Capítulo 9

Fernanda continua contando todas as armações que a mãe da Alice tramou durante todos esses anos, com a ajuda do tal mafioso coreano...

Brian: - O que esses monstros planejaram fazer com a minha mulher é desumano. Como uma mãe faz um acordo desse, entregando a própria filha como uma mercadoria?!

Felipe: - Calma, filho. Nós não vamos deixar ninguém tocar na Alice. Eu garanto isso! - abraça o filho. - Continue, Fernanda, acredito que ainda tenha mais coisas a nos contar.

Depois de quase meia hora relatando o que descobriu, eu pedi à Fernanda que fizesse uma pausa pois ela parecia cansada emocionalmente.

Don Bruno: - Agora vocês têm uma ideia de como o assunto é sério. O tal Kim Ye Jun, o atual líder da máfia e comprador da moça, a Alice, assumiu o cargo de líder recentemente, mas não está disposto a esperar até que Marizi, a mãe da moça, convença a filha a aceitar o casamento. Até porque, o cara ficou louco com as imagens das câmera que foram instaladas no quarto e banheiro da moça. Elas transmitiam em tempo real tudo o que ela fazia, inclusive banhos e trocas de roupa, o que atiçou ainda mais o desejo de ter seu "produto".

Brian: - Minha mulher não é mercadoria ou produto! - diz, nervoso.

Don Bruno: - E eu não disse isso, só repeti o que foi dito nas ligações entre a mãe da sua mulher e o Ye Jun. - digo, dando de ombros. - Agora se acalma e guarda essa raiva toda pra punir quem quer usar sua mulher como objeto. - falei, cruzando os braços.

Felipe: - Don Bruno tem razão. Não vai adiantar perder a cabeça agora. Temos que pensar friamente e montar uma estratégia muito boa, sem espaço pra falhas.

Don Bruno: - Isso mesmo, Felipe. Gostei ainda mais de você agora. Tem um lugar na minha famiglia, se quiser...- dou um meio sorriso.

Felipe: - Seu pai já me fez essa proposta anos atrás, meu filho, e eu recusei...agora vou ter que continuar recusando. - ele sorri.

Don Bruno: - Que pena, seria um grande mafioso. Mas quem sabe um dia...- dei de ombros. - Fernanda, terminou? - perguntei, observando a morena à minha frente, bebendo seu copo d'água, com o olhar fixo em um ponto, parecendo perdida em seus pensamentos.

-Desculpe, Don. - ela diz, de cabeça baixa. - Eu ainda tenho umas últimas informações...- ela ajeitou seus óculos e continuou a digitar no notebook e falar para a família Donartti.

Fernanda: - Mas o mais importante agora, é a data combinada pra que Ye Jun venha à Manhattan, pegar sua noiva. A intenção de Marizi é fazer uma última tentativa de que Alice aceite o casamento por bem, mas se Alice não ceder, os planos são sequestrar ela e levá-la à força para a Coréia, onde o casamento vai acontecer em uma semana.

Brian: -Isso não vai acontecer! Ela é minha mulher e vai se casar comigo. - passa as mãos no rosto. - Mas tem uma coisa que eu não entendo...a Alice teria que ser entregue virgem, certo? - Fernanda assentiu. - Mas ela não é mais, eu fui o primeiro homem dela. E aquela velha desprezível sabe disso, pois brigou com a Alice por ter encontrado um teste de gravidez e foi aí que minha mulher saiu de casa. Ela não contou isso ao tal mafioso, mas se tinham câmeras no quarto dela...Se ele a via e ouvia pelas câmeras, ele sabe que ela não é virgem. Porque ainda a quer?

Fernanda: - Como eu disse, se fosse comprovado que ela não era pura, na noite de núpcias, ele a usaria até conseguir um herdeiro.

Brian: - Mas ele sabia disso, mesmo antes de casar já sabia.

Fernanda: - Sim, sabia. Mas parece que ele decidiu aceitá-la mesmo assim, pois está obcecado por ela.

Brian: Desgraçado! E se Alice estivesse grávida!?

Fernanda: - Isso seria impossível, já que a senhora Marizi foi instruída a administrar medicamentos contraceptivos dissolvidos em chás que inibem a ovulação, todos os dias para a senhorita Alice. Mas quando Alice saiu de casa, a senhora Marizi não teria como dar a ela esses medicamentos, por isso, Ye Jun antecipou sua vinda aos Estados Unidos, para evitar que sua noiva engravidasse de outro. Caso isso ocorresse ele pagaria para realizarem um aborto, resolvendo o problema.

Brian: - Eu vou matar esse desgraçado!

Felipe: - Nós vamos, meu filho!

Fernanda: - Bom, eu preciso de um tempo. - eu vejo a tristeza nos olhos da minha pequena. - Don Bruno, posso sair um pouco? - pergunta.

-Você está bem? - perguntei, a encarando.

-Estou...mais ou menos..preciso tomar um ar.

-Ok. Não se afaste da cabana. - falei, sério e faço sinal para que Marco a acompanhe.

-Obrigada, Don. - ela sai de cabeça baixa e noto o Felipe a encarando o tempo todo.

Felipe: - Ela está bem? - ele me pergunta, assim que Nanda sai.

Don Bruno: - Ela vai ficar! - respondo, pensativo. - A história dela é difícil, então certas coisas mexem com ela. Mas já já ela estará aqui pra nos ajudar. - me sentei numa cadeira, respirando fundo. - Agora temos que planejar o ataque. Pra mim, o ideal é atacar na terça à noite. Eles são muitos, até porque Ye Jun não é burro e pesquisou sobre a família de vocês, então ele sabe da possibilidade de um possível ataque em defesa da sua nora.

Felipe: - Mas não seria arriscado atacar logo no dia em que eles chegarem?

Don Bruno: - Arriscado seria deixar eles descansarem e se prepararem para o confronto! Eles vão viajar por horas, mesmo sendo treinados, são humanos, então estarão no mínimo cansados. Eles já tem um galpão preparado pra recebê-los. Iremos dividir as equipes e ficar em pontos estratégicos, esperando o sinal do nosso coruja. quando for a hora atacamos por 4 pontos diferentes, o que diminui a chance de reação, pois não saberão pra qual direção focar. E temos o elemento surpresa duplo.

Felipe: - Como assim?

Don Bruno: - Eles sabem que provavelmente sofrerão ataque, mas não imaginam que serão atacados no quartel general deles. E, eles não esperam que meus homens ataquem junto. Entendeu o plano?

Felipe sorri, satisfeito!

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***