Voltando

Mariana

Faz já uma semana que estou fora do hospital, e gradualmente vou a recuperar o meu lugar de mãe da Mel, e cada vez mais fico feliz por estar a ocupar esse lugar já a casa tento-me habituar encontrar-me dentro dela criar uma história ou lembranças já que não tenho as antigas.

Já com o Ricardo temos uma boa relação eu observo o seu esforço em tentar se aproximar, mas eu mesmo sem querer vou criando uma barreira entre a gente o seu olhar constante procurando em mim, que eu recupere alguma lembrança incomoda-me eu acabo-me afastando dele o que ficou ainda mais fácil, pois ele voltou a trabalhar então não passamos mais tantas horas juntos o que é normal, pois ele já estava há muito tempo afastado do trabalho enquanto me acompanhava no hospital.

As vezes o observo na varanda de casa sentado contemplando a noite no sofá de bambu, quase sempre o seu olhar é triste e distante pergunto-me se sempre foi assim e tenho quase certeza que ele tem saudade do que éramos antes de tudo acontecer e sei que isso me deixa triste também, pois não posso controlar então o evito por sentir-me culpada mesmo que indiretamente.

Mas tento evitar pensar nisso pelo menos por hoje, a Helena ficou de vir visitar a tarde então sei que vai ser uma tarde alegre.

Preparo um lanche para nós com bolo e suco, e alguns sanduíches como já me sinto melhor a Eva está vindo só pela manhã, então essa tarde vai ser só eu Helena e a Mel vai ser a tarde das garotas está um dia quente e agradável.

A Mel dormiu depois do almoço, e ainda não acordou quando escuto o barulho da porta da frente às vezes o Ricardo vem dá uma passada para dar um beijo na Mel ou se refrescar.

Mariana: — Estou na cozinha.

Ricardo: — Oi está uma tarde linda, quer ajuda para levar as coisas para o jardim.

Mariana: — Claro.

Ele pega a travessa de sanduíche e leva para mim, é impossível não reparar nos seus músculos aparentes com a camisa dobrada até a parte superior do braço ele estava de botas e calças de jeans o que deixava ele incrível e fico a imaginar qual séria a reação da enfermeira peituda se tivesse oportunidade de ver ele dessa forma ela ficaria louca.

Ricardo: — Vou indo.

Mariana: — Fica um pouco come um sanduíche vou pegar um suco para você.

Ricardo: — Obrigado.

Volto com o suco quando eu alcanço o suco ele toca na minha mão fazia tempo que isso não acontecia e sinto um arrepio passar pelo meu corpo penso que ele também sentiu, pois, olha-me intensamente, nisso escutamos um barulho de garganta, fazendo olharmos ao redor e encontramos a Helena sorrindo.

Helena: — Posso voltar em outro momento.

Mariana: — Não seja boba vem cá.

Ela senta o olhar de deboche dela deixa tudo mais constrangedor sei que o Ricardo quase engole o resto do sanduíche e toma o suco num só gole.

Ricardo: — Vou indo meninas.

Helena: — Tá bom.

Helena: — Ele fica um charme quando fica desconfortável.

Mariana: — Pode apostar que sim.

Helena: — Como estão as coisas entre vocês?

Mariana: — Complicado.

Helena: — Não parecia agora a pouco.

Mariana: — Ele é sedutor muito bonito e tem aquele charme todo não tem como não ficar afetada não sou de pedra.

Mariana: — Mas ele espera mais de mim sentimentos eu não posso dar isso agora.

Helena: — Por que você não abaixa as barreiras e deixa ele seduzir.

Mariana: — Helena!

Helena: — O que não é nenhum crime ele ainda é o seu marido.

Mariana: — É doida.

Helena: — Não sou doida falo a verdade está a perder tempo.

Helena: — E pelo que você me contava ele é incrível.

Mariana: — Nossa.

Eu solto uma risada e ela dá de ombros.

Helena: — Mas agora falando sério se você ter relação com alguém, que não for com ele precisa se prevenir você não toma pílula.

Mariana: — Eu não vou trair o meu marido eu fazia isso?

Helena: — Claro que não era louca pelo Ricardo, na verdade, só falo pela situação toda agora achei melhor te avisar, ele nunca quis arriscar a sua saúde então quando ele soube que você não poderia ter mais filhos, ele fez uma vasectomia.

Mariana: — Então ele também não pode ter mais filhos, por mim isso é inacreditável.

Helena: — Não tem nada que o Ricardo não faria por você.

Mariana: — As vezes eu queria tanto lembrar-me do que eu sentia e tinha com ele.

Helena: — Esse é o problema de vocês dois ficarem procurando o que perderam sigam em frente ninguém vive de passado.

Mariana: — Ele espera que vivemos.

Helena: — Não amiga eu conheço o Ricardo nós começamos a amizade no mesmo ano que vocês se conheceram ele só quer poder ser amado por você, é isso que ele fica a procurar em você o amor.

Mariana: — Eu sei, mas será pode ser possível.

Helena: — Quando parar de culpar você mesma por perder as suas lembranças talvez sim.

Helena: — Você afasta-o por culpa também.

Mariana: — É bem difícil conversar com alguém que me conhece tão bem.

Ela sorri e aperta a minha mão enquanto eu fico a olhar pelo jardim está um dia lindo e ensolarado a nossa frente tem uma grande árvore, que se divide em dois lados balanço e do outro vários vasos suspensos de vidro com orquídeas de diferentes cores.

Quando escutamos o gritinho da Mel vindo toda feliz ao ver a Helena, a sua madrinha ela pega-a no colo a enchendo de beijos e tira da sua bolsa, um pote de bolhas de sabão dando-lhe que fica toda animada.

Mariana: — Como se fala.

Melissa: — Obrigada dinda.

Helena: — De nada meu amor agora quero ver muitas bolhas coloridas.

Melissa: — Tá!

Ela vai para grama a nossa frente e inicia fazer as bolhas.

Mariana: — Não pode vir toda a semana e dar presentes a ela.

Helena: — Eu disse que ia estragar ela até ter os meus tá bom vou tentar me controlar.

Helena: — Como ela tá lidando com tudo isso.

Mariana: — Acredito que bem as vezes fica a lembrar o que gosta para mim, até acha engraçado ela não entendeu a gravidade toda leva mais como uma brincadeira.

Helena: — Pensa que ela notou o que tá rolando com você e o Ricardo.

Mariana: — Não ela pergunta tudo o que vem na cabeça dela penso que já teria perguntado.

Helena: — Mas agora mudando de assunto quando a borboleta aqui vai sair do casulo você não sai de dentro dessa casa.

Helena: — Tá na hora de começar a retomar a sua vida.

Mariana: — Não sabe como é assustador a idéia de sair e encarar as pessoas que eu não conheço, mas elas sim me conhecem.

Mariana: — Tenho medo das situações de não reconhecer as pessoas elas puxarem assuntos, e não ter idéia de como me comportar.

Helena: — Eu sei mas tá na hora vai aos poucos vai no centro aquela cafeteria que você amava ainda existe os mesmos donos, acho que lá era um ótimo lugar para começar.

Mariana: — Pode ser o Ricardo também está sempre falando que eu deveria começar a sair.

E eles estavam certos o medo não poderia me parar preciso retornar minha vida afinal, não sei se um dia vou retomar as minhas memorias a vida não para ela segue o seu percurso natural eu não posso parar tenho que seguir junto dela...

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