Mariana
Depois do abraço do Ricardo eu já me sentia mais tranquila e com coragem, de conhecer o quarto da Melissa penso que o meu maior medo assim que eu soube que tenho uma filha é não conseguir ter uma ligação com ela.
O Ricardo leva-me até o quarto a porta do quarto para ser mais exata.
Ricardo: — Acredito que essa tem que ser uma descoberta só sua vou estar na sala.
E vejo ele se afastar eu fico por um tempo igual uma idiota parada observando aquela porta branca na minha frente até ter coragem finalmente de abrir a porta.
E para minha surpresa o quarto era azul claro com nuvens brancas, não era rosa como da maioria das meninas entro e olho aquela cama pequena com a roupa de cama era de um rosa bem claro, a primeira reação que eu tenho é ir até o travesseiro dela e cheirar assim que faço algo dentro de mim se aquece aquele cheiro delicado era perfeito era o cheiro da minha filha de alguma forma acessava algo dentro de mim, não era uma lembrança eu não lembrava de estar grávida, sentir ela dentro de mim, movendo-se, ela nascer ver ela crescer, mas mesmo assim o perfume natural dela da sua pele trazia-me alguma memória afetiva.
Os seus brinquedos eram muito bem organizados numa caixa organizadora, as bonecas e ursos em pequenas prateleiras brancas noto uma boneca muito bonita da Rapunzel que eu acredito que deve ser sua princesa preferida.
Vou até o seu pequeno roupeiro branco que fica ao lado de uma poltrona grande da mesma cor, abro o roupeiro ele tem de tudo um pouco roupas bem confortável e vestidos lindos que vão do floral, do delicado ao mais vibrante o que combina muito com ela e algumas eu reconheço das fotos que o Ricardo levou no hospital. Passo a minha, mãos sentindo cada textura dos tecidos.
Vou depois para a pequena mesinha de estudos brancas nelas tem pequenos cadernos com capas de tecidos florais lembram diários antigos o que me deixa curiosa, quando abro descubro serem cadernos de desenhos cheios de desenhos da Mel.
Eles são alegres e alguns cheios de colagens, que parecem ter feito com ajuda de um adulto eu desconfio que pode ter sido eu, pois eles são bem-parecidos com a forma que a Helena descreveu-me os meus diários de trabalho sobre os jardins que eu projetei eu lembro-me que na escola sempre tive facilidade em trabalhos manuais e em artes.
Após olhar tudo com muito carinho vou para sala onde encontro o Ricardo lendo um livro sobre cavalos, assim que me observa coloca o livro de lado.
Ricardo: — Então como foi?
Mariana: — Foi bom senti-me mais ligada a ela sabe o cheirinho dela roupa de cama foi realmente incrível.
Ricardo: — Observou as colagens, vocês duas passavam as tardes fazendo.
Mariana: — Sim, imaginei que alguém tinha a ajudado.
Mariana: — O quarto azul surpreendeu-me.
Ricardo: — Ela ama o céu e observar as nuvens.
Eu dou um sorriso com essa resposta.
Ricardo: — Mais cedo notei que algo te incomodou com as fotos.
Mariana: — Não é que me incomodou, na verdade, nem sei direito o que eu senti tá tudo tão misturado foi estranho-me ver momentos que não lembro.
Ricardo: — Eu entendo Mari eu quero que isso aqui realmente de certo quero que sinta em casa, então se você não se sentir confortável querer tirar fotos guardar ou mudar qualquer coisa aqui pode fazer isso não precisa nem me falar essa casa é sua.
Mariana: — Eu gostei muito da casa não quero mudar nada, pode ficar tranquilo e as fotos foi só o choque inicial.
Mariana: — Penso que eu já vou ir dormir amanhã o dia vai ser longo.
Ricardo: — Claro boa noite!
E passe-me algo pela cabeça onde ele vai dormir.
Mariana: — Vai dormir no nosso quarto?
Ricardo: — Não se preocupe já levei as minhas coisas para o quarto de hóspedes, lá além de uma mesa de escritório que você usa as vezes para trabalhar tem uma cama de solteiro.
Mariana: — Eu não me importo de dividir o quarto assim como nós fazíamos na cama de hospital.
Ricardo: — Eram circunstâncias diferentes, Mari acredito que nesse momento é melhor eu ficar no quarto de hóspedes.
Ele olha-me intensamente eu não consigo desviar o olhar enquanto ele continua.
Ricardo: — Eu te amo e desejo você, eu só quero estar perto de você mas também quero que me queira da mesma forma.
Ricardo: — Por isso é melhor eu ficar no quarto ao lado até você saber o que deseja não quero impor a minha presença.
Ele aproxima-se calmamente eu prendo a minha respiração, é inegável o seu poder de sedução e charme ele é atraente só uma idiota não perceberia isso sinto ele depositar um beijo na minha testa e sair só depois disso consigo voltar a respirar.
Vou para o quarto e após preparar-me para dormir deito na cama é estranho estar sozinha nela acabo a demorar a pegar no sono eu já me acostumava a dormir com o Ricardo não ter ele por perto não é confortável, percebo a falta que faz não sentir o seu calor ao lado e realmente nem tenho idéia de quando peguei no sono finalmente.
Acordo e levo um tempo para me ambientar e estranhamente acordo com uma melodia na cabeça, mas não me recordo que música é então levo um tempo para entender onde estou, levanto da cama e vou até à janela ao abrir percebo que está um lindo dia lá fora com sol e céu limpo, vou para o banheiro e tomo um banho e vou para cozinha e encontro uma mulher de cabelos grisalhos, rosto redondo e muito sorridente.
Mulher: — Querida eu sou a Eva trabalho com vocês a alguns anos.
Eva: — Não sabe como estou feliz que esteja bem fiquei muito preocupada com você.
Mariana: — Bom dia o Ricardo falou-me sobre a senhora.
Eva: — Pode-me chamar de você e pode sentar que já coloquei a mesa do café.
Mariana: — O Ricardo já tomou café?
Eva: — Na verdade, sim, ele estava a esperar por você, mas teve que ir ao Haras o Douglas acordou com febre a Helena ligou penso que é uma gripe forte, pelo que ela falou então o Ricardo teve que ir medicar um cavalo.
Mariana: — Ok.
Tomo café e depois fico pela cozinha conversando e ajudando em algumas coisas na preparação do almoço com a Eva ela era uma pessoa bem simples e agradável e parecia bem sincera.
A manhã passa rápido eu fico cada vez mais ansiosa depois do almoço o Ricardo foi buscar a Mel e nem preciso dizer o quanto fiquei nervosa a espera dos dois ainda mais quando escuto o barulho do carro e logo em seguida no chão de madeira o barulho dos pequenos pezinhos ansiosos vindos ao meu encontro, assim que me vê parada no meio da sala ela observa-me por um instante assim que direciono, um sorriso a ela Mel corre ao meu encontro eu me abaixo de braços abertos.
Escuto o som do seu choro apertando o meu coração, a envolvo nos meus braços com toda a minha força e noto o que vinha-me a perturbar a dias não tinha nenhum fundamento eu não sei o que comanda tudo aquilo se é o sangue ou os sentimentos só sei que faria tudo por aquela pequena vida nos meus braços mataria se fosse preciso ou daria a minha se fosse preciso eu sei finalmente que sou mãe a mãe dá Melissa.
Mariana: — O meu amor não chora tá tudo bem você tá em casa e vamos ficar juntas.
Melissa: — Fiquei com saudade.
Mariana: — Eu também, mas tudo vai ficar bem.
Peguei o seu pequeno rostinho e olhei aqueles olhos incríveis verdes e dei vários beijinhos fazendo ela sorrir.
Melissa: — Eu pedi para o papai ele prometeu de coração que ia cuidar de você.
Olho para o Ricardo sorrindo.
Mariana: — Ele cuidou muito bem da mamãe ele te ama muito assim como eu.
Ricardo: — Meu amor a Eva está na cozinha e também está com saudade.
Melissa: — Mãe eu vou ver a Eva para ela não ficar triste e já volto.
Mariana: — Pode ir meu bem.
Só quando ela sai que noto que estou com as mãos tremendo.
Ricardo: — Vem querida senta um pouco no sofá, está tremendo quer um pouco de água?
Mariana: — Eu juro que estou bem foi só um pouco de nervosismo.
Ricardo: — Eu sei que não está sendo fácil tudo isso.
Ele envolve minhas mãos aos poucos vou me acalmando parando de tremer.
Mariana: — Eu faria tudo por ela eu tive certeza assim que ela entrou por aquela porta, e estou morrendo de medo de cometer algum erro com ela.
Ele me dá um sorriso.
Ricardo: — Bem vinda ao mundo dos pais.
Ricardo: — Eu sei como você se senti, eu tenho esses sentimentos todos os dias.
Mariana: — Fico muito reconfotada agora.
Olho com um olhar debochado.
Ricardo: — Estou feliz em ajudar.
Logo em seguida a Mel volta toda empolgada e senta no meu colo naturalmente.
Melissa: — A vovó disse que eu não posso ficar impressionando você mamãe.
Nós dois caímos na risada.
Ricardo: — Querida ela deve ter dito pressionando, fazendo perguntas ou coisas do tipo.
Ele aproxima-se do Ricardo, e fala baixinho como se eu não pudesse ouvir.
Melissa: — Por que ela bateu a cabeça.
Ricardo: — Porque a mamãe teve um acidente.
Melissa: — Doeu?
Mariana: — Um pouquinho.
Melissa: — Ainda tá doendo.
Mariana: — Não.
Melissa: — Vamos brincar no meu quarto?
Mariana: — Vamos.
Assim que chegamos no quarto ela puxa-me pela mão e coloque-me sentada na sua cama eu fico a observar os seus movimentos ao contrário do que eu pensei não vamos brincar de boneca ela começa a selecionar coisas do quarto de forma aleatória e colocar sobre a cama a minha frente.
Uma meia rosa com uns lacinhos rosas desenhados, um vestido lilás, uma tiara da mesma cor e com pedrinhas, um tênis colorido, um dos diários de desenhos coloca num desenho do céu, uma caixinha que ela abre e posso observar que tem várias pedrinhas de cores e formatos diferentes, uma boneca tudo fez parecer que aquilo era uma apresentação.
Melissa: — Essas são as minhas coisas preferidas em todo o mundo.
Melissa: — O meu vestido preferido, essa caixinha é o meu tesouro nós procuramos as pedrinhas especiais.
Mariana: — Entendi.
Melissa: — Esse é o céu.
Melissa: — Eu amo o céu as nuvens.
Mariana: — Eu sei.
Ela sorri a ficar com o olho rasgadinho e estreito assim como o do pai e senta ao meu lado.
Levanta o vestido e aponta para uma cicatriz que nem está mais tão aparente no joelho.
Melissa: — Essa eu caí com a bicicleta mamãe.
Melissa: — Acho importante você saber que eu gosto de sorvete de chocolate adoro amendoim picado por cima.
Eu acho engraçado tento não rir ela achar importante informar-me o tipo de sorvete que gosta, e fico feliz em saber que assim como eu ela adora amendoim.
Mariana: — Amendoim é o melhor.
Melissa: — Cor que eu mais gosto é o azul e um pouco de rosa.
Mariana: — Gosta de saladas?
Melissa: — Quase não como você me deixa escolher.
Ricardo: — Que feio, mocinha.
Ela faz careta eu observo o Ricardo sério com os braços cruzados na porta do quarto.
Melissa: — Desculpa mamãe eu como verduras todos os dias sempre pede para experimentar.
Mariana: — Se não experimentar nunca vai saber.
Ela olha-me cheia de esperanças nós pequenos olhinhos.
Melissa: — Você lembrou mamãe?
Mariana: — Desculpe querida, na verdade, não, a minha mãe falava isso quando eu era criança.
Melissa: — Você fala para mim igual a vovó.
É a criação dos nossos filhos nunca são tão diferentes das que recebemos quando éramos crianças, afinal os nossos valores foram moldados pelo meu pai e a minha mãe nada mais justo passar algumas coisas que eles me ensinaram adiante.
A nossa tarde seguiu tranquila brincamos de tomar chá com a boneca da mesinha da sala, lanchamos, no meio da tarde a Mel dormiu umas duas horas ela era uma criança alegre e tranquila mais, tarde seguiu para o banho com a minha ajuda e da Eva, jantou e depois de uma história que o Ricardo contou ela acabou a pegar no sono no nosso quarto.
Ricardo: — Vou levar ela para o quarto dela.
Mariana: — Só hoje não podemos deixar ela aqui?
Ricardo: — Tudo bem.
Ele aproxima-se da beijo de boa noite no rosto da filha e um em minha testa, eu não sei dizer o por que me deu um aperto no peito ver ele retirando-se do quarto solitário senti que em parte a culpa era minha eu estragava e tirava dele a família que ele tinha conquistado.
Mariana: — Ricardo por favor fica connosco essa noite sei que também está com saudade dela.
Eu sei que ele já está preparado para dormir está de calça de pijama e camisa de manga curta e me perguntou se é assim que ele realmente costuma dormir, tento afastar esse pensamento.
Ele deita a Mel fica no meio de nós, fico a passar a mão nos seus cabelos que tinga cheirinho de shampoo infantil que relembrava chiclete.
Ricardo: — Fizemos um bom trabalho.
Mariana: — Ela é perfeita obrigada por dar-me ela.
Essa foram as únicas palavras que trocamos até dormir, ficamos assim no silêncio do quarto aproveitando a companhia um do outro e da nossa filha nada poderia esta mais em paz.
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Atualizado até capítulo 27
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