Ricardo
Eu não consigo acreditar que ela deixou ser beijada por aquele idiota, o que acontecia como tudo poderia se tornar tão complicado era um desastre por mais que eu tente-me aproximar ela afasta-se e agora isso.
Saio do nosso antigo quarto e vou para varanda, estou com muita raiva, e beijar ela foi uma grande idiotice da minha parte fazendo tudo ficar ainda mais difícil de lidar, todos esses dias eu tentava-me enganar que ficaria bem independente das decisões da Mariana no futuro.
Que conseguiria-me recompor se ela quiser terminar o casamento, mas aquele beijo só me mostrou o quanto sou idiota me enganando eu amo aquela mulher com todas as minhas forças eu não ficaria bem quando ela fosse embora.
Aquele beijo que acabou de acontecer agora a pouco foi a melhor a pior coisa da minha vida.
Eu estou chateado e magoado por que ela não me pediu para ver os seus jardins, será que ela queria beijar e estar com o Flávio não sei o que pensar, e saber que a mulher que eu amo estava nós braços de outro acabava comigo.
Queria poder conversar com o Douglas, mas já é tarde, não vou incomodar ele com os meus problemas a essa hora fico sentado a olhar o céu na varanda lentamente vou ficando mais calmo, mas com dor de cabeça parece que vai-me arrebentar, depois de algum tempo subo para o quarto e tomo um remédio e fico a olhar para o teto atirado na minha cama o que me machuca mesmo é essa distância entre a gente.
Parece que um muro está a ser erguido, e não sei como parar hoje eu até fiquei com um pouco de esperança quando ela me abraçou pela manhã, mas estava enganado o encanto entre nós está se perdendo da parte dela e pela primeira vez perco as esperanças, acho que não vou conseguir recuperar o amor dela estou acreditando que é impossível uma pessoa poder se apaixonar duas vezes, essa não vai ser a nossa história.
Amanhece eu não consegui a noite toda pregar o olho meu humor está péssimo então resolvo ir direto para o trabalho sem o café da manhã, eu não queria descontar em alguém a minha frustração chego no trabalho e encontro o Douglas examinando um dos cavalos que chegaram ontem.
Ricardo: — Como ele está?
Douglas: — Se recuperando esse grandão é forte, já mostra melhoras na desidratação.
Quando ele tira o olhar do cavalo se volta para mim, e observe-me atentamente.
Douglas: — E essa cara de poucos amigos, parece que vai matar um.
Ricardo: — Vontade não me faltaria.
Douglas: — Vem já revisei todos os cavalos e ainda temos uma hora para revisar as baias e a chegada do pessoal tem que buscar as encomendas no centro.
Douglas: — Vamos caminhar um pouco você tá precisando.
Saímos pela grama estava um dia bonito, de sol diferente do meu humor, conto tudo o que aconteceu sobre o encontro do Flávio com a Mariana.
Ricardo: — Eu queria matar o Flávio por se aproveitar, desse momento a nossa crise toda para se aproximar.
Douglas: — Ele nunca teve escrúpulos.
Douglas: — Agora o que vai fazer ou pretende?
Ricardo: — Na verdade, eu nunca estive tão perdido quanto estou agora fico a observar o meu casamento escorrer sobre os dedos.
Douglas: — Tenta novamente não desiste luta por ela.
Ricardo: — É o que eu tenho feito todos os dias, o que tá me matando mais não é o beijo, mas sim ela deixar o Flávio se aproximar será que ela voltou a amar ele.
Douglas: — Pelo o que você me falou não deu tempo dela falar o que sentiu teve medo e saiu antes da resposta dela, isso vai acabar-lhe matando eu conheço você.
Douglas: — Vai passar o dia todo pensando e torturando-se se abre vai até ela e pergunta o que ela sentiu.
Ricardo: — Estou com medo da resposta.
Ricardo: — Dela dizer que sentiu algo o beijo não me machuca tanto quanto a possibilidade dela, gostar dele novamente.
Douglas: — Conversa não esquece que casamento é sobre isso fugir não muda as coisas é inevitável.
Ricardo: — Você tá certo segura as pontas aqui depois eu vou à cidade com o carro buscar as vitaminas que encomendei para os cavalos.
Douglas: — Vai leva o tempo que precisar.
Volto para casa e não posso negar que esteja nervoso com o que eu vou escutar, a encontro no jardim brincando de boneca com a Mel que logo que me aproximo já sorri e vem me abraçar a Mel sempre é muito carinhosa.
Ricardo: — Podemos conversar Mari?
Ela concorda, mas noto no seu olhar, um receio talvez ela pense que ainda estou bravo por ontem, mas eu não estou não com ela, mas sim pelo Flávio ou até pela vida que nós colocou nessa situação.
Sentamos na mesa do jardim enquanto a Mel brinca mais ao longe.
Ricardo: — Quero conversar sobre o beijo entre o Flávio e você.
Ela abaixa a cabeça e fica a olhar para as mãos.
Mariana: — Pode perguntar eu vou ser sincera.
Ricardo: — Quis aquele beijo?
Mariana: — Eu não queria, mas não te vou mentir que fiquei curiosa de saber como poderia ser afinal eu me lembrava da sensação no passado.
Ricardo: — O que sentiu?
Ela pela primeira vez vez hoje me olha nós olhos depois que eu iniciei essa conversa com ela.
Mariana: — Na verdade, uma sensação de vazio, não tinha sentimentos nada além da sensação de me desenvencilhar daquela situação.
Mariana: — Ele não causa mais o mesmo efeito, que ele causava em mim a anos atrás.
Eu concordo, mas fico surpreso com o que escuto a seguir.
Mariana: — O beijo dele não chegou nem perto das sensações que o seu ontem a noite provocou-me.
E um pouco de esperança surge em mim ela não era indiferente ela sentia algo já era um bom começo mesmo que não fosse amor.
Ricardo: — Vamos sair essa noite para jantar?
Mariana: — Pode ser.
Mariana: — A minha mãe ligou a pedir para gente, deixar a Mel passar a noite com eles.
Ricardo: — Ótimo as vezes ela passava as noites de sexta lá antes do acidente acontecer.
Ricardo: — Então combinado deixamos ela umas sete na casa dos seus, país então saímos para jantar.
Eu saio com um pouco mais de esperança que talvez, nem tudo esteja perdido a minha vontade era perguntar o que ela sentiu com o beijo, mas acho a melhor estratégia ir com calma, pois não quero a afastar o tempo ia ser o melhor solução.
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Atualizado até capítulo 27
Comments
Telma Souza
tadinho do Ricardo.
2024-08-21
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