Surreal

Acordo animada com a idéia de poder, ver o Ricardo no trabalho antes eu não me importava muito com isso, mas agora que quero conhecer ele melhor isso é de extrema importância, conhecer que o motiva sei que ele ama o trabalho.

Tomo um banho coloco uma roupa confortável, acabo a optar por uma calça moletom femina Jogger, blusa de alças azul e um ténis não sei como é o dia do Ricardo no trabalho, mas acredito que deve ser bem cansativo então não quero atrapalhar ele.

Vou para o quarto da Mel a ajudo, acordar já combinei com a Eva ela vai cuidar da Mel pela manhã.

Melissa: — Mamãe posso brincar, com o jogo de peças?

Mariana: — Claro meu amor pode pegar, vamos levar ele e você brinca na mesa da cozinha assim a Eva pode ficar tranquila.

Ricardo: — Bom dia minhas meninas.

Observo o Ricardo entrar no quarto, beijando a Mel e vem naturalmente até mim me dá um selinho de bom dia.

Mariana: — Bom dia.

Melissa: — Vocês estão a namorar, o papai tá feliz.

Ricardo: — Espertinha.

Ricardo: — A tarde vou tirar o dia de folga vamos comer sorvete?

Mariana: — E podemos ir na pracinha.

Melissa: — Oba!

Descemos para o café da manhã e depois, nós despedimos da Mel e vamos para o Haras primeiro o Ricardo passou em cada baía olhando os cavalos se está tudo bem e se a quantidade de água e comida estão adequadas e realmente são cavalos lindos com a pelagem de um brilho espelhado os músculos evidentes.

Noto que cada baía tem uma plaquinha com o nome do cavalo e abaixo o nome dos seus donos observo uma em especial uma linda égua imponente marrom com manchas brancas, e em baixo do seu nome Céu estava o meu também me aproximo curiosa e noto o desconforto do Ricardo com a minha aproximação então só poderia ser ela.

Mariana: — Então é ela.

Ricardo: — Sim, ela é sua.

Ricardo: — Se estiver desconfortável podemos sair.

Mariana: — Não tá tudo bem.

Entro na baía seguido por ele e fico de frente para ela estendo a mão em direção a sua cabeça e mantenho no ar não quero assustar, e ela diminui a nossa distância aproximando e colocando a sua testa na minha mão.

Por um minuto eu já odiei este cavalo, foi um dia no hospital quando soube ter uma filha e não lembrava dela, eu tornei-a a responsável por roubar a minha vida as memórias eu culpei-a, mas isso não durou muito tempo, ela era um ser de alma pura nunca me prejudicaria por maldade ela era só animal seguindo os seus extintos e não tem como saber o que a incomodava o que fez ter aquela reação.

Mariana: — Ela parece tão dócil.

Ricardo: — E ela realmente é.

Ricardo: — Não sei o que provocou tudo aquilo examine cada parte dela fiz exames, mas estava tudo bem nenhuma dor ou lesão para causar algum desconforto.

Ricardo: — As fivelas as rédeas estava tudo no devido lugar o Douglas revisou enquanto fui-lhe acompanhar no hospital.

Ricardo: — Acreditamos que ela pode ter se assustado com algo, na verdade, é a única coisa que podemos supor.

Ricardo: — Mas por precaução não autorizei mais ninguém montar nela quando é levada para se exercitar.

Ricardo: — Mas a única mudança que tenho notado é que ela anda mais apática, nestes últimos dias acredito que sente falta de você eles se apegam ao seu dono.

Ricardo: — Você se senti incomodada com ela?

Mariana: — Para ser sincera por um momento eu tive raiva dela transferi a minha dor nela como se ela me tivesse tirado algo, mas eu consigo entender agora que foi uma fatalidade ela não tem culpa alguma poderia ser de qualquer outra forma era para acontecer.

Ricardo: — Que bom cheguei cogitar se deveria vender ela.

Mariana: — Não uma pena perder ela é um belo cavalo.

Mariana: — Vai ficar tudo bem garota.

Eu afago ela que me olha atentamente.

Depois disso vamos onde são realizadas as consultas e encontramos, o Douglas já está trabalhando a organizar os materiais como seringas e medicamentos ele olha-me e abre um grande sorriso vem ao meu encontro e abraça-me.

Douglas: — Que surpresa boa.

Douglas: — Se soubesse que teríamos visita tão ilustre tinha-me preparado melhor.

Mariana: — Bobo.

Douglas: — Mas falando sério estou feliz que vocês dois estão se entendo.

Olho para o Ricardo que entrega um sorriso enorme de satisfação.

Mariana: — Também estou feliz por isso acredito que finalmente as coisas vão voltar ao seu devido lugar.

Douglas: — O seu amigo já está a sua espera.

Ricardo: — Tá vou só lavar as mãos.

Observo o Ricardo ir ao banheiro.

Mariana: — Amigo?

Douglas: — É um cavalo que a prefeitura nós trouxe, foi recolhido do antigo dono por maus tratos chegou muito machucado.

Mariana: — Não sabia que vocês tinham casos assim aqui.

Douglas: — Acontece muito raramente, mas este é um caso bem complicado, ele não tem confiança não deixa ninguém se aproximar faz dias que o Ricardo está trabalhando com ele.

Mariana: — O Ricardo consegue?

Douglas: — Não conhece ele se alguém consegue é o Ricardo.

Douglas: — Não pode perder isso garota, vamos lá.

Nem reparei quando o Ricardo saiu chegamos a pista redonda de treinos e ficamos a observar na cerca encostados o Ricardo com o cavalo no meio do círculo com as mangas da camisa até o meio do braço.

Ele tenta se aproximar o cavalo se ergue todo ficando só em duas patas totalmente acuado tentando afastar o Ricardo, os seus olhos eram de medo, eu acabo sentindo o mesmo, mas não pelo cavalo e sim pelo Ricardo ele poderia se machucar.

Eu olho para o Douglas com medo.

Douglas: — Calma confia no processo ele é um dos melhores na doma ele chegou no ponto certo.

Eu observo sem acreditar como numa dança ele se aproxima a mostrar as suas mãos livres ao cavalo, era surreal aquele homem imponente com aquele cavalo enorme sem medo se aproximando lentamente era como uma dança muito bem estudada não sei quanto tempo isso durou uma hora talvez uma e meia, só sei que não conseguia desgrudar os meus olhos de cada movimento até que finalmente o cavalo deu-se cansado e finalmente deixou o Ricardo se aproximar tocar o seu focinho e falar palavras que a essa distância não consigo compreender era como aquele filme antigo sobre um encantador de cavalos e ver ele assim em ação foi de tirar o fôlego.

No final de tudo aquilo, já foi criado um vínculo entre eles o que era inacreditável e finalmente entendi o que a Helena a primeira vez que foi no hospital, disse-me vai para casa e deixa magia acontecer ela só podia estar a falar sobre isso era sensual e másculo, aquele homem se tornava irresistível quando realizava uma doma.

Douglas olhe-me a sorrir maliciosamente, penso que a minha cara de boba afetada era fácil de perceber ele olha no relógio.

Douglas: — Tenho que ir para casa fiquei de almoçar com a Helena.

A nossa a manhã passou rápida mesma.

Mariana:— Manda um beijo para ela.

Douglas: — Pode deixar vocês dois se comportem, não desarrumem muito o feno.

Eu fico de boca aberta o olhando se afastar como podia ser tão identifico a esposa sem nenhum filtro.

Observo o Ricardo vindo na minha direção, acompanhado do cavalo ao seu lado e pareciam grandes amigos de longa data era inacreditável.

Ricardo: — Só vou guardar o cavalo.

Mariana: — Eu acompanho.

Vou a andar mais atrás um pouco longe do cavalo, e várias coisas não muito comportadas passam pela minha cabeça vendo ele andando com a camisa em algumas partes do seu corpo colada pelo suor.

Quando chegamos a baía ele guarda o cavalo e fecha o portão eu penso por que tenho que me segurar afinal ele é meu marido, eu estou louca de desejo pelo menos uns amasso seria completamente aceitável assim que ele se vira eu empurro-o contra o portão e enrosco os meus braços no seu pescoço.

Ricardo: — Mari eu estou todo suado.

Mariana: — E acha que eu me importo.

Ele puxa-me para dentro da baía ao lado e caímos abraçados num monte feno, o que era bem confortável devo admitir o Ricardo entendeu, perfeitamente a minha idéia iniciamos um beijo quente as nossas línguas se tocando o calor incendiando o meu corpo todo, e entre os beijos eu sinto as suas mãos apertando o meu seio por cima da roupa e nesse momento já me sinto muito molhada, e sei que eu não sou a única, pois sinto a sua ereção e pela primeira vez o Ricardo não se controla inicia movimentos de vai e vem precionando o volume da sua calça entre as minhas pernas no ponto certo enquanto os seus beijos não param.

E mesmo com a roupa e só sentindo o seu toque por cima da minha, já era o bastante para ele me levar as nuvens quando sem aviso ele para tomando o fôlego, me deixando totalmente perdida.

Ricardo: — É melhor parar eu não vou conseguir-me controlar mais vou acabar a tirar a sua roupa toda e pode ter certeza Mari não vamos sair daqui hoje.

Ele fala a sair de cima de mim e deitando ao meu lado me puxando para o seu braço eu deito a minha cabeça no seu ombro tentando recuperar o meu controle, ele beija a minha mão.

Mariana: — Nós já fizemos isso né?

Ricardo: — Meu bem nós fizemos muito mais que só se pegar nesse feno.

Mariana: — O Douglas já nós pegou aqui?

Pergunto preocupada.

Ricardo: — Não porquê?

Mariana: — Ele disse para gente não, bagunçar muito feno.

Ricardo: — Aquele idiota!

Ricardo: — Mas não é uma má ideia você tá muito deliciosa com essa roupa.

Ele fala me enchendo de beijos me fazendo sorrir, eu tenho toda certeza do mundo que esse homem vai acabar com todas as minhas barreiras em pouco tempo...

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