Capítulo 14

A respiração de Ferrari estava bem pesada. Senti-a contra o meu rosto. Pude notar sua ereção através da calça. Era evidente o volume que se formara ali. Não podia negar naquele momento, também o queria. Ansiava sentir seu corpo, seus toques. Embora nunca tivesse experimentado isso antes, era algo novo que desejava explorar.

Porém, a vida me despertou, lembrando-me do que ele me fez e por que estou casada com ele.

— Me solta. — sussurrei. — Por favor. — implorei, afastando-o.

Ele me olhou. Seu olhar de desejo se transformou em seriedade. Logo um sorriso adonou os seus lábios avermelhados.

— É uma pena que não queira provar o prazer que lhe ofereço, e o que lhe falta. — disse com um sorriso zombeteiro. — Vou sair, tenho questões a resolver. — Ferrari virou-se para partir.

— Eu também, quero pegar outras roupas que ficaram no apartamento. As que trouxe foram poucas. — minto. Eu já havia traçado planos de fulga na cabeça. Mas, eu sei que Ferrari é bem esperto, e não vai me deixar ir.

— Esqueça, não sairá daqui. — disse, encarando-me. — Compraremos outras roupas, não se preocupe, senhora Ferrari, dinheiro não me falta.

— Não pode me manter presa aqui, Ferrari. Tenho uma vida lá fora, tenho família e amigos. E logo, eles vão me procurar.

— Estou sem tempo para discutir esse assunto com você, princesa. — disse, verificando o horário em seu relógio caro. E saiu logo em seguida.

— Não me deixe aqui, falando sozinha, Senhor Ferrari. — Gritei, vendo-o se afastar.

— Descanse, Sofia, até breve. — disse.

Ele me ignorou, afastando-se, deixando-me sozinha. Antes que chegasse à porta, proferi:

— Vou sair daqui, a qualquer custo.

Ele me olhou e balançou a cabeça em negação. Um sorriso cínico adornava seus lábios. Ferrari veio até mim, apertou meu queixo com suas mãos, e beijou meus lábios após mordiscá-los.

— Não será tão fácil assim, querida. — disse ele, arrumando a mecha do meu cabelo atrás da orelha. — Esta fortaleza, onde reside agora, conta com mais de cem seguranças treinados e armados. — Em seu tom de voz, ele parecia vitorioso. Sorriu novamente, enfiou as mãos nos bolsos e deixou o quarto.

Que homem é esse? Deixou-me completamente atônita.

Recomponho-me, sentando-me sobre o que será minha cama. Uma batida na porta tira-me dos meus pensamentos. O bom aroma de perfume masculino parece ter se impregnado em mim.

— Oi. — falei.

— Posso entrar, senhora Sofia? Sou eu, Lana.

Permiti sua entrada. Também pedi que não me chamasse de senhora, apenas de Sofia. Não me sinto confortável sendo tratada com tanta formalidade, apesar de estar casada com Ferrari.

— Sabe, Lana, eu não queria estar aqui. Sinto falta da minha família. Agora, não sei se algum dia os verei. — olhei para ela, que sentou-se ao meu lado na cama.

— Não fique assim, querida. Tudo dará certo. O menino Ferrari é assim mesmo. Quando estiverem mais acostumados um com o outro, quem sabe ele não te leve até a sua família. Ele é um homem bom, vai ver. — disse ela, segurando minhas mãos.

— Te entendo, mas tudo ficará bem. Você vai ver. Só pensa positivo. — disse ela.

Mostrei um sorriso a Lana, agradeci pelo conselho e incentivo. Ela me abraçou carinhosamente. Agora sei por que Ferrari a considera como uma mãe. Ainda bem que Lana está aqui, para não me deixar no tédio.

— Vou fazer um bolo de cenoura, quer ir comigo até a cozinha? — Lana perguntou, levantando-se.

— Claro que sim, mas quero te ajudar a fazer. — falei animada.

— Não, não posso fazer isso. — disse ela. — Se o menino souber, ele vai brigar comigo. A esposa dele jamais poderá se meter na cozinha. Por esse motivo, ele nos contratou. Cada uma tem uma atividade diferente aqui.

Acompanhei Lana até a cozinha. Mesmo ela dizendo que eu não poderia colocar a mão na massa, eu o fiz. Ajudei-a a fazer o bolo, e agora estou aqui no balcão saboreando-o com um suco natural de abacaxi. Após isso, Lana me mostrou toda a mansão, e principalmente a biblioteca. É um lugar enorme e bem organizado.

Lana me deixou ali, peguei um dos livros e fui para o jardim. Já no jardim, observei um labirinto enorme, e na sua frente, algumas roseiras. Tudo ali, realmente é lindo. Observei ao meu redor, e não vi nenhuma segurança. Fui caminhando devagar até o portão, abrindo-o com cuidado. Olhei a longa estrada que teria que percorrer assim que conseguisse fugir.

Congelei, ao ouvir um cachorro latir bravo na minha direção.

— Calma, Mel. Ela é conhecida. Não mexa com ela. — Disse um segurança atrás de mim, que parecia ter dois metros de altura. Tatuado, moreno e forte.

O cachorro obedeceu no mesmo instante. Deitou-se no chão, colocando a língua para fora.

— Onde pensa que vai, senhora? — perguntou, mascando um chiclete tranquilamente.

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Comments

Eliane cordeiro

Eliane cordeiro

um homem bom kkkkkk essa é boa o cara sequestra ela e obriga ela casar e manter ela presa, e ele é bom? kkkkk isso é piada né

2024-03-13

1

Tânia Campos

Tânia Campos

Estou amando!!!

2024-02-20

1

Elaine Silva

Elaine Silva

Está ficando emocionante...

2023-11-27

2

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