Capítulo 18

Encaro os olhos castanhos da mia ragazza, e vejo um sorriso se formar naquela boca linda.

- Até que enfim, meu italiano teimoso. - ela tomba o rostinho de lado, sorrindo, e passa os braços ao redor do meu pescoço. - Você não imagina quanto eu esperei pra ouvir isso..- sinto ela se aproximar ainda mais, ficando à centímetro do meu rosto. - Porque eu também te amo, meu Don!

Meu peito ardeu e parecia que ia explodir de tanta felicidade nesse momento.

Fiquei olhando nos olhos dela, que desviou o olhar para minha boca, me fazendo sorrir de lado, antes de tomar os lábios dela e iniciar o beijo pelo qual eu esperei por todo esse tempo.

Eu sei que era o primeiro beijo da minha principessa, então fui calmo, carinhoso, sentindo o momento, segurando sua cintura fina e delicada, sentindo seus lábios macios se movendo sobre os meus. Logo minha língua foi pedindo passagem, e eu explorei cada pedacinho da boca dela, fazendo cada gota do meu sangue parecer se agitar dentro das veias. Apertei mais sua cintura e ouvi um gemido baixinho que saiu da boca dela, o que me fez aprofundar ainda mais nosso beijo e segurar sua nuca, sentindo os dedos dela enroscados em meus cabelos e o corpo dela colado no meu.

Nos afastamos quando estávamos sem fôlego e eu dei vários selinhos nela, não querendo me afastar, e logo a beijei de novo, sem nem dar tempo dela se recuperar direito.

Eu esperei tanto por esse momento, ter ela assim nos meus braços, sentir o calor da pele, o cheiro, o gosto do beijo...eu amo essa mulher tanto que meu coração dói.

Ela se afastou novamente e eu vi os lábios inchados e a boca entreaberta, buscando o ar com força, o que me fez sorrir.

- Ti amo mia principessa. - acaricio o rosto dela com meus dedos.

- Anch'io ti amo, mio Don.( eu também te amo, meu Don).- ela sorri e morde o próprio lábio,sorrindo em seguida.

- Principessa! - digo, com a voz rouca, apertando sua cintura. - Não faz assim. É difícil pra mim manter o controle com você me provocando desse jeito.

- Mas eu não fiz nada. - faz cara de inocente.

Sorrio e a beijo de novo, mas preciso parar antes que eu acabe fazendo uma besteira e avançando o sinal.

- Mia moglie...- digo, com a testa encostada na dela.

-Sua o que? - ela me olha, confusa.

- Mia moglie! - encaro a expressão de confusão em seu rosto. - Porque o espanto.?

- Talvez porque você ainda nem tenha me pedido em namoro e já está me chamando me "minha mulher"?! - diz, como se fosse óbvio.

- Fernanda, você sabe como as coisas funcionam na máfia. Eu sou o presidente do conselho e...

- E todos esperam que você se case em breve com alguma herdeira da máfia. - vejo ela baixar a cabeça, triste.

— Amore mio...- Seguro seu queixo e puxo com carinho, fazendo ela me olhar. - Eu não me casaria com outra mulher que não fosse você. Eu sei que pareço teimoso, mas na verdade o que eu senti foi medo, Nanda. Um pavor de que ao me aproximar de você e dizer o que sentia, você se tornasse alvo dos meus inimigos. - respiro fundo. - Eu jamais me perdoaria se alguém fizesse mal à você novamente, entende? - ela assente. - Mas eu não consigo mais esconder ou fingir...eu amo você, mia moglie! Quero você na minha vida, na minha cama, em cada momento do meu dia que for possível estar ao seu lado eu quero estar, aproveitar a sua companhia. Eu sei que é pedir demais e talvez sonhar com algo impossível...mas eu quero construir uma família com você. Ter filhos...- sorrio com a ideia.- Já imaginou? Várias mini Fernandas e mini Brunos correndo pela fortaleza? Eu quero isso! Uma família. Mesmo que eu tenha que dar minha vida para proteger você ...eu não quero te manter longe...

Ela me abraça forte e deita a cabeça no meu peito.

- Acho bom mesmo que não se afaste! - ela me olha. - Porque eu iria até o fim do mundo só pra ficar ao seu lado, meu amor.

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