Informações

Mariana

Acordo e olho ao meu redor e não encontro o Ricardo como de costume o que me deixa curiosa, onde ele pode estar não que me importe muito. Quando escuto o barulho da porta e vejo a minha mãe quase correndo ao meu encontro me abraçando em pleno choro ela sempre foi muito emotiva e nada mudou pelo visto.

Marta: — Meu amor fiquei com tanto medo.

Mariana: — Aí.

Júlio: — Mulher vai com calma a menina está se recuperando deve estar cheia de dores.

Marta: — Desculpa querida.

Mariana: — Tudo bem mãe eu estou melhor para de chorar temos muito o que conversar minha cabeça tá uma confusão, em branco só vocês podem-me ajudar.

Minha mãe me solta o meu pai se aproxima depositando um beijo no meu rosto.

Júlio: — O que quer saber meu bem?

Mariana: — Deixa eu pensar talvez os últimos 14 anos quem sabe.

Dou um sorriso fraco era para ser engraçado, mas não é nem um pouco tanto para mim quanto para eles.

Júlio: — Eu sinto muito querida.

Eu observo os dois o meu pai senta na poltrona enquanto a minha mãe na beirada da cama e posso notar que estes anos trouxeram, mais cabelos brancos e algumas rugas novas deles que eu me lembrava.

Mariana: — Penso que o assunto nesse momento mais importante, é o meu casamento como aconteceu?

Júlio: — Aconteceu como de qualquer outra pessoa querida, conheceram-se e apaixonaram-se noivaram e casaram o curso natural da vida.

O meu pai sempre foi muito prático.

Mariana: — Isso eu sei pai, mas como ele é realmente.

Marta: — Vocês meu bem sempre foram incríveis juntos.

Marta: — Ficou radiante já no primeiro dia que o conheceu e encantada.

Eu escuto tudo aquilo curiosa eu nunca fui da empolgar-me tanto com um homem sempre fui mais pé no chão prática como o meu pai e ele nunca gostou dos meus namorados.

Mariana: — E você pai?

Júlio: — Ele é bom homem fez uma ótima escolha.

Agora eu fiquei surpresa.

Marta: — No início seu pai implicou um pouco depois eles ficaram amigos.

Júlio: — Eu confiei-lhe o seu cuidado.

Mariana: — E a família dele?

Júlio: — Ele foi criado por um tutor até completar a maioridade quando os, país faleceram nós somos a família dele.

Mariana: — Entendi e ele ama-me?

Marta: — Mari não tem idéia do que ele pode fazer por amor a você.

Não entendi muito bem o que ela quis dizer.

Mariana: — Como nós conhecemos?

Marta: — Penso que deveria fazer essa pergunta para ele tenho certeza que ele gostaria de contar-lhe.

Mariana: — Na verdade, eu não sei como me comportar com ele, tenho a impressão que só cometo um deslize atrás do outro primeiro apresentei-me como uma estranha faz, depois insinuei que ele era tão estranho quanto as enfermeiras o seu olhar incomoda-me é de tristeza misturado com desapontamento.

Marta: — Ele não merece isso.

Mariana: — Mãe não é intencional, foi sem querer não quero magoar ele.

Júlio: — Não se cobre tanto, querida seja natural confie nele e tenho certeza que tudo vai se resolver no futuro.

Mariana: — Onde ele está agora no trabalho?

Júlio: — Não ele tirou umas férias para cuidar de você, ele está no Douglas o melhor amigo dele.

Marta: — Casado com a sua melhor amiga, a Helena.

Mariana: — Helena e a Bruna?

Bruna era a minha melhor amiga crescemos juntas o que aconteceu com ela.

Marta: — Eu não sei bem o que aconteceu foi durante a faculdade, afastaram-se e nunca mais voltaram a se falar, mas nunca falou o motivo quem deve saber é a Helena.

Marta: — Ela queria-lhe ver vir hoje no hospital, mas eu não sabia como estava se sentindo então achei melhor adiar essa visita.

Mariana: — Isso tudo é surreal pensar em pessoas que eu nem lembro, mas importantes na minha vida como vou seguir assim eu sou como um livro onde várias páginas foram arrancadas.

Marta: — O meu amor tudo vai ficar bem agora tá confuso, mas com o passar do tempo tudo vai para o lugar.

Depois do almoço acabo a pegar no sono, e acabo a dormir a tarde toda quando acordo não encontro mais os meus pais e sim o Ricardo escorado olhando pela janela para fora do hospital posso notar que já é noite, ele está com olhar perdido quando ele se vira para mim o seu rosto parece bem menos cansados que hoje pela manhã parecia que algo a ajudará a recuperar a suas forças.

Ricardo: — Como passou o dia?

Mariana: — Foi bom observar os meus pais, e o seu dia?

Ricardo: — Eu precisava tomar um ar, os seus pais deixaram-lhe um beijo não quiseram-lhe acordar.

Mariana: — Eu tenho dormido demais.

Ricardo: — É normal seu corpo está se recuperando.

Ele vem até perto da minha cama e vejo uma leve fisgada no seu rosto, de dor assim que senta tenho certeza que dormir vários dias naquela poltrona matava as suas costas.

Mariana: — Já a sua coluna está a sofrer nessa pequena poltrona deveria ir para casa.

Ricardo: — Já tivemos uma conversa sobre isso.

Mariana: — Eu sei vem.

Faço sinal para a cama e ele olha-me curioso sem entender.

Mariana: — Não me olha assim acredito que não é nada que já não fizemos, antes essa cama é grande o suficiente para nós dois.

Mariana: — Não é justo você ficar esse tempo todo nessa poltrona minúscula, vem dormir comigo aqui.

Ricardo: — Não conhece o seu médico ele vai-me matar se me pegar a tirar o seu espaço.

Mariana: — Fica tranquilo eu defendendo-lhe dele.

E ele sorri e pela primeira vez eu realmente dou atenção àquele gesto o olho dele fica rasgadinho quando isso acontece o que é muito fofo ele é aquele tipo de pessoa que nós falamo que, sorri com os olhos e tudo mais se ilumina quando acontece.

Ele aproxima-se todo cuidadoso, sentando e deitando na beiradinha da cama tenho certeza que se ele se movimentar vai cair no chão.

Eu meio desajeitada por não ter muita força o puxo para mais perto e deito a cabeça no seu ombro e escuto ele suspirar eu realmente tento fazer os que os meus pais aconselharam-me a confiar nele e tentar ser natural talvez esse seja o caminho certo.

Ricardo: — Posso pegar na sua mão, esquece não quero pressionar.

Mariana: — Tá tudo bem.

Ele pega na minha mão as suas são firmes e quentes um pouco ásperas, mas não chega a ser desconfortável até que a sensação reconfortante num ambiente hostil que é um hospital a noite.

Mariana: — No que está a pensar?

Ricardo: — Verdadeiramente que eu estava com saudade de estar assim com você Mari.

Ricardo: — E você?

Mariana: — Que a vida prega muitas peças na gente.

Ricardo: — Não tenho como não concordar com isso.

Mariana: — Como nós conhecemos?

Ele fica surpreso com a minha pergunta e o sorriso não abandona o seu rosto enquanto conta como aconteceu.

Ricardo: — Foi num sábado a noite eu nem era para estar na faculdade aquele dia, pois eu fiquei de ir ao final de semana resolver algumas questões com o meu tutor, mas meu carro estragou então acabei não indo o que agradeci por muito tempo, na verdade, até hoje, pois pude-lhe conhecer.

Ricardo: — Eu estava meio entediado então peguei o meu violão e fui para o pátio da faculdade sentei em baixo de uma árvore e após um tempo tocando e cantando notei a sua presença.

Ricardo: — Estava perfeita sentada a poucos sentimentos de mim iluminada pela noite num vestido longo e floral de alças.

Mariana: — O rosa?

Ele sorri ainda mais a iluminar todo o seu rosto.

Ricardo: — Sim, ele mesmo adorava aquele vestido em você.

Mariana: — Eu lembro dele comprei um ano antes de entrar na faculdade.

Ricardo: — Eu nem notei que você estava ali me ouvindo tocar linda e sorridente com certeza teria perdido todo na música, pois eu fiquei encantado assim que coloquei os olhos em você.

Ricardo: — Daí solta um" Você vem sempre aqui lindo ainda toca violão e canta com uma voz aveludada como isso é possível, não te ter percebido antes".

Eu solto uma risada nem eu acredito.

Ricardo: — Pode acreditar.

Eu olho-lhe como ele pode adivinhar o que eu penso é a segunda vez que acontece.

Mariana: — Eu fui muito descarada.

Ricardo: — Eu discordo achei incrível.

Mariana: — O que respondeu?

Ricardo: — Que você deveria prestar mais atenção, pois eu já tinha a notado antes.

Mariana: — Boa resposta.

Ricardo: — Eu já tinha-te visto algumas vezes lendo sentada no gramado, mas nunca tive coragem de aproximar-me.

Ricardo: — E depois desse momento nós tornamos inseparável não demorou muito para o nosso primeiro beijo que foi no nosso segundo encontro.

Ele interrompe a abrir a boca de sono, posso imaginar como estes últimos dias devem ter sido, stressantes e cansativos para ele então eu fico em silêncio só sentindo a sua mão e os seus dedos fazendo carinho na minha eu tenho certeza que apesar de tudo eu posso ser amiga dele independente, do que acontecer no futuro se vou me apaixonar ou não novamente por ele.

Logo já escuto a sua respiração tranquila e por um momento fico o observando ele tem o cheiro tanto da pele como o do perfume, ótimos, mas isso não me traz nenhuma lembrança só é bom.

Quando escuto o barulho da porta, e observo o doutor Roger entrar ele olha-me com uma expressão de poucos amigos.

Mariana: — Não adianta contestar ele vai dormir aqui a partir de hoje.

Roger: — Era uma paciente mais dócil quando dormia.

Eu faço uma careta em resposta.

Mariana: — Não foi delicado doutor.

Roger: — Vou deixar passar fingir que não sei, penso que ele está a precisar desse contato com você.

Mariana: — Ele não está bem?

Roger: — Nunca é fácil para os familiares dos parentes, e todos esses dias ele não se afastou um minuto até tomar banho ele faz na sala dos enfermeiros ele sabe ser bem teimoso.

Eu olho para o Ricardo que parecia ser a paz em pessoa enquanto dormia.

Roger: — Mas quero saber como está, a escala de dor?

Mariana: — Vamos dizer que hoje está um sete, suportável.

Roger: — A memória nenhum sinal alguma imagem que tenha surgido mesmo rapidamente.

Mariana: — Nada só sei o que as pessoas contam sobre mim destes últimos anos.

Roger: — Dor de cabeça ou tontura?

Mariana: — Essa manhã eu tive tontura, mas acredito que teve mais haver com fraqueza do que algo cerebral.

Roger: — Entendo para garantir quero que fique mais um mês no hospital, quero que realize pequenas caminhadas sempre acompanhada de alguém para melhorar a sua musculatura, pois ficou quatro meses sem se movimentar muito das suas dores são disso também.

Roger: — Também entrei em contato com a nutricionista do hospital para mudar a sua dieta quero que recupere um pouco do peso que perdeu para ficar mais forte quando sair do hospital.

Roger: — Por hora é isso está se saindo muito bem.

Mariana: — Doutor Roger por que estou a tomar aqueles remédios a quantidade é bem elevada?

Ele volta-se para mim novamente.

Roger: — Estes remédio são imunossupressores, você já os tomava diariamente antes da queda no cavalo, mas aumentamos a quantidade, pois não queríamos uma sobre carga já que você estava em recuperação de um trauma da queda.

Roger: — Mas agora que está tudo bem vamos ir gradualmente diminuindo a quantidade e voltara a quantidade antiga.

Essa informação deixou-me chocada.

Mariana: — O que eu tenho?

Roger: — Mariana teve falência dos rins a três anos e meio, teve que passar por um transplante não se preocupe que correu tudo bem ficamos bastante preocupados que com a queda você sofresse algum tipo de lesão no órgão transplantado, mas tivemos muita sorte e estou sempre em contato com o seu médico então, não se preocupe.

Era estranho ouvir tudo aquilo não se preocupe teve sorte bateu a cabeça não tem memória, mas tudo bem salvamos o seu rim que , esquecemos de contar não é seu foi doado eu começo a rir o médico olha-me sem entender agora ele tem certeza que eu enlouqueci.

Roger: — Queria entender o que é engraçado-me deixou curioso?

Mariana: — Essa situação toda não ter memoria todos sabem mais da minha vida que eu.

Roger: — Posso estão anotar aqui no meu prontuário que o senso de humor continua preservado.

Mariana: — Pode sim, ainda prefiro sorrir, pois se eu for parar mesmo para encarar essa situação toda ficaria chorando, o tempo todo não combina comigo ou pelo menos não combinava.

Roger: — É uma boa estratégia.

Roger: — E sobre isso não sei de nada, não quero que o seu marido perca o pouco respeito que ele ainda tem de mim.

Ele fala se referindo ao Ricardo dormindo na cama.

Mariana: — Pouco?

Roger: — Não se engane por esse rostinho ele pode ser bem desafiador.

Mariana: — Ok.

O meu marido ainda era estranho ouvir isso, e também saber que tive uma doença tão grave será que fiquei em estado de talvez perder a vida agora entendi a cicatriz que encontrei no meu corpo no banho pela manhã, e fico-me perguntando o que mais não me contaram o que ainda estaria por vir pela frente...

Mais populares

Comments

Telma Souza

Telma Souza

Estou amando. Autora eu sou o tipo de pessoa que elogia. se se não gostar. falo também. Sei que toda história tem problemas. mais gosto que seja solucionados. kkkk não que demore anos para issi

2024-08-20

0

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!