despedir.

Peguei as minhas malas em cima do guarda-roupa e joguei todas as minhas roupas dentro.

Hoje eu me livro daquele louco!

Peguei o meu celular e mandei mensagem para Ferrari. Falei que não iria poder ir almoçar com ele porque eu não estava me sentindo bem. Sem demora, recebi uma ligação.

— Não venha com desculpas, Sofia. — disse ele com raiva.

— Não estou com desculpas, estou falando que não dá para ir hoje, pois não estou bem. — respondi, nem aí para sua zanga.

— Não mandei você beber. — disse, encerrando a ligação.

— Canalha, bruto e grosso. — falei jogando o celular contra a parede, que se quebrou em duas bandas.

Peguei as minhas malas e saí puxando. Expliquei a minha tia sobre o trabalho, e me despedi dela. Ela me deu um beijo, e também foi arrumar as malas, com a ajuda da tal amiga, que ela me disse que iria para a casa dela. Eu nem tomei café, tomo na viagem.

Já do lado de fora, bati com a mão para um táxi. Entrei, e o mesmo me levou até o aeroporto. Chegando lá, comprei as minhas passagens para Portugal. Me sentei em uma das poltronas, esperando o meu voo sair.

Assim que ele foi anunciado, senti mãos fortes me puxarem. O meu corpo congelou no mesmo instante, quando vi Ferrari bem ali, diante de mim, com aqueles seus malditos olhos negros de ódio.

— Olá, princesinha fugitiva? — disse me carregando para fora. Ele não se importava com as pessoas que estavam ali. — Então, estava indisposta hoje, não é? — ele me perguntou.

Já do lado de fora, Ferrari me encostou no carro dele, colocou os braços na altura da minha cabeça, me prendendo entre eles.

— O que faço com você, bebê? — ele me perguntou.

— Por que não me deixa em paz, Ferrari? Me deixa ir. Você mesmo acabou com a minha vida, não tenho onde morar e muito menos tenho trabalho. E tudo isso, por sua culpa. — fechei as mãos, e comecei a esmurrar o seu peitoral. Não sei onde achei tanta coragem.

— Te deixar ir? Não posso perder você. É minha Sofia, já esqueceu disso? Posso te lembrar todos os dias, se quiser. — disse se aproximando para me beijar, mas eu virei o rosto.

Ferrari abriu a porta do carro, colocou as minhas coisas dentro, enquanto eu entrava. Seguimos estrada logo depois. O caminho todo, eu me mantive calada, não iria gastar a minha saliva com aquele cretino.

— Vamos comer alguma coisa. E depois, vou te levar para a nossa casa. — disse calmamente.

Continuei em silêncio.

— Eu preciso que você seja uma boa menina, eu não estou te machucando, e muito menos passou pela minha cabeça, te machucar. Isso nunca. Só quero que me ame, como eu mereço.

— Te amar como merece? Você merece desprezo, por me obrigar a amar você. — cuspi as palavras nele.

— Entenda, que esse é o meu modo de ser. — disse calmamente.

— Já tenho até medo, do seu "jeito de ser". — falei, fazendo aspas com os dedos. — E não esqueça, do que você me prometeu. Disse que não me obrigaria a fazer nada com você.

— Não me esqueço do que prometo, baby. Mas isso, eu não prometi. — disse ele. — O que eu falei, é que vou tentar não te tocar.

Eu pensei em pular no pescoço dele, tava nem aí, se o carro capotasse, e morrermos. Porém, seria burrice da minha parte, acabar com a minha vida, por causa disso. Não tenho para onde fugir. Ferrari me tem nas mãos, e faz questão de jogar isso, na minha cara. Observei a paisagem, através do vidro do carro, melhor do que olhar para a cara dele.

— Tenho raiva de você Ferrari, não sei como vou viver na mesma casa com você, e olhar para sua cara.

— É só fechar os olhos, Principessa.

Passamos em um restaurante, comemos uma comida deliciosa, e seguimos viagem. Entramos em um caminho de piçarras ao lado tinha várias árvores floradas em fileiras. Seguimos adiante, e eu pude observar, uma mansão enorme e muito bonita.

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Comments

Cirene Bandeira

Cirene Bandeira

ele está apaixonado por ela codato

2023-12-31

5

Joselia Freitas

Joselia Freitas

Ele é mesmo doido 💕🤣🤣😁😁🧹👏👏👏❤️👏💋

2023-11-25

1

Eliziene

Eliziene

eita

2023-11-21

1

Ver todos

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