Luana
Doriana me conduz a uma pequena sala, onde vejo Zareth nos aguardando. Seu olhar enigmático encontra o meu, e por um momento, parece que nossas trocas de palavras não são necessárias para entendermos a complexidade que existe entre nós.
Ao nos aproximarmos, Zareth me cumprimenta de maneira incomum, usando apenas meu nome:
— Olá, Luana. Parece que nossos caminhos estão destinados a se cruzar novamente.
Sinto uma leve surpresa por ele não ter me chamado de "pequena guardiã", o apelido que ele costuma usar. Retribuo o cumprimento com um breve sorriso e um aceno de cabeça, reconhecendo a ironia do destino que nos coloca mais uma vez juntos em uma missão.
Doriana então assume o controle da conversa, explicando a dinâmica da missão que nos espera:
— Reuni vocês dois aqui antes de nos juntarmos ao restante da equipe porque esta missão os colocará na linha de frente. Os outros membros serão um suporte adicional.
Doriana então nos orienta a nos juntarmos ao restante da equipe, indicando que ela irá explicar a missão para todos juntos. Nós seguimos em direção a outra sala, e no caminho, lanço um olhar furtivo para Zareth, aproveitando a oportunidade para fazer uma pergunta que sempre me intrigou:
— Sua equipe nunca se junta a nós, por que será?
Ele me encara por um momento, um leve sorriso curvando seus lábios enquanto responde:
— Talvez eu seja tudo o que sua equipe precisa.
Suas palavras têm um efeito inesperado sobre mim. Há algo na maneira como ele as pronuncia, uma mistura de confiança e mistério, que mexe com meu interior.
Parece haver um subtexto oculto em suas palavras, algo que vai além do significado aparente. Mas antes que eu possa explorar essa sensação, chegamos à sala onde a equipe está reunida, e minha atenção se volta novamente para a missão que nos aguarda.
Com toda a equipe reunida na sala, Doriana entra e começa a falar:
— Bom guardiões Lunares, como vocês bem sabem, o integrante Zareth dos Sombras Lunares tem sido de grande ajuda para nossa equipe.
Meus colegas de equipe olham para Zareth com expressões pouco amistosas. Aurelius, com um tom sarcástico, diz:
— De grande ajuda? Só se for para a Luana.
Eu o encaro perplexa, e Zareth se adianta, em um tom visivelmente provocativo, dizendo a ele:
— Sei que deve ser difícil para você, não é Aurelius? Minha presença aqui é muito mais majestosa, sou mais forte e poderoso que você.
Nesse instante, vejo Aurelius se levantar de seu assento, assim como Zareth. Os dois se enfrentam de frente, como se faíscas saíssem de seus olhos, criando uma grande tensão na sala.
Seraphin empunha sua espada, tentando acalmar a situação. Se alguém olhasse de fora e não entendesse o que estava acontecendo, poderia jurar que uma luta estava prestes a começar ali mesmo.
Porém, Seraphin estava apenas tentando acalmar os ânimos de todos ali, especialmente os de Zareth e Aurelius. A intervenção dele ajuda a acalmar os dois, mas não totalmente.
Doriana, então, interveio com sua voz rígida e autoritária, como a grande supervisora que é:
— Peço que vocês dois se concentrem no que realmente importa aqui, ou levarei essa conduta de ambos ao conselho maior.
Eu me mantive quieta, observando tudo se desenrolar diante de mim. Não queria me estressar por causa desses conflitos entre eles. Após Zareth e Aurelius se acalmarem, Doriana prossegue com a explicação da missão.
Ela então projetou um holograma do planeta Terra, ou seja, do meu planeta. Nesse instante, meus instintos ficaram em alerta, meu coração acelerado. Zareth me olha de relance e parece perceber meu estado; ele mantém seu olhar fixo em mim, mas eu desvio o meu olhar do dele, focando no que Doriana diz a seguir.
Ela então detalha o que está acontecendo.
— Guardiões, como todos aqui sabem, a Terra é o planeta natal da Luana, ou seja, da nossa arqueira Lunar. A situação na Terra se agravou; as energias negativas estão se intensificando e ameaçam causar desequilíbrios significativos. Nossa missão é eliminar focos de corrupção energética, restaurando assim o equilíbrio vital do planeta.
Enquanto Doriana explica os detalhes da missão, minha mente esta inquieta. Eu sei que existe algo mais nessa situação, algo que talvez Doriana não estivesse compartilhando completamente.
Essa conexão direta com a Terra me trouxe uma mistura de sentimentos, desde a nostalgia até uma preocupação profunda com o estado do meu planeta natal.
A reunião continuou, com Doriana dando instruções específicas sobre a abordagem da missão. Ela enfatizou a importância de nos mantermos unidos e focados em nosso objetivo. Ao final da reunião, nos dividimos em equipes menores para melhor abordar os focos de corrupção energética na Terra.
Enquanto me preparo para a viagem à Terra, eu reflito sobre o que está por vir. Meus sentimentos estão conflitantes, misturando o desejo de ajudar meu planeta com a apreensão do que enfrentaríamos.
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Atualizado até capítulo 51
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