Capítulo 15

O homem me olha com a cara fechada. Fechei o portão e olhei para ele, tentando me explicar. Mas gaguejei, mais do que falei. Saí dali correndo para dentro da mansão, não sei como encontrei coragem para tal ação. Nem pensei no cachorro, que poderia sair correndo atrás de mim e me morder. Mas a bixinha é bem obediente. Ficou parado lá, onde o dono mandou ele ficar.

Eu não iria dar satisfação a ele, e sei que vai dar com a língua nos dentes para Ferrari. Sem ao menos saber para onde eu estava correndo, esbarrei em uma das funcionárias, e sem querer, fiz ela derrubar todas as roupas de Ferrari no chão, de tão desastrada que sou.

— Perdão, eu não queria... Eu não. — tentei me explicar para ela, mas a voz não saía.

— Sem problemas querida. — A voz de Lana soou atrás de mim. — Lídia acabou de sair do seu quarto, ela organizou tudo por lá, aonde você estava? — Lana pergunta, observando a moça chamada Lídia, juntar todas as roupas do chão e em seguida sair dali.

Após um pouco de conversa com Lana, eu segui para o meu quarto. Tomei um banho, escovei os dentes e fui deitar na cama, terminar de ler o livro que eu estava lendo agora pouco. Me recordei do meu celular, procurei por todo canto, e o encontrei dentro da gaveta do criado mudo. Fui na lista telefônica e busquei pelo nome da minha amiga, mas não encontrei. Todos os meus contatos, até os dos meus pais, foram totalmente apagados. Não tinha nada, tudo limpo.

Aí que raiva, inferno!!!

Não sei quem mexeu em tudo, e apagou. Não vi Ferrari com o meu celular, e as únicas que entram aqui, são as funcionárias. Porém, não posso culpá-las de nada, porque não tenho provas. Lana adentra o meu quarto, anunciando que o jantar será servido às 19:00h.

— Obrigada Lana, mas não estou com fome. — avisei.

— Não quer comer algo mais leve? — Disse ela. — Chá ou leite?

— Me traga um chá, por favor! E de camomila. — falei vendo ela sair do quarto.

Continuei ali no quarto, olhando o celular que estava totalmente zerado. Não tinha nem minhas mensagens. E o pior de tudo, é que nunca decoro número de ninguém.

Enquanto Lana não vinha, trazer o meu chá. Resolvi fechar os olhos, e descansar um pouco a mente. Quando eu estava quase cochilando, a porta do meu quarto foi aberta abruptamente, me fazendo quase ter um enfarto. Pensei que estava sendo atacada por alguém. Mas, só era o cavalo do Ferrari, adentrando o meu espaço, com aquela cara de cü dele.

— Tentou fugir daqui, não foi? — Ele indagou, com aquele olhar, de quem queria me fulminar viva.

— Poxa! As notícias correm rápido, não é? — ironizei, me levantando de uma vez da cama. Uma parte do meu vestido subiu, revelando a minha coxa e uma boa parte da minha calcinha.

O olhar dele subiu pela minha coxa, até chegar na parte da minha calcinha, que estava à mostra. Rapidamente, eu me ajeitei e senti as minhas bochechas corarem de vergonha. Ferrari estava bonito, vestido em uma roupa social, que ficava bem ajustada no seu corpo escultural. Os seus cabelos estavam molhados, a barba por fazer, como sempre.

— Caramba Sofia, você está a poucas horas aqui, casou agora pouco, bem dizer. E já está me arrumando problemas. — disse ele soltando a respiração, que estava prendendo.

Fiquei calada, não queria discutir com ele, não naquele momento. Porque eu estava me sentindo muito mal. Não gosto de ficar dentro de uma casa, fechada como um pássaro na gaiola.

— Sofia, eu estou falando com você. Me responda cacete!!!

— Eu simplesmente, não queria ficar aqui nessa casa, trancada Ferrari. Eu sempre fui livre, saía para me divertir, para espairecer um pouco. Você não pode fazer isso. — gritei.

— Com você, eu faço o que eu quero Sofia, você é minha. — Ferrari disse calmamente. Ele foi se aproximando lentamente, até ficar perto de mim. Perto o suficiente, para que eu sinta a sua respiração pesada, bater contra o meu rosto. — Não tente fugir novamente, se isso se repetir, você vai se arrepender. — Disse, passando o seu dedo polegar, nos meus lábios. — Te espero na sala de jantar. — Ferrari sai do meu quarto, batendo a porta.

— Pois que fique esperando, não vou jantar com ele, nem aqui e nem na China. Quero ver me obrigar. — falei baixinho.

Alguns segundos se passaram, e até agora, Lana não voltou com o que eu pedi. Provavelmente, Ferrari deu ordens a ela, para não trazer o chá para mim, por estar a minha espera na sala de jantar. Ele que fique lá, esperando igual um idiota.

Lana adentrou o quarto, me dando o recado, de que Ferrari está a minha espera na sala. Eu disse a ela que não vou, e dê o recado a ele. Assim ela fez. Não demorou muito, para que eu veja a maçaneta da porta ser girada, e Ferrari invadir o meu quarto.

Ferrari massageia a têmpora, e me encara.

— Sofia, eu estou tentando ser paciente com você. Mas, eu vejo que você não entendeu, como as coisas funcionam por aqui.

Eu dei de ombros, tentando ignorar ele. Mas, eu só vejo Ferrari vir até mim, e me puxar com força brusca, me encostando em seu corpo rígido.

— Você precisa entender que não pode simplesmente sair sem aviso. Há regras nesta casa e você deve segui-las. — Ferrari falou, sua voz grave ecoando no quarto.

Olhei nos olhos dele, mantendo minha determinação. Não ia permitir que ele me intimidasse.

— Eu não pedi para estar aqui, Ferrari. Você me obrigou a isso. Não sou sua propriedade. — respondi, firme.

Ele pareceu surpreso com minha resposta. Nossos olhares travaram por um momento tenso. Então, ele soltou um suspiro.

— Você é minha esposa agora, Sofia. É meu dever garantir sua segurança e bem-estar. Isso significa que você deve seguir as regras desta casa. — explicou ele, seu tom um pouco mais suave.

— Casamento não deveria ser baseado em imposições e controle. Deveria ser sobre respeito e compreensão mútua. — retruquei, mantendo minha posição.

Ferrari pareceu refletir por um momento. Então, soltou-me e deu um passo para trás.

— Eu entendo sua frustração, Sofia. Vamos tentar encontrar um meio-termo, um entendimento. Mas precisa entender que certas coisas não podem ser mudadas. — disse ele, parecendo mais disposto a dialogar.

Ficamos em silêncio por um momento, absorvendo as palavras um do outro. Percebi que talvez houvesse uma chance de nos entendermos, mesmo diante das circunstâncias.

— Vou dar um tempo e depois irei até a sala de jantar. — falei, quebrando o silêncio.

Ferrari assentiu, parecendo concordar com a decisão. Ele saiu do quarto e eu fiquei ali, reunindo meus pensamentos.

Mais tarde, quando finalmente me dirigi à sala de jantar, encontrei Ferrari à espera.

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Comments

Julia Santos

Julia Santos

ele é um nojento escroto ela casou obrigada
fez sacrifício ele ameaçou mas pelos o que ela ama isso aconteceu né

2024-03-07

1

Tânia Campos

Tânia Campos

Ela é tinhosa!!!
🤣🤣🤣🤣🤣🤣

2024-02-20

1

Lucia Maria

Lucia Maria

estou amando o jeito dela não dá mole pra ele

2023-11-18

5

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