Ricardo
Depois do banho e comer uma espécie de mingau de café da manhã o que me fez rir pelas caretas disfarçadas, dela enquanto ela comia, pois a Mariana nunca gostou de mingau, ela adormeceu num sono profundo acredito pelo cansaço do esforço para tomar banho quando escuro a batida na porta e logo entrando no quarto os, país dela.
Marta: — O meu querido como está?
Júlio: — Eu sinto muito por ela não lembrar.
Ricardo: — Tá tudo bem eu tenho esperança.
Sinto a Marta abraçar-me eu aceito, e fico agradecido por eles fazerem parte da minha vida sempre me trataram como um filho, eles são a minha família também independente de qualquer coisa.
Ricardo: — Vou pedir para uma enfermeira ficar de olho nela o médico está nós esperando para uma conversa ontem a noite realizaram alguns exames depois que ela se exaltou ao saber que perdeu a memória e sedaram ela.
Ricardo: — Acredito que eles quer falar sobre isso.
Marta: — Então vamos quero estar aqui quando ela acordar novamente.
Ricardo: — Como ela está?
Marta: — Não se preocupe ela está bem e perguntando por você, deixei ela com o Douglas e a Helena.
Dou um suspiro cansado.
Ricardo: — Vou aproveitar que ficaram essa manhã com a Mariana e vou ficar com ela.
Marta: — Faz bem-querido ela vai gostar.
Saímos do quarto e vamos em direção da sala do médico e o Roger nós recebe.
Ricardo: — Bom sabem que não costumo fazer rodeios nos meus diagnósticos então por favor sentem.
Júlio: — Claro e nem esperamos por isso, como ela realmente está.
Roger: — Não temos nenhuma alteração nestes
últimos exames realizados ontem a noite ela não possui nenhuma lesão mais aparente.
Marta: — Mas como explicar essa perda de memória?
Roger: — Como a amnésia é causada ainda não é completamente compreendida.
Roger: — O cérebro ainda é um grande mistério mesmo com toda a nossa tecnologia e estudos as suas terminações são totalmente delicadas.
Roger: — Tudo está ligado ao lobo temporal, lobo frontal o armazenamento e o hipocampo devido à concussão ou traumatismo craniano durante a queda que ela sofreu.
Roger: — O diagnóstico da Mariana é Amnésia retrógrada que se dá quando a pessoa consegue se lembrar dos eventos que ocorreram após o trauma, mas esquece de fatos e informações que eram familiares antes do trauma.
Roger: — Estes casos dizemos serem parciais eles não impedem que novas memórias podem ser criadas e memórias implícitas permaneçam intactas, como processos automáticos como andar de bicicleta ou passar a marcha de um carro e pentear um cabelo isso anda está preservado ela não desaprendeu coisas simples.
Eu escuto tudo em silêncio e, ao mesmo tempo tudo girando dentro da minha cabeça.
Júlio: — E quanto tempo isso tudo pode durar?
Roger: — Dependendo da gravidade da lesão, poderíamos estimar com a sua diminuição, mas não existe mais a lesão talvez o cérebro dela ainda esteja a tentar encontrar uma forma de se recuperar.
Roger: — Eu já tive alguns casos como estes nas minhas mãos e o que posso dizer que tive assim como pacientes que tiveram minutos de perda de memórias horas, dias, meses, anos ou até a longo prazo que não são possíveis de se recuperar.
Roger: — Se não tem mais lesões não temos o que tratar temos que ser pacientes ir com calma dar o tempo devido a sua recuperação.
Eu olho incrédulo nunca pensei que ouviria do melhor médico do país que devemos, cruzar os braços e esperar.
Júlio: — Ela vai ficar difente vai mudar a sua personalidade?
Roger: — Ela continua a mesma pessoa alguns anos foram apagados, mas ela continua, tendo os mesmos valores a mesma criação.
Roger: — O que pode acontecer ela ficar confusa e perdida e até desenvolver uma espécie de depressão, pois não vai ser fácil é como se o mundo dela estivesse dividido em duas partes as pessoas que ela conheceu e ainda lembra e as pessoas que fazem parte da vida dela agora e não vai ter a mínima idéia de quem são.
Roger: — Por isso temos que dar tempo a ela e esperar.
Eu levanto vou até à janela.
Roger: — Está bem Ricardo?
Roger: — Eu sei que não está fácil.
Ricardo: — Não tem ideia do que é olhar nós olhos da mulher que ama, ela não saber quem é ou você pedir-me para ir com calma.
Ricardo: — Ou como explicar para uma menina de três anos que a mãe dela não tenha idéia de quem ela é!
Ricardo: — Ou para uma mulher que acreditava que tem vinte e poucos anos até ontem que já é mãe e não lembra disso.
Ricardo: — Ou melhor que ela fez um transplante de rins pois seu corpo quase não suportou a gravidez, ela não pode ser mãe novamente e talvez nunca se lembre como foi ser.
Ricardo: — Então não venha-me dizer que sabe o que eu estou a passar.
Ricardo: — Ou o medo de ser descartado por ela, pois não me ama mais, estou vivendo com uma bomba relógio prestes a explodir.
Ricardo: — A minha vida tá desmoronando não me fale para ser paciente ou dizer que me entende droga!
Olho ao redor vejo os olhos cheios de lágrimas da minha sogra eu sei que não deveria ter jogado tudo isso para fora, mas foi inevitável eu precisava de um tempo sair de lá respirar e observar a minha menina.
Ricardo: — Desculpa eu preciso de um tempo sozinho e também vou ficar com a Mel cuidem dela por favor eu volto no final da tarde.
Saio da sala antes de ter uma resposta, deixando tudo para trás vou até o quarto da Mariana ela continua a dormir eu aproximo-me com cuidado não quero acordar ela e ver o seu olhar indiferente não agora, dou um beijo na sua testa.
Ricardo: — Eu volto mais tarde meu amor.
Saio na direção do estacionamento e entro no carro eu estou com uma dor e uma raiva enorme e choro enquanto bato com toda força no volante do carro eu estou com raiva da vida, de mim por ensinar ela andar de cavalo de não estar por perto quando tudo aconteceu como se eu pudesse evitar o momento, por que não fiz o que ela me pediu quando ela disse para ir trabalhar mais tarde aquele dia e ficar a manhã com ela, mas eu tinha que atender um fornecedor de medicamentos para os cavalos.
Após recompor-me vou para casa da Helena e Douglas assim que estaciono o carro vejo a Mel andando de balanço sendo embalada, pelo meu melhor amigo e o seu padrinho.
Assim que saio do carro um dos meus maiores amores vem na minha direção toda sorridente com os seus bracinho estendido olho aquele sorriso que tinha tanto da Mariana, eu precisava ter ela nós meus braços sentir o seu cheirinho ela fazia-me acreditar que tudo seria recuperado, a ter esperanças novamente.
Melissa: — Papai!
Ricardo: — Oi meu amor que saudade!
Com a sua pureza e doçura tudo era visto com positividade eu precisava disso recarregar para seguir e lutar pela nossa família.
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Atualizado até capítulo 27
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