Capítulo 11

O fim de semana passou e na terça feira eu percebi uma movimentação estranha nos sensores que mandei instalar na estrada do sítio, o que prova que realmente o tal rapaz estava trabalhando como informante do tal mafioso coreano, já que hoje é o dia que a família Donartti está voltando para a cidade e pelo que vejo, estão pensando em embosca-los na estrada.

Ligo imediatamente para o Felipe e aviso sobre a movimentação na estrada e já digo que estamos à caminho com o reforço.

Aciono meus homens e nos preparamos para a batalha, pois pelas imagens das câmeras de infra vermelho, são muitos inimigos.

Vou até a suíte da Fernanda pois preciso deixá-la segura.

Entro sem nem bater, e paro ao dar de cara com a morena, minha pequena e doce ragazza, deitada na cama ainda de camisola, com carinha de sono.

- Don...- ela esfrega os olhos. - O que houve?

- Eu preciso sair agora em missão! - digo, pegando ela no colo, que me olha assustada. - E você vai ficar no cofre. - digo, passando minha digital numa porta camuflada dentro do armário da suíte, que logo se abre e revela um quarto pequeno com um lavabo dentro.

- Aqui tem tudo o que você precisa pra ficar em segurança por 7 dias. Tem uma mini geladeira embutida e já abastecida com comida e água. Também tem suprimentos nos armários e ali. - aponto pra uma mini porta. - Tem um lavabo pequeno, mas dá pra você usar. - coloco ela sentada na cama e me abaixo em sua frente. - Eu preciso que me prometa que vai ficar aqui quietinha até eu ou o Marco virmos te buscar, entendeu? - ela assente, assustada.

- Porque o senhor tem que ir? - diz, com os olhinhos marejados. - Porque os soldados não podem ir e o senhor fica aqui em segurança até tudo estar resolvido?

Eu sorrio discretamente do jeitinho tímido e inocente que só ela tem.

- Nanda, essa guerra também é minha. Eu tenho que comandar meus homens, entende? - ela concorda. - Agora escute bem...está vendo aquele painel ali. - mostro um pequeno painel na parede. - Quando eu ou Marco voltarmos e pedirmos pra você abrir, você vai digitar a data do seu aniversário naquele painel e a porta vai abrir, mas em hipótese alguma você vai abrir pra qualquer outra pessoa que não seja eu ou o Marco, tudo bem?

- Tá...mas o senhor vai voltar, não vai? - me pede, segurando minha mão. - Por favor...promete que vai voltar pra me buscar, Don Bruno? Por favor, não me deixa sozinha de novo...O senhor prometeu que nunca mais me deixaria sozinha de novo...

As palavras dela me cortam por dentro. Eu prometi isso a ela quando ela estava quase morrendo na mesa de cirurgia, mas achei que ela não tivesse ouvido... agora vejo que ela ouviu a promessa que fiz não só a ela, mas a mim mesmo.

Tiro minha placa com a corrente que recebi do meu babbo e que nunca tiro do pescoço. Abro a mão dela e ponho a corrente, dando um beijo em seguida, antes de olhar nos olhos dela...

- Te dou minha palavra de que voltarei pra te buscar!

- Tudo bem...mas tenha cuidado.- diz, dando um leve sorriso.

Me levanto, assumindo a postura fria de sempre.

- Eu sou um mafioso experiente, Fernanda. Sei me cuidar muito bem. - ela assente e volta a baixar a cabeça.

- Sim senhor, Don Bruno.

- Assim que eu sair, observe a movimentação no quarto pelo computador que está na mesinha. Evite assistir TV num volume alto, desligue seu celular, e caso eu não volte em três dias, tem um telefone descartável na gaveta. Pegue, ligue para o único contato da lista e siga as instruções que irá receber.

- Mas o senhor disse...

- Eu sei o que eu disse, Fernanda! - digo, ríspido. - Mas eu sou um homem prevenido. Então só me obedeça, está bem?

- Sim, senhor!

- Ótimo. - olho pra ela mais uma vez, sentindo uma vontade enorme de abraçá-la, mas eu não posso. - Estou indo!

Saio do quarto e tranco a porta, passando minha digital e identificação de retina, travando a porta que a partir de agora só abrirá por dentro.

Quem olha de fora parece um fundo comum de um armário, porém eu mesmo projetei pessoalmente esse "cofre", exatamente para abrigar a Fernanda em nossas viagens para os Estados Unidos.

Tenho um desses em vários hotéis espalhados pelo mundo, assim como na fortaleza e na "base". Depois do sequestro, sempre que eu viajo eu levo a Nanda comigo e cuido pessoalmente da segurança dela, por isso os cofres.

O que poucos sabem é que todos os hotéis em que nos hospedamos são meus, e esses "cofres" foram construídos exatamente nas suites onde eu hospedo a Nanda, e esse é um dos motivos de eu exigir que ela fique em suíte e não em quarto comum. Caso algo ocorra, Marco tem ordens para colocá-la no cofre imediatamente.

Eu cuido dela, da segurança e da vida dela, pois mesmo que eu não possa tê-la ao meu lado como minha mulher, vou garantir que ninguém nunca mais faça nada de mal contra a mia ragazza.

Olho na direção da câmera que instalei camuflada na suíte comum. Sei que ela está olhando as imagens nesse momento. Minha menina é muito curiosa com tudo o que envolve tecnologia e segurança digital. Então aceno discretamente, pois sei que ela está me vendo, e logo saio da suíte deixando um soldado de guarda na porta.

Eu confio nele? Nem um pouco.

Os únicos em quem confio são meus irmãos, minha mama, mia ragazza e o Marco, e acredite para um mafioso, isso já é muita gente.

O soldado acha que a Fernanda está na suíte, mas nem imagina que ela está no cofre. Pra todos os efeitos ela fugiu pela janela, e eu já deixei tudo armado para que realmente acreditem nisso, caso o soldado seja um agente duplo e a suíte seja invadida.

O cofre é a prova de chamas e a porta é totalmente à prova de balas e explosões. Tudo feito com a mais alta tecnologia. Custou barato? Nem um pouco.

Mas a segurança da Fernanda vale mais que qualquer coisa.

.

.

Entramos na estrada que dá acesso ao sítio e já ouvimos tiros e explosões.

- Já começaram a festa? - Marco sorri.

- Então vamos nos juntar à eles.- meu sorriso sombrio é minha marca e o que faz meus inimigos tremerem.

Um, dois,três...meus homens e eu saímos derrubando todos os que ainda estão de pé.

Cercados e em menor número, a solução do líder covarde deles é recuar, sem se importar com os feridos.

-Don Bruno: Vai a algum lugar, Ye Jun? - falei, apontando minha pistola em sua cabeça. - Dê a ordem! - gritei.

Ye Jun: Larguem as armas! Estamos cercados! - grita, entre os dentes, serrando os punhos.

Don Bruno: Boa escolha! - falei, dando uma pancada nele, o fazendo desmaiar.

Falcão/Felipe: Demorou, hen!? - sorri.

Don Bruno: Quem manda morar num lugar com trânsito? - sorri de volta.

Sombra/ Brian:Valeu pela ajuda! Sem vocês nós estaríamos mortos! - dei um leve aceno. - Matem os soldados que sobraram. Ye Jun eu quero vivo!

Equipe: Sim, senhor!

Todos foram mortos e os corpos levados para incinerar. A equipe 2 deu início à limpeza, enquanto os aliados feridos eram levados para receber atendimento.

Sombra: E o pai da Alice?- ele me perguntou, pois o pai da moça havia sido sequestrado.

Don Bruno: Resgatado. Esta debilitado por causa das torturas que a senhora Marizi fez com ele, mas vai ficar bem. Agora, sua sogra está no galpão, presa, até vocês decidirem o que fazer com ela. - digo ao Brian.

Lady Falcon/ Larissa Donartti: Essa eu faço questão de cuidar pessoalmente! - dá um sorrisinho de lado. - Ela vai aprender direitinho o que acontece com quem mexe com meus filhos!

Essa é uma mulher de fibra!

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Comments

Vera Lúcia

Vera Lúcia

eita vai fofrer

2024-04-16

0

Cleide Almeida

Cleide Almeida

Nossa a Fernanda tem uma proteção exclusiva

2024-04-14

0

Márcia Jungken

Márcia Jungken

mesmo não se declarando para a Fernanda o Bruno sempre está pensando na proteção dela 👏👏👏👏

2024-04-07

7

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