Pressionado

As pessoas costumam dizer que quem tem dinheiro tem tudo. Bom, vou dizer uma coisa que nem todo o meu dinheiro consegue pagar. Paz!

...Aslan...

Trabalho na administração das indústrias Orson desde que me entendo por gente. E há dois anos, os meus pais decidiram se aposentar e curtir a vida com viagens e festas, e então me tornei o CEO da indústria de cosméticos.

Eu amo o meu trabalho e a minha vida. Não tenho muitos amigos, na verdade, a Maina é a única pessoa que considero amiga de verdade e o marido, Stuart, dela acabou virando um bom amigo também. Fora eles só tenho alguns poucos colegas para ver nas festas enfim, parceiros de curtição. E eu nem gosto tanto de curtir assim.

Eu gosto da minha vida, moro sozinho desde os meus 18 anos, e adoro isso, me irrita pensar em dividir a minha casa com mais alguém que não sejam os meus empregados. E a minha cama é sagrada, por anos apenas eu dormi nela e gosto disso.

Todas as garotas com quem me relacionei, queriam passar a noite aqui ou queriam que eu passasse a noite na casa desconfortável delas. Todas querem casar e constituir família, mas eu realmente não quero isso. Então decidi não me relacionar com mais ninguém. Quando quero transar, vou numa festa e arrumo alguém. Eu sei que sou um cara bonito, então não preciso de muito esforço para atrair uma garota.

Mas meus pais não aceitam essa minha vida. E agora decidiram me obrigar a ter um herdeiro, ou eu perderia a presidência, fora que precisamos manter uma imagem da empresa de que somos uma família honrada. E não a família de um solteirão desenfreado. Então resolvi montar um contrato.

— E então…! A tal garota aceitou? — Maina entrou na minha sala e veio correndo para a minha mesa.

Maina

— Aceitou! — Falei ainda olhando para a tela do computador.

— Caramba, ela deve ser tão louca quanto você. — A Maina ria.

— Ou está desesperada por dinheiro. — Stuart falou em seguida. Eu nem havia notado que ele também estava na sala.

Stuart

— Eu acredito que ela estava desesperada mesmo. Ela relutou bastante, leu o contrato várias vezes e fez 1 milhão de perguntas. — Falei fechando o notebook. — No início eu achei que era drama para pedir mais dinheiro, o que eu daria se ela quisesse. Mas não, ela realmente estava lutando consigo mesma para aceitar. Até me contou que era virgem.

— Virgem? — Maina falou assustada. — Mas ela já não havia sido barriga de aluguel?

— É, mas foi inseminação então. Ela nunca fez sexo na vida. — Falei refletindo. — Se ela se manter assim, até iniciarmos o contrato. Ela vai ser a minha primeira virgem.

— Caramba! Ainda existem virgens? — Stuart falou rindo.

— As pessoas nascem assim Stuart, deixa de ser besta. — Maina o repreendeu.

— Enfim. Em breve serei pai de um bebê ruivo e com sardas. — Dei um sorriso sem graça. — Foi isso que me atraiu nela.

— Cara! Nem dá para te imaginar pai. — Stuart continuava rindo. — Já imaginou como vai ser com uma criança correndo pela sua casa?

— Ahhh! Esse tem sido o meu pesadelo desde que os meus pais me fizeram essa ameaça. — Suspirei.

— Eu penso que essa sua marra, é por que nunca amou antes. — Maina falou seria. — Quando amar alguém vai querer viver perto para sempre.

— Eu amo você, amo os meus pais, amo até esse idiota do Stuart. E sou feliz vendo vocês assim esporadicamente. — Fui sarcástico.

— Eu tô falando de amor de casal e de pai e filho. — Maina falou irritada. — Tipo eu não me imagino longe do Stuart, e quando tivermos um filho, vou querer viver grudada nele.

— Maina, eu já assinei o contrato, vou ter essa garota na minha casa, na minha cama por terríveis dois anos, no mínimo, e terei essa criança comigo até ao menos os seus 18 anos. — Falei com pesar. — Já coloquei isso na minha cabeça e estou lutando para não surtar. Mas quanto a curtir e amar isso, saiba que não vai rolar. Vou torcer para que esses 18 anos passem super rápido e eu possa ter a minha paz de volta. Agora vão trabalhar.

— Eu ainda vou te ver babando, apaixonado por essa criança. Pode apostar. — Maina deu risada. — E da uma olhada no e-mail que te enviei, me responda ainda hoje. — Em seguida eles saem da minha sala.

Maina é minha vice-presidente no Grupo Orson, enquanto Stuart é presidente de uma das nossas fábricas de cosméticos de skincare aqui na capital. Trabalhamos juntos como uma grande família.

Quando eles saem eu tento me concentrar no trabalho, mas acabo pensando naquela garota e no que a Maina disse.

— Tomara que eu consiga amar esse bebê. — Falei comigo mesmo. — Se ele tiver aquelas sardas por todo o rosto, vai ser muito lindo. Ele também pode ter o temperamento forte e audacioso da mãe.

Eu realmente gostei daquela garota, mas acho que ela não gostou nem um pouco de mim, talvez precise ser mais simpático da próxima vez, afinal ela precisa ao menos conseguir fingir que me ama, e eu também tenho que aprender a trata-la como uma namorada.

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