Plano traçado, eu saí da cabana à procura da Nanda e a avistei sentadinha debaixo de uma árvore, olhando pra cachoeira, parecendo distante...
- Ela ficou aí o tempo todo? - perguntei ao Marco, que a observava de longe.
- Desde que saiu lá da cabana. - ele me olha. - Não acha que o tal Felipe ficou encarando demais a Nanda?
- Também percebi isso. - digo, pensativo. - Até onde eu sei ele é casado e apaixonado pela esposa...- torço a boca. - Mas vou ficar de olho. Não vou deixar ninguém tentar tirar proveito dela.
Marco assente e eu me aproximo da Fernanda, parando ao seu lado.
- Já podemos ir, Don? - ela diz, com a voz triste.
- Como sabia que era eu? - finjo estar indiferente, mas sei que toda essa história mexeu com ela.
- Seu perfume...eu conheço seu perfume. - ela diz, ainda sem me olhar
Fico surpreso com suas palavras, mas mesmo assim me mantenho sério.
- Não quer ficar e aproveitar o lugar? Vi que gostou daqui e o Sr. Donartti nos disse que poderíamos aproveitar a propriedade.
- Eu não me sinto bem, então se não se importa, eu gostaria de ir embora. - ela finalmente me olha e vejo seus olhos cheios, o que me dói.
- Está sentindo dor ou algo assim? - me abaixo ao seu lado.
- Não...eu só..Só quero ficar quietinha...- ela chora. - Por favor, Don...Só vamos embora...
Aquilo me dói tanto. Por um momento eu deixo meu lado protetor agir e a puxo para uma abraço, sentindo ela se encolher em meus braços e chorar baixinho.
- Shhh..está tudo bem, bambina. Eu estou aqui...eu vou te proteger. - afago seus cabelos e num gesto de carinho a pego no colo e carrego até o carro, como uma criança assustada.
Ela esconde o rosto no meu peito e eu me sento no banco de trás, pois ela não me soltou um segundo sequer.
Fomos uma boa parte do caminho assim, com ela no meu colo...pequena, indefesa, frágil.
- Dormiu? - Marco pergunta, e eu observo o rostinho sereno enquanto ela dorme aconchrgada em meu peito.
- Sim. Ela ficou abalada com toda a história da Alice.
- Provavelmente porque tudo isso a fez lembrar da própria história e de como foi vendida pela própria família. - ele diz, pensativo. - Mas mesmo muito abalada ela não deixou de ser observadora.
- Como assim? - pergunto, fazendo carinho nos cabelos da Nanda
- Quando saímos da cabana ela viu um rapaz novo, parece ser funcionário do sítio. Ele estava perto de uma das janelas da cabana e nós o vimos colocar algo lá e sair meio desconfiado e apressado. Eu disfarcei e fui ver o que era...- ele tira uma pequena escuta do porta luvas e me entrega. - Eu desativei, é claro, mas se esse rapaz colocou essa escuta na propriedade...
- Ele é um infiltrado e provavelmente o tal mafioso coreano já sabe que estamos dando apoio aos Donartti...isso não é bom para o elemento surpresa.
- Sim. E agora? O que vamos fazer?
- Vamos seguir com o plano, alertar os Donartti por um meio seguro e mandar "sombras" Para instalarem sensores de movimento e câmera em todo o caminho até o sítio. - olho mais uma vez a minha menina tão tranquila, dormindo encolhida no meu colo. - Ela é muito preciosa...
- Ela é única, meu amigo. E você pode estar prestes a perdê-la. - Marco diz e volta a se calar.
Mas porquê eu iria perdê-la?
Don Bruno: Vai a algum lugar, Ye Jun? - falei, apontando minha pistola em sua cabeça. - Dê a ordem! - gritei.
Ye Jun: Larguem as armas! Estamos cercados! - gritei, entre os dentes, serrando os punhos.
Don Bruno: Boa escolha! - falei, dando uma pancada nele, o fazendo desmaiar.
Falcão: Demorou, hen!? - sorri pra ele.
Don Bruno: Quem manda morar num lugar com trânsito? - sorri.
Sombra: Valeu pela ajuda! - toquei o ombro do Don Bruno, que apenas acenou de volta. - Matem os soldados que sobraram. Ye Jun eu quero vivo!
Equipe: Sim, senhor!
Todos foram mortos e os corpos levados para incinerar. A equipe 2 deu início à limpeza, enquanto Doutor levava Ricardo e Seong para receber atendimento e Felipe, Lady Falcon e Igor, retiravam Anne, Mônica e Samantha do carro blindado.
Sombra: E o pai da Alice?- perguntei ao Don Bruno.
Don Bruno: Resgatado. Esta debilitado por causa das torturas que a senhora Marizi fez com ele, mas vai ficar bem. Agora, sua sogra está no galpão, presa, até vocês decidirem o que fazer com ela.
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Atualizado até capítulo 42
Comments
Zelia De Oliveira
eu também fiquei, estava um assunto e de repente outro.
2025-01-11
4
Simone Ferreira
ficou confuso esse capítulo
2024-12-28
1
Mirian Silvaykkk
também não entendi nada
2024-11-28
0