Primeiro Encontro

O que você sentiu ao iniciar um namoro? Frio na barriga, excitação, emoção, ansiedade? Bom eu nem sei descrever o que estou sentindo... Mas o que mais quero é que acabe logo!

...Aslan...

Eu adiei a chegada da Atena o máximo que pude. Eu realmente não quero ter que dividir a minha casa com ninguém. Que inferno!

Só de pensar que perderia a minha paz por no mínimo 18 anos, porque depois que a Atena for embora ainda vou ter um filho para criar. E ele vai morar comigo, obviamente.

Mas agora ela já está aqui na capital. Engraçado que ela parece feliz, mesmo com esse contrato maluco que propus a ela. De fato a Atena não é uma mulher comum. E eu tenho me divertido um pouco, no começo eu estava sendo insuportável, mas agora tenho me esforçado para ser legal, e acho que ela está começando a gostar de mim, de certa forma. E eu simpatizei com ela, bastante.

— Ta pensando em quê? — Maina entrou na minha sala, e me retirou dos meus pensamentos.

— Em como seria legal, você bater antes de entrar na minha sala. — Fui irônico.

— Foi mal, mas eu amo te surpreender. — Ela falava sorrindo. — E aí como vai o namoro?

— Bom, ainda não estamos namorando. — Falei me levantando. — Dei uma semana para ela se organizar na faculdade, mas amanhã vou chama-la para jantar. — Parei de frente a janela. — Vamos começar a aparecer em público.

— Já pensou como vai ser caso você se apaixone por ela? — Maina falava como se fosse uma adolescente lendo uma fanfic.

— Eu? Me apaixonar? — Falei rindo fraco. — Você me conhece? Sabe quem eu sou Maina? Quando foi que me apaixonei na vida?

— Para tudo existe a primeira vez Aslan.

— Eu não vou me apaixonar, ok! Tudo que mais quero é que isso acabe logo, e eu possa ter a minha paz de volta. — Falei me virando novamente para a janela.

— Ok, e quando vou conhecer a Atena?

— Logo! Vou marcar um encontro com você e o Stuart. — Falei sério. — Vamos fazer esse namoro parecer o mais real possível.

— Ok, ficarei aguardando esse convite. Vou voltar ao trabalho. — Maina sai e continuo observando a paisagem, até que decido ligar para a Atena e acertar as coisas do encontro de amanhã.

— Bom dia, meu amor! — Ela atende sorridente.

— Bom dia, amor! — Respondi sério. — Então amanhã a noite vou te buscar no alojamento para jantarmos, vamos dizer que vou te pedir oficialmente em namoro essa noite.

— Ah, certo. — Ela parecia nervosa agora. — E... vamos... dormir juntos? — Ahhh! Esse era o motivo do nervosismo dela.

— Ainda não. Depois de amanhã tenho uma viajem importante e preciso me concentrar nisso. Então vamos deixar essa parte para quando eu voltar. — Eu jurei proporcionar um momento incrível na primeira experiência dela, e não queria fazer isso às vésperas de uma viagem importante como essa.

— Certo. E quando você volta?

— Em um ou dois meses.

— Tudo isso?

— É, vou assinar um contrato importante e só volto quando o produto estiver lançado no mercado.

— Entendo, deve ser bem cansativo todo esse trabalho e essas viagens. — Ela falava de forma carinhosa.

— É sim, mas eu amo o meu trabalho. Enfim, conversamos melhor amanhã.

— Ok, então até amanhã, meu amor!

— Até, meu amor! — Respondi ainda sério e desliguei.

No dia seguinte.

Na hora marcada eu cheguei no estacionamento próximo ao alojamento onde a Atena estava morando. Depois de alguns minutos ela chegou, estava linda, os cabelos presos em um coque bagunçado, uma maquiagem leve que não escondia suas sardas, um vestido verde de alças finas e saia rodada e uma sandália dourada de salto alto, combinando com a bolsa da mesma cor.

Saí do carro e fui recebê-la. A abracei e em seguida lhe dei um selinho demorado. Bom, era a primeira vez que eu abraçava e beijava a Atena. E foi... estranho, foi diferente de todas as mulheres que já beijei. E foi apenas um selinho, eu me senti esquisito fazendo isso, o meu coração acelerou e sei lá... eu não entendi muito bem o que rolou ali. Deve ser o constrangimento da situação toda, é deve ser isso.

Ela ficou um pouco constrangida com o meu beijo, mas segui como se ela tivesse agido normalmente.

— Você está muito bonita. — Elogiei e fui sincero.

— Obrigada. Você tá lindo, como sempre. — Ela sorria, e parecia que o seu rosto se iluminava quando ela sorria.

— Bom, vamos! — Entramos no carro e seguimos para o meu restaurante favorito na Capital.

Jantamos e conversamos bastante, ela me contou tudo que estava vivendo na Universidade. E de como estava feliz com tudo isso.

— Como foi fazer faculdade no exterior? Ficou em um alojamento também? — Ela falava empolgada.

— Bom, foi normal. A Universidade de lá não tem tanta diferença desta aqui. — Falei sério. — E eu tenho um apartamento no exterior, bem próximo da Universidade, então eu já morava sozinho. Eu odeio dividir o meu espaço. — Fui sincero.

— Ahhhh! Como vai ser quando morarmos juntos? Pois, eu vou estar no mesmo espaço que você. — Ela falou sem graça.

— Bom, vou ter que me habituar com isso. — Respirei fundo e decidi adiantar as coisas. — Vamos? Quero te levar para ver o mar a noite.

— Sim, vamos. — Ela se levantou empolgada, não tem praia no interior, então essa vai ser a primeira vez que ela vê o mar de perto.

— Minha nossa! — Ela corria, e pulava na beira do mar. — Isso é perfeito, é lindo. Eu amo esse lugar!

— É lindo mesmo. — Eu sorri um pouco ao ver a alegria dela.

De repente ela parou na beira do mar, com os pés sendo molhados pelas ondas, então fui até ela. Segurei suas mãos e olhei em seus olhos.

— Atena Anunciação, aceita ser a minha namorada? — Dei um pequeno sorriso.

— Sim, Aslan Orson, eu aceito! — Apesar de estar visivelmente nervosa, ela exibiu um belo sorriso.

E então nos beijamos, dessa vez não foi apenas um selinho, foi um beijo calmo e ao mesmo tempo intenso, demorado e me senti ainda mais estranho dessa vez. Porém agora eu tinha certeza de que havia gostado e muito, beijar a Atena era muito bom. Acho que desbloqueei um novo vício.

— Então, agora é oficial, meu amor! — Falei com um pequeno sorriso.

— Sim, meu namorado! — Ela sorria sem graça.

Agora não tinha mais volta, éramos namorados e iriamos até o fim com isso.

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