Heloísa entra no quarto e fecha a porta, ela observa com atenção a roupa que está em cima da cama, o terror dentro de si é tão grande que a garota não observa a beleza do lugar em que está. A cama parece com de uma princesa, o piso de madeira é marrom escuro e não brilha tanto como o da sala, o quarto é pintado na cor bege e a cortina possui duas cores que parecem mescladas, o marrom e o vermelho.
O tapete no chão é na cor preta e nas mesinhas de cabeceira tem flores, e por mais que no momento ela não esteja observando o ambiente parece bem mais harmonioso neste comodo.
A nossa heroína está em choque, observando a lingerie branca e foi colocada em cima da cama, a peça é linda, de renda e a camisola é transparente, é notável como trata-se de um material caro e muito bom. Ela parece despertar e pega a roupa intima em sua mão e vai até o guarda roupa, colocá-la arrumada em uma gaveta e começa a olhar dentro do guarda roupa, no momento que acha o que procura vai tomar banho sentindo-se mais aliviada.
Quando sente-se mais confortável, acomoda-se na cama e quase instantaneamente começa a bocejar, o sono domina o seu corpo. Somente agora a garota percebe como está cansada e sente o alívio de poder finalmente dormir sem sentir medo do Carlos abrir a porta.
Seu sono é tranquilo, sua mente consegue finalmente levá-la a um lugar bom e distante, no entanto algo a puxa para longe, fazendo com que a escuridão comece a tomar conta de si. A garota começa a se debater, sentindo sua respiração cada vez mais ofegante.
— Não, por favor, não toque em mim – suplica tentando conter as lágrimas.
— Helena, acorde – ordena uma voz distante.
— Saí de cima de mim – implora, sentindo alguém segurar os seus braços.
— Abra os olhos Helena – diz exasperado.
A menina continua a se debater, a sua respiração começa a falhar, Arthur puxa-a para si fazendo com que ela se sente na cama. O rapaz está confuso, não esperava presenciar algo deste tipo, no entanto o que mais o estranho foi vê-la de short e camiseta, isso poderia ser normal se não o tivesse deixado incrivelmente excitado.
— Vamos, acorde – exclama e ela finalmente abre os olhos.
Seus rostos estão próximos, os narizes quase se encostam, Heloísa perde-se enquanto encara-o, as mãos fortes do homem seguram suas costas e ela ainda respira com dificuldade.
Arthur encara os seus olhos e em seguida sua boca, espanta-se com o fato de a estar desejando, isso nunca aconteceu, entretanto agora era como se algo os unisse.
— Vou deitá-la na cama, tudo bem? - indaga com a voz sussurrante.
— Sim – concorda sem fôlego.
Ele a deita lentamente, o rapaz esta em cima dela, suas mãos agora apoiadas ao lado da cabeça de Heloísa, em cima do travesseiro, sua respiração ainda está acelerada, mas ela não sabe se é pelo pesadelo ou por tê-lo assim tão perto.
— Você está bem? - questiona deitando- e por cima do corpo dela, seus rostos agora próximos novamente.
Neste momento ela desejou, desejou ardentemente que ele não fosse o ex noivo da irmã, rezou para que por um momento ele fosse dela, mesmo que fosse um sonho.
— Foi apenas um pesadelo – murmura.
— Eu não sabia que tinha pesadelos tão feios, espero que não tenha sido comigo – afirma e sorri.
É aquele sorriso de novo, o sorriso de verdade e isso a faz se encantar novamente. Se ele soubesse… Se pelo menos a conhecesse um pouco, saberia sobre o que eram esses sonhos e o motivo de estarem se repetindo, mas ele nunca poderia saber, por que a Heloísa estava morta.
— Talvez você tenha estado lá – fala pensativa e sorri.
Ele a observa como se buscasse por algo, conseguia sentir dentro de si que algo estava diferente, por que nunca se sentiu assim com Helena, seu coração jamais disparou tanto. Era a primeira vez que ele a olhava de verdade, e dessa vez estava gostando de vê-la, jamais haviam estado tão próximos e não entendia por que agora desejava estar ali, imaginou que poderia estar confuso por causa do casamento, seus lábios começaram a sair em direção aos dela, contudo foi impedido por um… Espirro.
A garota espirrou quase em seu rosto, ele levou um susto e levantou com rapidez, parecendo até um pouco nervoso.
— Por que não está usando a lingerie? - indaga sem encará-la.
Helo sentou-se na cama, pensando que espirrar foi a única e melhor ideia que teve, pelo menos queria confiar nisso.
— Essa roupa é mais confortável – murmura.
— Apenas estranhei, não parece seu estilo – comenta.
— Posso mudar de estilo – diz desafiadora.
— Você? Isso parece uma piada para mim, Helena Caravanas, mudando de estilo, só pode ser uma piada mesmo – exclama e começa a rir.
A menina sente-se constrangida, ela estava curiosa, sentia-se mal por estar vendo como tratavam sua irmã, não conseguia acreditar que ela poderia ser de fato alguém ruim, Helo a conhecia, e somente ela poderia afirmar isso e sabia que a irmã era uma pessoa maravilhosa.
— O que quer? - indaga demonstrando sua falta de paciência.
— Sabe o que quero, o que combinamos, apenas isso e a deixarei em paz, é apenas 1 ano Helena, só um ano e acabamos com isso – afirma, Heloísa tenta esconder sua confusão.
— Um ano parece tempo demais para mim neste momento – fala.
Ela tenta ganhar tempo para ver se ele diz o que realmente veio fazer.
— É o suficiente, após o bebê nascer fingimos que morreu e você vai embora com todo o seu dinheiro – garante.
A heroína sente a mão começar a suar, não se sentia pronta para isso, não agora. Sua mente gritava para que se negasse a perder sua virgindade deste jeito.
— Claro, mas hoje eu não poderei – assegura e ele a encara confuso.
— Por que não Helena? - questiona, mas ela se mantêm calada. — Diga – ordena, e a menina não vê outra alternativa.
Helo deseja se manter em silêncio, entretanto sabe que isso não será possível, a mentira que lhe vem a mente parece ser perfeito.
— Estou nos meus dias e estou com cólica – afirma e ele a encara espantado.
—Está se recusando a ter relação comigo por que está menstruada? - pergunta indignado.
— Isso mesmo – afirma a garota, ela o encara como se o desafiasse , enquanto Arthur a olha indignado.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Tania Maria
A irmã também não prestava coitada. E a cobra está viva.
2024-01-26
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