Capítulo 6

O vestido que colocou não é o que está acostumada, é um vestido preto de alça fina, ele é longo, mas na perna direita tem um corte delicado que exibe a sua pele, deixando-a sensual, o sapato perto de salto fino não é o que usa normalmente, mas combinou com o vestido, ela arrumou o cabelo e se maquiou, pegou uma bolsa na cor nude e a preencheu com algumas coisas que julga necessárias, em seguida percebendo que já estava na hora, saiu do quarto.

Seus passos lentos a deixavam mais nervosa, no entanto não desejava ceder para ele, depois que saiu do quarto pensou que ele a deixaria em paz, entretanto notou que estava enganada, Arthur parecia gostar de um bom desafio.

Quando começou a descer a escada, viu que o seu marido a esperava lá embaixo, parou em um degrau apenas para observá-lo, ele usa uma calça preta e uma blusa social branca com a manga dobrada deixa o seu braço a vista, não precisa de muito para perceber como ele é musculoso, Helo só consegue pensar que este homem deve amar a academia.

Ela mordeu o lábio, deliciando-se com o homem que a esperava e quando ele a viu, sentiu novamente o seu corpo aquecer, ele a olhava como se fosse devorá-la e no fundo era isso que desejava, mas não sabia como pode ser errado querer isso dele.

Voltou a descer a escada, uma mão no corrimão e a outra segurando a bolsa, seus passos lentos a deixavam mais ansiosa para estar ao seu lado, no entanto não podia fazer nada, era muito difícil andar com aquele sapato.

Arthur ficava cada vez mais confuso, não entendia como a mesma mulher poderia estar tão diferente, percebendo a dificuldade que possui ao andar com o sapato aproximou-se da escada e lhe estendeu a mão conforme ela se aproximava.

— Você conseguiu ficar ainda mais linda – sussurra em seu ouvido.

— Obrigada. Devo confessar que não está nada mal – diz olhando-o.

Ele permanece com o rosto próximo ao dela, tentando buscar o que havia mudado, seus narizes quase se encostaram enquanto se perdiam no olhar um do outro.

— Podemos ir? - indaga olhando para a sua boca.

— Claro – murmura Heloísa, ela sentia que não conseguiria se controlar perto dele.

Arthur não soltou sua mão, ao invés disso ele entrelaçou seus dedos, a puxou para mais perto de si, na limousine sentou-se ao lado da garota, sentia essa necessidade, não sabia explicar, mas queria protegê-la e necessitava senti-la.

Percebeu que ela tentava se afastar, todavia não permitiu, pois sentia que ela o queria, sua pele se arrepiava com o seu toque e isso era a prova de que precisava de que ela o desejava da mesma forma, por mais que negasse.

— É minha esposa, por mais que não queira transar comigo, terá que ficar sentada ao meu lado – murmura e ela o encara.

Nossa heroína tenta a todo custo controlar o coração, desejava-o e isso já estava mais claro que gostaria, por mais que soubesse todos os motivos que tem para fugir dele sabia que estava fazendo um péssimo trabalho.

— Não sairei daqui, querido – diz.

— Esse seu jeitinho de desinteressada por algum motivo esta me fazendo desejar você, então se não quer me ter na sua cama é melhor mudar a tática – fala em seu ouvido.

Seu corpo volta a se arrepiar, é como se toda a sua luta interna fosse inútil.

— Pare com esse jogo, lembra-se do que me disse quando nos casamos? Não sente nada por mim, muito menos eu por você. Fingimos que estamos bem até você poder falar para todos que eu morri, e ai tudo acaba – diz e sorri.

O homem fica encarando-a, seus lábios lhe disseram algo que os seus olhos não afirmaram. Ele sabia o que ela estava fazendo, só não sabia o motivo.

— Enquanto formos casados, poderei fazer o que quiser com você – fala encarando-a.

— Somente, se eu quiser – murmura.

— Vou fazer você implorar – garante e ela sente um frio em sua barriga, sabendo que ele estava certo.

Heloísa se mantém em silêncio o resto do percurso, sentada ao lado de Arthur sente sua mão colada a dele e por mais que se sinta confortável neste lugar, sente-se errada, acredita ser uma intrusa em uma vida que não é sua.

Quando o carro para, a porta é aberta Arthur desce primeiro e em seguida espera por ela, segura a sua mão e a faz acompanhá-lo lado a lado, Helo observa onde estão percebe que é um hotel de aproximadamente 20 andares, ela olha para cima e se sente um pouco tonta.

Em grande destaque está o nome do hotel F. Confontines, a garota recorda-se da lição de casa, sabe que esta em um dos hotéis que ele tem, seu coração dispara ainda mais sabendo onde viverá a partir de agora, estará sempre com ele, pelo menos era isso que esperava, por mais que desejava estar sozinha.

— Vamos comer aqui? - indaga assim que entrar no hotel.

— Sim, querida, vamos para o terraço – diz indo em direção ao elevador.

— Eu não gosto de elevadores – exclama puxando-o e fazendo com que ele a encare.

— Mas, Helena, você nunca teve problema com isso – observa confuso.

— Eu mudei – afirma encarando-o. — Por favor, vamos comer aqui – suplica.

— Não, nós iremos subir, confie em mim, vou fazer com que esqueça o seu medo – garante e a puxa para si.

Heloísa sente o coração disparar, por mais que deseja que ele esteja certo, não sabe exatamente se é uma boa ideia entrar ali, o medo a assombra, ela se lembra de Carlos e de quando teve que se esconder no armário para fugir dele.

Assim que as portas se abrem e eles entram, ela aperta a sua mão, as portas fecham e a garota percebe que não tem volta, seu coração dispara ainda mais.

— Olhe para mim, Helena – pede, mas ela não o ouve.

Arthur a puxa para si e eles se olham, antes que ela possa argumentar ele beija seus lábios. É como se uma eletricidade passasse pelo corpo de ambos, o desejo aumenta e eles permanecem assim até que o elevador chegue ao destino.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!