Fim a tudo

Após o almoço, Graziela se senta com Safira para poder escolher os doces do casamento e Magnus chega na sala, dando um beijo na testa de ambas.

— Estão gostando dos doces?! — Ele para com as mãos nos ombros de Graziela.

— Estamos provando os doces do nosso casamento, amor. Vem, senta aqui... experimenta também.

— A Dalila pediu alguns doces maravilhosos, que eu super aprovei também.

— Aqui, amor... — Graziela coloca um pouco do doce na boca de Magnus, que suspira ao provar.

— Ele tem champagne, né?! — Magnus ergue a sobrancelha.

— Sim, amor. Ele é uma surpresa de champagne. Gostou?

— Gostei, ele é muito bom. Ele é muito bom!

— Além de ser muito bom, a moça do buffet disse que ele é uma grande atração nas festas de casamento! — Safira sorri empolgada.

— Agora sim, eu entendo o motivo das pessoas atacarem os docinhos. Se eu tenho uma certeza nessa vida, é que quando me procurarem nessa festa, eu vou estar sentado, bem pleno com o meu pratinho. — Magnus dá de ombros.

— Meu filho, é a sua festa de casamento! — Safira olha incrédula.

— Ué! A festa de casamento é minha e da minha mulher. Eu vou pagar por uma coisa que eu não vou usufruir, nem ela? Não, não. Vamos estar bem plenos, comendo os doces e salgados do do nosso casamento. Ainda mais com essa família sangue suga que a senhora e o meu pai possuem. O meu maior desejo, é pegar cada um, ir lá no cartório e desfazer o parentesco. Ou então, voltar no passado, lá muito antes de eu estar nos ovos do meu pai e eu mesmo escolher a minha família. Dizem que é o bebê quem escolhe a família, mas é mentira pura! Eu não escolhi essa família falsa não, viu? Eu amo ter a senhora como minha mãe, adoro ser filho da senhora e do meu pai, mas essa família que vocês me deram, não dá mesmo.

Magnus desabafa num tom debochado, colocando mais um pouco da surpresa de champagne na boca, e Graziela não consegue controlar a risada e acaba tendo uma crise. Safira até tenta se segurar, mas diante da sinceridade do filho e da crise da nora, ela não se aguenta 5yy e acaba dando risada ao ponto de lágrimas brotarem dos seus olhos.

— Amor! O que é isso? — Graziela não consegue parar de ri.

— Eu não menti não, amor. Eu vou proporcionar uma cerimônia luxuosa pra você, porque você merece. Só estou lhe dando o que tu merece, e é desse forma que você será tratada sempre. Mas, a minha família? É uma corja do cão, isso sim!

Elas dão risada da revolta da Magnus e continuam provando os doces, até que toda a família aparece na sala. Junto com a família, Talilane também aparece bem próxima a Maíra e Betina, e Maíra recebe um olhar de desaprovação da mãe.

— O que acham de pegarmos uma praia? O sol tá tão gostoso pra uma praia, um mar... — Vanessa sorri.

— Eu amei a ideia, Tia Vanessa! — Maíra sorri. — Magnus, podemos ficar na sua casa? Aqui tá muito cheio, e nós queriamos passar uns dias por lá.

— Não, não podem. — Ele responde seco.

— Credo! Por que? — Betina cruza os braços.

— Porque, a casa é minha e lá que vou passar a lua de mel.

— Mas, tu vai demorar para se casar, Magnus. Deixa de ser chato.

Magnus não responde mais nada e apenas olha para Maíra, que se cala imediatamente.

— Então... quando é o casamento? — Vanessa tenta descontrair o clima.

— Será em breve, Nessa. — Safira sorri.

— Que bom! Fico muito feliz. Bom, eu me disponibilizo a tirar fotos do casamento. Modéstia parte, sou uma ótima fotografa.

— Ah, eu amei! — Graziela sorri.

— Fico feliz! Será um momento muito importante na vida de vocês, então é bom registrar ao máximo todos os detalhes!

Graziela e Vanessa começam a conversar, e Vanessa dá ideias para o álbum de casamento. Em seguida, todos decidem ire juntos para a praia e Graziela fica á sós em casa com Magnus.

— Amor, posso lhe perguntar uma coisa?

— Hum... pode. — Ele a puxa para o seu colo.

— Por que você não gosta da sua família?

— Porque, todos são muito falsos, minha soberana. Nenhum deles gostavam da Safira no começo, porque ainda eram a favor da minha "mãe" biologica. Todos eram a favor da volta deles. Queriam que o meu pai largasse a Safira e voltasse com a minha "mãe", e alguns deles até colaboraram com o inferno que a minha genitora fez na vida dos meus pais. Eu me lembro bem de todos que eram a favor de todo o inferno, e me lembro bem de como tiraram corpo fora no momento em que eu dei um fim a tudo.

— Fim a tudo?! — Graziela ergue a sobrancelha.

— Sim, soberana. Eu matei a Mariana.

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